Piloto

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Clarke

Estávamos em meados dos anos 1500, e toda Portugal estava intrigada com a notícia da descoberta de um novo território. A alguns meses atrás, uma esquadra havia partido de Portugal com a intenção de chegar as Índias em busca de especiarias. No meio do trajeto a esquadra desviou seu curso e acabou chegando a um lugar desconhecido. Como era comum a essa época de conquista, os tripulantes logo se apressaram em se estabelecer e explorar. Várias cartas foram enviadas ao rei de Portugal, descrevendo as belezas e riquesas do lugar. Haviam boatos também de que selvagens habitavam essas terras e que aconteciam conflitos com eles vez ou outra.

Sei de tudo isso porque meu pai e sua tripulação foram convocados pelo rei a fazer parte da próxima expedição que seria organizada para ir até esse novo lugar descoberto. E apesar de ser mulher eu fazia parte dessa tripulação. Isso era muito raro, se não algo que ainda não existia na Europa ou no mundo. Quando eu tinha 3 anos minha mãe faleceu. Ela foi assassinada por uns ladrõesinhos em um beco perto de onde trabalhava. Ela era garçonete em um bar e terminava seu expediente de madrugada. Nunca soubemos ao certo o motivo ou quem foram os responsáveis por sua morte, a justiça nessa época não era eficiente e até hoje não é. A maioria dos delegados são corruptos e preguiçosos, e nem um pouco esforçados, a não ser quando há uma grande recompensa envolvida, coisa que eu e meu pai não podíamos pagar.

Com o tempo fomos nos conformando em não ter respostas e seguimos em frente. Na teoria sim, mas eu sabia que essa cicatriz no meu peito nunca se curaria por completo e meu pai nunca voltaria a ser o homem que era quando tinha minha mãe por perto.

Ele sempre foi apaixonado por embarcações e desde novo precisou trabalhar para se sustentar. Inicialmente era apenas ajudante, carregava e descarregava navios, limpava eles antes e depois que faziam viagens. Com muito esforço aprendeu a construir embarcações, a consertá-las e pouco antes de eu nascer terminou de construir seu próprio navio, o Pólis, e formou sua tripulação.

Quando minha mãe morreu, ele não quis mais viver em nossa casa, assim como eu, porque trazia muitas lembranças de quem não estava mais ali. Com isso passamos a viver no navio e passar boa parte de nosso tempo velejando, mas sempre a trabalho. Desde que atingi idade o suficiente para ter responsabilidades e capacidade de exercer tarefas no navio, me tornei a mais nova membro da tripulação dele. E com o tempo a minha relação e do meu pai passou a ser menos de pai e filha e mais de capitão e marujo. Acho q parte da razão de isso acontecer, seria por eu lembrar minha mãe.

Bom, é a minha primeira fic e isso foi apenas uma introdução. Eu quis fazer algo diferente sobre Clexa. O amor delas sempre me fascinou e eu gosto de histórias indígenas, então resolvi fazer tipo uma analogia dos grounders como indígenas e sky people como os colonizadores. Espero q se desenrole uma história bacana e que gostem. No primeiro capítulo pode ser que eu não conquiste vocês de imediato, mas tenham paciência e continuem lendo, não desistam da história kkkkk Mais pra frente eu garanto q fica interessante :D
Beijos...

Clexa Em Um Novo MundoOnde histórias criam vida. Descubra agora