Diabolical Soul [Z.M]

13º Capítulo

Já tinha saído do hospital com a minha mãe, chamámos um táxi e dirigimo-nos ao hotel, pensava eu. Eu sei que não conheço muito de Londres, mas parece que não nos estamos a dirigir ao hotel. Eu acho que já tinha passado nesta rua antes, o que me faz lembrar que o hotel é para o lado oposto da cidade.

Parámos em frente a uma casa. Era uma casa humilde, não muito grande, o que parecia uma casa acolhedora.

- O que estamos aqui a fazer? – olhei para a minha mãe confusa.-

- Esta sítio é onde tu vais ficar – fiquei ainda mais confusa.- Eu lamento imenso minha querida, mas houve um imprevisto no trabalho e eu vou ter que voltar para LA. Eu falei com o médico acerca disso e ele disse-me que não era aconselhável andar de avião no teu estado – suspira.- Eu não queria nada deixar-te aqui, mas tu não vais estar sozinha, estamos aqui à relativamente pouco tempo mas já percebi que há pessoas que realmente gostam de ti.

- Mas mãe, eu não posso ficar aqui sozinha! Não me podes deixar! –elevei o meu tom de voz

- Não penses que me custa menos do que a ti. Eu adoro-te e tu sabes que eu nunca te abandonaria. Tu és a minha vida e não te deixaria aqui se não percebesse que estarias bem. –olhou-me com um pequeno sorriso nos seus lábios.- eu estive aqui, nesta casa, ontem. Conheci esta família depois de uma pessoa me ter dito que podias aqui ficar. Eles são pessoas muito humildes e muito simpáticas. Eu tenho a certeza que te vais sentir muito bem. – acaricia-me a bochecha enquanto me olha.- E se precisares de mim, estou à distância de um telefonema –solta uma pequena gargalhada

Apesar de estar muito triste por a minha mãe ter que ir embora, eu adoro-a e sei que ela não iria se não fosse mesmo preciso. Despedi-me dela e saí do táxi de seguida caminhando até à porta de casa, vejo a minha mãe ir embora.

Eu tenho a certeza que ela está a falar da Skylar, eu não convivi com muita gente desde que cá estou, e ela tem-se mostrado minha amiga, apesar de raramente a ver desde há duas semanas para cá.

Ganho coragem e toco à campainha. Pouco depois de esperar, apareceu uma senhora por detrás da porta com um enorme sorriso na cara.

- Entra minha querida, não fiques à porta –disse com a sua simpatia, cedendo-me passagem para entrar

Entrei na casa olhando em meu redor. Eu vou ser sincera, nunca tinha estado numa casa tão pequena. Eu não me considero rica, mas nunca tivemos problemas financeiros, a minha mãe tem um bom emprego e temos uma boa casa, muito, mas muito maior do que a que estou a ver agora. Mas apesar disso, esta casa parece-me ser agradável.

- Esta casa agora é como se fosse tua. Eu quero que te sintas à vontade – disse a senhora com um enorme sorriso na cara.- Que falta de educação a minha, eu sou a Trisha

- Eu sou a Madison –disse retribuindo o sorriso à senhora

- Eu sei querida, eu já ouvi falar muito de ti estes último tempos –disse puxando-me para um abraço. Pouco depois afastou-se.- anda, vou mostrar-te onde vais ficar

Subimos até ao andar de cima, entrando num quarto. Olhei em volta e não vi muita coisa, tinha apenas o essencial que todos os quartos têm. Tinha uma cama e uma mesa-de-cabeceira, uma guarda-roupa e uma cómoda, e uma secretária.

Eu neste momento sinto-me um pouco triste. Não por estar neste sítio, mas pela maneira que eles vivem. Eu sempre tive todos os luxos que nunca pensei em como há pessoas que não têm praticamente nada. Gostava de poder fazer algo para mudar isso.

- Podes instalar-te. Eu vou deixar-te à vontade

Agradeci à senhora, quer dizer, à Trisha e ela de seguida saiu do quarto. Reparei que ao lado da cama estavam as minhas malas com todas as minhas coisas que tinha trazido para Londres. Será que foi a minha mãe que aqui veio colocar as coisas?

Então e onde está a Skylar? Que estranho ela ainda não ter vindo. Oh espera! Então é por isso que ela tem andado tão ocupada? Esteve a preparar-se para eu vir para cá? Será que está chateada comigo porque não queria mostrar que era pobre? Não, acho que não. Se assim fosse, nunca teria falado com a minha mãe para me deixar aqui.

Estava nos meus pensamentos quando oiço bater à porta do quarto.

- Sim? –digo olhando para a porta

A porta abre-se e deparo-me com..