4. 22.

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Deis do momento que estacionei meu carro na garagem eu já sabia que teria uma grata surpresa ao conhecer o Loft, e não estava enganada, ao abrir a porta me deparei com um Loft grande e arejado, num estilo clean e minimalista. Os poucos móveis se misturavam em contrastes, uns brancos e outros negros. Tudo era muito limpo e de muito bom gosto. A parede oposta da sala era nada mais além de vidro, estendido de cima a baixo, com portas de correr do mesmo material que se abriam para a grande varanda. As janelas iam de baixo até o teto, dando uma visão perfeita da praia. A cozinha era equipada com os eletrodomésticos de ponta, não que eu conseguisse me ver cozinhando, mais seria legal.
Assim como na sala, a parede lateral do quarto trazia por toda sua extensão placas grossas de vidro. Notei que uma delas estava pouco aberta, constatando que eram espelhadas. Tão perfeitamente espelhadas que eu duvidava poder ser visto algo dentro daquele quarto por qualquer um que estivesse do lado de fora. O chão trazia um carpete escuro, que combinava com o edredom negro que forrava a cama. As paredes eram extremamente brancas e um closet consideravelmente espaçoso, já recheado de roupas, me perguntei quem havia as comprado e deixado ali. A forma como as cores contrastavam em tudo, me dava uma sensação de paz, pelo visto, todos os lugares do loft era de uma elegância invejável.

Noto rosas vermelhas em um jarro, ando até ele sentindo o cheiro, não há nada que eu ame mais do que rosas. Um cartão estava ao lado, ao abrir reconhecia bem aquela letra.

"Eu pediria para ser uma boa garota, mais como sei que você não consegue, apenas peço que volte logo para mim. Com amor, Luka"

Balanço a cabeça com um sorriso nos lábios. Ele era terrível sem dúvida. Minha mala não muito grande estava encostada perto da porta, a levei para o quarto, tomei um banho rápido, e segui para o meu compromisso.

- Peça que ele seja breve, desmarquei algo para estar aqui. - digo a um dos seguranças de Jonathan. Isaac insistiu para que fossemos almoçar juntos, mas precisei recusar, Vito havia ligado me avisando que o Loft estava pronto, e sobre eu ir logo falar com Jonathan de uma vez.

- O patrão está em uma reunião, princesa. Você tem que marcar hora.

- Não preciso marcar hora, diga que Paisley Fuller, está aqui. Garanto que ele vai conseguir me atender. - cruzo os braços impaciente.

O segurança diz algo para o outro, e então pede que eu aguarde apenas mais um momento.
Menos de cinco minutos depois, uma porta se abre, uma loira pede que eu entre.

- Paisley Fuller. Muito gosto em conhece-la. - Jonathan me devora com os olhos, o auto ego dele é tão grande, que se quer me reconhece, ele havia me visto apenas uma vez, mas eu não sou exatamente o tipo que um cara esquece fácil. Ele segura minha mão depositando um beijo. - Perdão pela demora.

- Sem problemas. - respondo seca, já me sentando. - Vamos direto ao assunto.

- Direta, eu gosto disso. Você não é muito jovem para cuidar desse tipo de assunto?

- Tenho dezenove anos. Você quer me foder, então acredito que tratar de negócios comigo não seja algo para que a idade seja importante. - digo sarcástica.

Eu não cuidava de negócios assim de fato, eu ficava mais com os roubos, e as vezes com alguma transação básica de drogas, mais sabia exatamente como agir. Jonathan parecia surpreso com minha rebeldia.

- Como eu disse, aprecio pessoas diretas. Don Vito tem apenas um filho, e ele não é casado. Você seria o que exatamente dele? Já que carrega Fuller no sobrenome.

- Não vim discutir sobre minha vida com você. Onde estão as plantas da boate? Quero todas, como sabe a parte de cima será uma boate de fachada, a melhor coisa acontecera no banker de baixo.

SICK LOVE || Justin BieberOnde histórias criam vida. Descubra agora