Capítulo 12

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Sem Correção...

JC

Uma noite. Uma manhã e uma tarde inteira com ela em meus braços. Depois de um lanche, passamos em um supermercado para as compras, um tanto atrasadas do dia.

- Enquanto eu pegava algumas bebidas que o Santinni havia pedido, deixai a Michele separando algum e voltei a encontrei de conversa com um homem. Ele sabia bem quem eu era, e a conhecia com certeza. Se havia uma coisa que eu me orgulhava era conhecer quase todos os nossos clientes; Ele estava sorridente até me ver e até ouvir as palavras que a Michele disse na sequencia.

- O Jota você conhece, claro. – Ele estendeu a mão e me cumprimentou. Eu fiz o mesmo. – Estamos namorando. - Mesmo ainda não tendo oficializado nada, ela estava irradiando alegria por onde passava.

E o homem entendeu, pois se afastou logo em seguida com um sorriso murcho nos lábios. Ela segurou minha mão e terminamos de fazer as compras de mãos dadas.

Na mansão fomos recebidos com muita ironia polo Santinni e alguma das meninas que se encontravam à sala.

- Que bom que se lembrou de nós. Saibam que hoje de manhã, ou melhor, no almoço, tivemos que comer bolachas, já que esperamos por vocês e não vieram trazer as encomendas.

Não me senti, nenhum pouco comovido com a indireta do homem. Sabia que a dispensa estava desfalcada, mas nem tanto assim.

- Jota, queria falar com você. – A Lucy estava parada no topo da escada. Respirei fundo. Não sei o poderia ser, mas tomara que não fosse nada que me trouxesse problemas.

Assim que ela virou as costas e se perdeu pelo corredor, provavelmente esperando que eu a seguisse, me voltei e dei de cara com a Michele, com uma das sacolas de compras nas mãos. Só pela forma com a qual passou por mim, eu tinha certeza de que ela tinha ouvido a Lucy me chamando.

Subi as escadas, pacientemente, e bati à porta do quarto da Lucy que estava entreaberta.

- Entra Jota. – Estava sentada à cama e parecia não estar muito bem.

- O que foi Lucy?

- Não estou acreditando que irá fazer uma coisa dessas comigo Jota. – Mulheres e seus enigmas. – Sabe que nunca quis partir esperando por você e assim de uma hora para outra essa pirralha da Mika anuncia para a casa toda que vocês estão namorando? Como assim Jota? Diga que não é verdade?

Sentei-me a cama ao lado dela e entendi o que ela estava dizendo, embora não concordasse com nada.

- Lucy... Não me lembro de nenhuma conversa entre nós, firmando algum tipo de acordo, para que você ficasse aqui. Eu nunca lhe dei esperanças a respeito de nós.

- Mas faz amor comigo diversas vezes. – Se levantou elevando a voz.

- Não! Veja bem. Nós transamos como você transava com vários homens. E se não me falha a memória eu paguei assim como eles pagaram por todas as vezes que saímos.

- Mas entre nós foi diferente. Beijamos-nos e dormimos juntos. Nunca abri exceção para nenhum deles.

Meu Deus onde eu havia me metido, e nunca percebido uma coisa nesse sentido. Sempre tinha comigo não me envolver com as meninas, mas como a Lucy tinha se decidido por trabalhar tendo clientes e recebendo por sexo, quando se ofereceu uma noite em ficar comigo, eu estava muito mal, e achei que não teria importância, já que pagaria por aquilo.

- Eu esperei até que você se curasse Jota, e você se decide por ela?

- Não existe uma escolha Lucy... O coração não escolha por quem se apaixonar. Ele simplesmente ama.

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