Capítulo 09

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Sem correção


* Leiam com atenção para não deixarem de entender nada.


Michele

Durante nosso voou de volta convenci o Santinni a me dar um tempo de contar o ocorrido ao Jota.

- Eu não farei parte de mentira alguma Michele. Já basta tudo que tenho aguentado dele por ter lhe dado cobertura em toda essa loucura.

- Tudo bem, não estou pedindo que diga nada. Ele nem sabe que veio me encontrar. Podemos chegar separados inclusive. Só me de um tempo, por favor. – Ele me olhou com cara feia, com se eu tivesse medo. – Por favorzinho.

- Michele, depois não reclama se o Jota te colocar sobre os joelhos e lhe der uma boa surra.

- Que mulher reclamaria disso Santinni? – Brinquei com ele. – Ele só sorriu e me deixou na porta da mansão dizendo que daria uma volta e mais tarde apareceria para ver o que eu tinha feito.

Só que quando cheguei deixei escapar de minhas mãos a coragem ao ver os olhos do Jota e toda a paixão, carinho e cuidado com os quais ele me tratou. Era raro ver um momento de paz entre nós e eu não queria estragar tudo.

Assim que atravessei a porta ele veio tão solicito e pegou minha bolsa. E estranhou a ausência de minha mala. Meu rosto eu disfarcei com maquiagem emprestada pela Gaby, se bem que ela era bem mais clara.

- Oi. Quando chegou? Porque não ligou? Eu teria ido buscar você. – Olhou em volta. – Onde está sua bagagem? – Ah não tem importância... Deve estar muito cansada e eu aqui falando. – Ele se levantou da cadeira onde estava e veio em minha direção. Nunca tinha visto o Jota tão ansioso assim em toda minha vida. Abraçou-me e beijou o alto de minha cabeça.

- O Santinni foi me buscar e... – Olhei a moça sentada à mesa.

- Ele não entrou?

- Disse que voltar daqui a pouco.

- Deve ter deixado sua mala no carro assim que ele voltar eu pego. – Odiava mentir para ele, mas precisava prepara-lo. Não queria contar ali diante de duas meninas sentadas almoçando. E uma delas nem eu nem conhecia.

- Tudo bem. Está com fome? Vem... – Ele puxou uma cadeira para que eu me sentasse à mesa. - Está é a Denise. – A moça de cabelos muito pretos com franjas e olhos verdes, trajando um moletom, que eu conhecia bem... Esse moletom era dele, ela sequer sorriu, ou disse oi. – Denise, essa é a Michele. – Não fiz questão de cumprimenta-la, já que ela não fez. A Sol, uma das meninas que estava na casa há mais tempo e os acompanhava à mesa, sorriu e me cumprimentou.

Eu não estava com ânimo para almoçar, mas me forcei, uma vez que só estava com o café do avião. A Sol começou a contar sobre a noite de ontem justificando a ausência das demais.

- Eu nunca vi esse local tão cheio quanto esses dias. – Falava de boca cheia e eu estranhei.

- Não temos mais um limite de pessoas?

- Sim. Mas não tem faltado nenhum dos sócios desde o dia em que você foi viajar. Alguns deles perguntaram por você. E por falar nisso sinto muito por sua avó.

- Minha avó?

- É... O Santinni disse que sua avó estava doente. – Eu nem sabia que tinha uma.

- Ah sim. Está melhor. – Do nada a menina abaixou a cabeça e começou a chorar. O Jota segurou a mão dela e tentou consolá-la. Depois ela se levantou e ele a levou para cima.

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