Capítulo 49

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Lexa

Duas semanas haviam se passado desde a armação com Raven e Octavia. Elas estavam indo bem, se entendendo e de volta a aldeia depois da construtora precisar ir até a aldeia de Luna para ajudar. Mandei Octavia liderar um grupo de soldados que também foi, mantendo assim ela perto da outra morena e não estragando como da outra vez. Após meu plano e de Clarke, nós duas tivemos que fugir da O por algumas horas, que queria a todo custo nos matar por tê-la enganado. Tudo bem que eu era Heda e a Clarke a Wanheda, mas uma Octavia vingativa era terrível. Raven só ria e aproveitava para se divertir. Eu e Clarke também estávamos bem e tudo já havia voltado ao normal.

Já com a aldeia as coisas não estavam tão fáceis. Nia, a líder da aldeia do gelo havia chegado a alguns dias a capital e estava me dando dor de cabeça. Ela queria quebrar um tratado que todas as aldeias respeitavam. Cada região devia separar uma parte de sua produção para fazer trocas com as outras, mantendo assim uma dependência e não competição, e dando oportunidade de que aldeias pudessem conseguir mercadorias que não produziam. Mas Nia apareceu com a justificativa de que sua aldeia estava acima dos padrões das outras e não queria comercializar seus produtos mas que as outras tribos ainda continuassem a lhe fornecer.

Nia, isso é insano. Eu estabeleci a união dos doze clãs e você deve obedecê-lo mas ao invés disso, está me pedindo para colocar meu povo a seu serviço?

Lexa...

Para você é Heda - a interrompi.

Heda - ela fez uma cara de cínica - Azgeda é a segunda mais importante aldeia, com o maior exército e nossos soldados estão beirando a qualidade dos seus. Meu povo pode muito bem competir com o seu.

Primeiro, não existe meu povo e seu povo. Somos apenas um. E segundo, isso foi uma ameaça?

Ela sorria com sarcasmo e isso estava me irritando.

Claro que não minha Heda - ela era dissimulada - só quero dizer que Azgeda vem melhorando a cada dia e preciso retribuir aos que trabalham duro. Fazemos armas como ninguém mais e sem nós o exército dos doze clãs enfraquece.

E sem a comida que recebe em troca, não tem como alimentar os homens que fazem das suas armas as melhores. Ou você se esqueceu que suas terras não são boas para plantação o suficiente para abastecer sua tribo?

Azgeda não precisa de ninguém - sua voz soou um pouco ríspida.

Somos um só povo e necessitamos um dos outros. Todas as aldeias tem tanta qualidade quanto Azgeda - me impus - não vou convocar uma reunião com os outros líderes afinal tenho certeza de que não vão concordar assim como eu.

Você não sabe como posso ser persuasiva.

Sei muito bem que sua habilidade não é persuasão mas sim golpes e chantagens - fixei meus olhos bem nos dela - essa reunião está encerrada e seu pedido negado.

Ela continuou a me fitar de maneira a não demonstrar decepação. E isso me assustava porque se ela queria algo e eu a impedi de ter, ela normalmente ficaria irritada. Mas ela simplesmente não me questionou mais e antes de sair disse algo que me intrigou.

Você tem algo que me pertence e foi por isso que eu vim.

Mantive minha postura mesmo com essa fala dela mas minha cabeça por dentro me perturbava ao tentar entender o que ela queria dizer com aquilo. Pelo resto do dia, fiquei com Titus cuidando de pendências da aldeia. No final da noite fui para casa. Eu só precisava de um banho longo e relaxante, e foi o que fiz. Nem Clarke, nem Alycia estavam e eu estranhei pois já era tarde. Me vesti e quando sai para procurá-las, avisto Indra correndo em minha direção.

Clexa Em Um Novo MundoOnde histórias criam vida. Descubra agora