7. Como velhos tempos.

793 49 59
                                    

Meus pés já estavam doendo por conta do salto que eu estava, pedi para o taxista me deixar a alguns quilômetros do galpão, agora parecia uma péssima ideia. O galpão onde era planejado os roubos ainda era no mesmo lugar, bem escondido da movimentação da cidade.
Dou três batidas seguidas, há câmeras por todos os lados em volta, eles saberiam que era eu. E como previ a porta de aço logo foi aberta pelo Ryan.

- O que está fazendo aqui, Paisley? - ele pergunta já me agarrando. Passo para o lado de dentro assim que ele me solta, fechando o portão em seguida.

- Paisley. - meu irmão me lança um olhar surpreso, corro até ele o abraçando. - Devia ter avisado que estava vindo. - sinto seu beijo sobre minha bochecha.

- Qual é, parecem nem estarem felizes em me ver. - reclamo fazendo charme. - Zachy me disse que vocês estariam aqui, então resolvi ver como estavam.

Cumprimento Zachy e Guero em seguida, Justin não está aqui.

- Eu sempre fico em ver você. - Guero pisca. - Achei um ótimo comprador para o Nissan.

- Por falar nisso... Eu preciso do carro. Você o deixou onde?

- Na oficina do Hunter. Por que mudou de ideia?

- Negócios. - brinco ao dizer. Me sento no sofá confortável puxando meu celular enviando uma mensagem para Rubi, noto o olhar curioso do meu irmão. - E então o que estão planejando?

- Mais um roubo. - Ryan se jogou próximo a mim. - Você podia roubar com a gente já que voltou para cidade. E como esse banco é fodido com a segurança seria bom uma ajudinha.

- Ryan. Justin não vai querer envolver ela nisso, caralho. - Guero o repreende.

- Também não acho boa ideia. - Isaac acrescenta.

- Estou resolvendo outras coisas no momento, infelizmente não vai dar. - falo firme, seria péssima ideia ter distrações nesse momento, ainda mais em um roubo. - Mais posso ajudar em outras coisas caso precisem, tipo plantas, senhas essas coisas.

- Não pretende roubar nenhum banco sem a gente né? - Ryan me provoca mordendo meu ombro.

- Ah claro! Como se não fosse difícil roubar com várias pessoas, imagine apenas uma. - sorrio para ele. - E então a simulação já está sendo montada?

- Não, consegui as plantas hoje cedo, e ainda falta a porra de uma parte. Mais ainda temos tempo, roubamos um banco sexta, temos que deixar as coisas esfriarem um pouco. - Ryan conclui.

Roubar um banco em filmes parecia fácil, e rápido. Mais a verdade é que é mais complicado do que isso. Precisa de muito planejamento, técnica, pessoas confiáveis e tempo para pensar em cada detalhe.

Me levanto indo até a mesa onde havia alguns papeis, e a planta aberta. Faltava uma parte fundamental de dentro do cofre.

- Posso entrar no banco, tenho memoria fotográfica, e depois desenhar o restante aqui. - aponto para o que falta na planta. Noto que todos me olham.

- E como vai entrar em um banco, pela porta da frente e durante o dia? Mais precisamente dentro do cofre? - Guero questiona chupando um pirulito. - Seria viagem demais.

- Digo que quero abrir uma conta privada, e guardar algo valioso no cofre, eles iriam me ceder um número chave e me levarão ao cofre.

- Somos Hale, esse sobrenome não abre portas, vivemos no anonimato, irmãzinha. - Isaac comenta, estou tão acostumada a ser uma Fuller na Itália. Aqui também posso ser, mais eles não podem imaginar, e eu não posso ter distrações. Mais como não ajuda-los, não era nada demais, era?

SICK LOVE || Justin BieberOnde histórias criam vida. Descubra agora