6. Cretino.

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- Tem horas em que é preciso ficar parada e outros em que é bom saber rebolar. Não acha? - mordo o lábio ao perguntar.

Ele me fitou nos olhos exibindo um sorriso sacana nos lábios.

- Aprendeu muito bem, acho que isso me torna um ótimo professor.

- Vamos lá, porra! Vamos logo ver com o Pollo quanto é que você ganhou! - Ryan pula em cima da garupa da moto dele, animado.

- Muito. Eu era o favorito, sempre sou.

- Nada convencido. - sorrio o provocando.

Justin acelera a moto me mandando um beijo, filho da puta. Então sai indo falar com Pollo.

- Vejo que voltaram a se entender. - meu irmão diz ao se aproximar.

- É só uma trégua dessa loucura toda, depois de brigarmos hoje cedo quando ele apareceu no apartamento. Por sinal não deveria ter passado meu endereço para ele.

- Ele me contou sobre a briga. E que acha que alguém está bancando você. Isso é verdade?

Cruzo os braços, olho de um lado para o outro tentando encontrar uma resposta plausível.

- Não minta, Paisley.

- Eu trabalho para alguém, e essa pessoa me banca. É tudo que eu posso dizer no momento, e preciso que confie em mim. Sem mais perguntas.

Eu sabia que ele iria continuar as perguntas, mais ao menos por hora, Isaac parecia ter concordado.

- DROGA. - Guero pragueja. - A polícia está vindo ai.

O barulho das sirenes ecoam para todos os lados. Meu carro está longe, congelo com isso.
As pessoas começa a correr em todas as direções. O pessoal se empurra. Duas motos quase se atropelam. Ouvi sirenes. Alguns carros aparecem não muito longe dali. Em cima deles, luzes azuis piscam sem parar. A polícia. Era só o que faltava.

- Sobe na moto. - Justin apareceu como um foguete.

Pulei sem questionar na garupa da moto, ele acelerou forte a moto empinou um pouco. Justin apaga as luzes e se curva em cima do guidom.

- Cubra a placa da moto. - ordenou. - Cubra o último número da placa com o pé.

Fiz o que ele pediu rapidamente, não vi para onde os meninos foram, só sabia que meus dois carros ficaram, espero que não os leve para o deposito da polícia.
Justin reduz a velocidade e vira à direita. A roda traseira derrapa de leve no asfalto. Me aperto o máximo que posso nele.

- Cuidado, porra. - falo alto sobre o barulho da moto.

- Está brincando? Se os caras nos pegam agora, vão levar a minha moto. E a gente preso, não vou para cadeia nem por roubar bancos imagine se vou por isso.

O carro da polícia entra derrapando na ruela continuando a perseguição.
Justin parece voar pela descida. Cento e trinta, cento e cinquenta, cento e oitenta...
Escuto a sirene ecoar ao longe. Estão se aproximando, odeio policiais.
Entramos em uma rua estranha e completamente escura. Justin reduz a velocidade e vira o rosto para mim.

- Desça, rápido! Espere por mim sem sair daqui. Voltarei logo que conseguir me livrar deles.

Concordo com a cabeça descendo, me escondo atrás de um muro, e ele da partida, saindo a todo vapor com a moto.
Esbarro em alguma coisa, que rasca a pele da minha coxa e uma parte do meu vestido, fecho os olhos por um momento a dor é irritante e há sangue escorrendo. Passo a mão, o que faz arder ainda mais.

SICK LOVE || Justin BieberOnde histórias criam vida. Descubra agora