Capítulo 06/B

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Sem Correção -  JC ( O meu) Taylor Kinney

JC

- Vamos embora Jota o avião já foi cara ela não vai voltar. - Eu pensei que ela fosse desistir.

- Falou com ela que eu pagaria caso ela estivesse disposta a desistir e o tal homem resolvesse nos processar? – Ainda olhava pelo parede de vidro do aeroporto de onde poucos minutos atrás tinha vistos minha pequena partir. Ela cresceu. Literalmente cresceu.

Meu companheiro bateu a mão em meu ombro e eu sabia que havia chegado ao fim. Era como aquele velho ditado... Nadar e morrer na praia.

- Não sei se foi certo o que fiz. Ela vai me odiar para sempre se souber.

- O que fez JC? Pelo amor de Deus não jogue o resto de suas chances pela janela homem.

- Você não entende. – Continuei a caminhar em sua frente. Ele me alcançou e me puxou pela jaqueta.

- Tomara que não tenha feito nada que a possa deixar e má situação diante do milionário.

- Que se foda esse miserável. Eu mesmo o mato com minhas próprias mãos se fizer algo com ela. – Passei a mão pelos cabelos e aproveitei para me livrar das mãos do Santinni. – Liguei para o Agustin. Não podia deixar que ela estivesse em um país desconhecido sozinha com pessoas que a gente mal sabe quem é.

- Menos mal. – Ele respirou. Sabia que o Agustin era amigo para todas as horas. Sua esposa era uma de nossas ex. meninas. Havia morado na casa e ele veio nos visitar e se apaixonou por ela. Era um marido devotado, assim como eu gostaria de ser para alguém um dia.

- Menos mal... – Agarrei ele pela gola da camisa e joguei lá de fora perto do carro aonde já chegávamos. – Menos mal é eu não te matar Santinni por essa brincadeira idiota que deu no que deu.

- Não fui eu. Quem começou isso tudo não fui eu. Foi um cliente. E a maluca da Michele entrou. Eu só topei participar para cuidar dos interesses dela e automaticamente cuidar dela. Lembra que quando pediu para suspender o leilão eu tentei... Mas o tal mister nos ameaçou. Não venha jogar a culpa sobre mim, estou nisso tanto quanto você. Ela que entrou de bobeira pensando ser mesmo uma brincadeira. Sabe que só tem corpo de mulher, mas a mentalidade é de uma criança.

- É isso que está me deixando desesperado. – Chutei uma lata de refrigerante jogada ali no chão.

- Vem, te deixo em casa. – Olhei para meu carro ali parado.

- Não. Estou de carro. Ainda preciso passar em um lugar antes.

- Olha lá o que vai fazer cara. – Ele entrou no carro e se foi. Fui até o antigo carro do meu velho e entrei. O Santinni não tinha visto em qual carro eu tinha vindo. Entrei no antigo Bugatti Royale Kellner Coupe e fui até a casa do meu amigo.

- Tem certeza do que está fazendo JC? Sabe que não disponho de todo o dinheiro assim para lhe pagar por essa preciosidade.

- Me pague quando puder.

- Pensei que tinha pressa no valor.

- Não tenho mais. Tinha se fosse precisar pagar algo, mas não preciso.

- Então não precisa mais vender o carro. Se não precisa por que o trouxe? Não é a única lembrança de seus pais? – Nem queria me lembrar deles agora para não me arrepender. – Se quiser ficar com o carro, eu só iria ficar para ajudar você. E ficarei caso seja necessário.

- Eu não estou precisando no momento. Mas posso precisar ainda. – Fui verdadeiro pensando caso a Michele decidisse voltar e quebrar o contrato com o milionário.

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