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Jennifer

Chegamos no aeroporto e desembarcamos os três. Samuel estava eufórico e doido para ver os tios, sim, ele considera todos seus tios.

- Cadê todo mundo?- perguntou Samuel olhando em volta à procura do pessoal.

- Não sei...

- Olhe!- minha mãe exclamou apontando para uma placa escrita  "Vingança! Seus italianos perdidos eu estou aqui!"- Muito original!- ela disse rindo, quando ficamos à alguns passos do meu irmão, assim que ele colocou os olhos no Samuel falou bem alto.

- Sobrinho!- meu filho seguiu o som e quando viu o Carlos correu em direção à ele e se jogou nos braços abertos do seu tio.

- Tio! Sabia que uma aeromoça deu em cim de mim?- meu filho contando coisas desnecessárias, um homem que passava, ao ouvir isso riu alto.

- Ein?!

- Aham!

- Filho, isso não é algo que se diga...- falei rindo.

- Depois você me conta sobre essa aeromoça, eu quero saber como é que você tá? Eu sou mais bonito pessoalmente ou não sou?

- Convensido...- cantarolei. Carlos me olhou com cara de tédio e se voltou para meu filho. Meu irmão não mudou muita coisa, seu cabelo estava tingido com a cor do meu - sim ele tingiu o cabelo - ele vestia uma calça jeans, tênis e uma camiseta cinza com escritas em preto, e como sempre seu boné na cabeça.

- Tio, você é bonito sim, todo mundo é, mais a aeromoça era mais!- Carlos sorriu.

- Ahh é? Como ela é?

- Loira de olhos cor de mel!- Carlos me olhou como quem dizia, é quem eu tô pensando que é? Confirmei.

- Esse é meu sobrinho mesmo! Tá no sangue ser galanteador!... E você é o Tony certo?

- Sim! Prazer conhecer você pessoalmente!- os dois já haviam se visto em umas das minhas ligações por câmera para o Brasil.

Entramos no carro que era do meu pai e que agora pertence ao meu irmão e fomos até a casa, minha mãe estava louca para ficar em em um hotel mas Carlos disse que a Pri faz questão de tê-la lá.

Assim que descemos do carro vimos a casa fechada.

- Se troquem que eles estão nos esperando em um restaurante!- meu irmão nos informou. Tava explicado.

Samuel pegou na minha mão e fomos andando até a casa, abri a porta com a chabe que era minha e que eu trouxe comigo, e encontrei a casa vazia. A sala e a cozinha estavam limpas e organizadas, tudo era do mesmo jeito.

- Uau!- minha mãe suspirou, a casa do meu pai nem se compara com a casa dela.

Subi para o meu antigo quarto e lá estava tudo como era antes,desfiz as minhas malas e a do Samuel já que ele dormiria comigo. Minha mãe ficaria no quarto de hóspedes e Tony no quarto do Gustavo com ele. Gustavo. Esse já tem 18 anos nas costas, assim como eu tenho vinte e Carlos 21. É bom estar de volta.

Sai do quarto e me vi sozinha na casa, fui ao quarto do Carlos pra ver se ele é o Samuel ainda estavam lá e nada, fui atrás do Tony no quarto do Gus e nada, quarto de hóspedes procurar minha mãe e nada.

- Gente?- falei, mas ninguém respondeu. Desci as escadas e me surpreendi.

A sala e a cozinha que estavam organizadas estavam cheias de bexigas, havia comida sobre a mesa e tinha uma faixa escrita Que bom que voltou!, assim que me viram gritaram:

Garota IludidaOnde histórias criam vida. Descubra agora