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OBS:

Jennifer

Depois da cena do beijo - que me arrependo de ter permitido pois não quero viver a mesma novela de antes - entrei no carro com o Rhuan, fomos na casa do Guilherme e ele não estava lá, liguei inúmeras vezes no seu celular e ele não atendia. Quando fui ligar para meu irmão, meu celular tocou, o número do Guilherme apareceu na tela e atendi imediatamente.

Guilherme

Hoje vim passear de novo com o Samuel e com a Alice.
Levei os dois no Jardim Botânico. Alice adora flores, Samuel adora espaço aberto para brincar - de preferência jogar futebol.

- Quem está com fome?- perguntei para os dois depois de um tempo brincando.

- Eu quero bolo!- Samuel disse se sentando no lençol xadrez estendido na grama.

- E eu sanduíche!- Alice se sentou ao lado do irmão.

- Filha! Olha a cor do seu shorts!- Brenda falou. Eu sei que uma das condições da Jennifer era não sair com ela, mas ela pediu para vir junto e se eu não deixasse ela contaria a verdade para o Samuel. Então eu estaria desobedecendo as duas condições da Jennifer.

- Deixa a menina!- falei, não era nem pra ela estar aqui e ela ainda quer dar ordem?

- Tio! Tem suco?- Samuel perguntou.

- Tem sim!- coloquei o suco da garrafa em dois copos - Toma!- entreguei para os dois mini esfomeados.

Tenho muita vontade de contar a verdade para o meu filho, quero ver ele e a Alice me chamando de pai, sem essa de tio. Mas ou eu fecho a boca ou não poderei ao menos vê-lo. Eu sei que pode não parecer, mas eu me arrependo do que fiz e quero compensar a Jennifer e o Samuel sendo presente na vida dos dois.
Se eu fosse o mesmo de antes já teria contado a verdade pra ele, mas não, eu mudei e não vou voltar a cometer os mesmos erros de antes.

(...)

Já era 15:30 então resolvi levar as crianças pra casa, daria tempo de assistir a um filme enquanto comíamos pipoca.

Em casa, não tinha pipoca.

- Brenda você não foi no mercado essa semana?- perguntei.

- Não tive tempo.

- Mas você teve tempo de ir no salão com a Katrine não é?

- Aham.- respondeu com um olhar sínico.

- Não olha pra mim com essa cara...- me aproximei dela irritado e peguei em seu braço, ela reclamou de dor mas não soltei - O pouco tempo que eu passo com o Samuel e você faz de tudo pra acabar com ele!

- Me solta ou eu conto tudo pra ele.

- E pode parar com essas ameaças.- soltei seu braço, ela passou a mão no local que agora estava vermelho.

- Eu gastei meu dinheiro, se você me der eu vou lá e compro a porcaria da pipoca!- dei o dinheiro pra ela.

- E eu quero o troco!

Ela deu as costas e saiu da cozinha.

- Mamãe aonde você vai?- ouvi a voz fina da minha princesa, sai da cozinha e vi ela.

- Vou comprar pipoca!

- Eu quero ir junto! Vamos comigo e com a minha mãe comprar pipoca Samu?- perguntou para o Samuel.

- Sim!- respondeu, quase falei pra ele ficar comigo mas lembrei, que pra ele eu não sou nada além de "o pai da sua amiga".

Eles saíram em direção ao mercado da esquina, fiquei na frente de casa por via das dúvidas. Observei atento Brenda ir mechendo no celular - aposto que é o Facebook - e as crianças brincarem de pega pega no caminho.

- Boa tarde vizinho...- a velha que sempre me dá bom dia, boa terde e boa noite e eu sempre ignoro ela disse, mas hoje estou de bom humor e pela primeira vez respondi.

- Boa tarde Dona Ana!- viu, até o nome dela sei.

- ALICE!- era a voz da Brenda. Olhei para onde eles estavam e vi um carro parado e meu filho correndo na direção dele enquanto a Brenda estava paralisada olhando... A Alice. Debaixo do carro.

Corri até eles.

- Samuel!- gritei, ele estava correndo na direção do carro. Assim que me viu, o motorista saiu cantando pneu. E assim que ele saiu, vi minha filha.- Não...

- Alice!- Samuel, que estava parado chamou ela. Corri até ela e chamei a mesma.

- Filha... Filha olha pro pai... Princesa...- chequei seu pulso, seu peito, todos os lugares possíveis utilizados para verificar seus batimentos cardíacos. Seu coração batia pouco. Meus olhos arderam e logo, eu estava chorando- Filha!- gritei - Alguém chama uma ambulância!

- Eu anotei a placa do carro.- olhei para o lado e vi a Dona Ana - E chamei uma ambulância.

Assenti fungando e me levantei, fui até a Brenda que estava sentada no meio fio. Ela ouviu meus passos e ergueu a cabeça.

- Guilherme eu... Eu me distrai por um segundo e...- ela parou de falar quando ouviu a sirene da ambulância - Ela... Ela não tinha que sair correndo com esse piá...

- Cala a boca!- gritei - Não coloque a culpa nas crianças, você que é uma vadia irresponsável e achou mais interessante olhar o Facebook ao invés de olhar nossa filha!- à essa altura já tinha várias pessoas olhando a tragédia. Enfermeiros desceram da ambulância e foram até onde minha filha estava. Eu iria com eles mas minha raiva não me deixa sair sem resolver isso, em vez de ir lá observei eles colocarem minha filha em uma maca sentindo mais lágrimas virem à tona.

- Não é culpa minha! Esse menino é o culpado! Ele fica...

- Não é culpa do meu filho!- gritei me virando para ela, bem alto e claro com a voz embargada - O Samuel não tem culpa de você ser uma...

- O que...- Samuel, que estava ao meu lado disse - Eu sou... Vo... Você é meu pai?- perguntou com os olhos brilhantes.

- Samuel... Eu... Sim.- suspirei.

- Por que minha mãe não me contou?...- perguntou chorando. Meu Deus, dá pra piorar a situação?

Jennifer

* LIGAÇÃO ON *

- Guilherme! Onde você tá e cadê o meu filho!- perguntei assim que ele atendeu.

- Jennifer...- falou com a voz fraca, ele andou chorando?- Eu... O Samuel sabe a verdade.- não - E... Eu tô no hospital.

- O que aconteceu?!- gritei - Qual hospital você tá? Ele tá bem? Como você pode!

- A minha filha foi atropelada.

- Meu Deus...- falei pra mim mesma, logo senti um aperto no coração - Como ela tá? E o Samuel? Como foi isso?- perguntei, ele anda muito apegado a ela, se alguma coisa acontecer...

- A minha princesa... Minha princesa agora é um anjinho.- disse, depois disso ouvi soluços e a chamada foi encerrada.

Quando me dei conta eu estava chorando.

- O que aquele canalha fez com o Samuel?!- Rhuan perguntou nervoso, meu celular apitou e chegou uma mensagem.

Guilherme: Hospital Evangélico

- Cala a boca e dirige!- me exaltei. Eu preciso ver meu filho e o Guilherme. Eles devem estar precisando de mim...

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Só estou podendo postar um capítulo por semana!

Estou tendo muito pouco tempo :-(

Sorry! Por isso e pelo atraso!

Rhuan, cala a boca e dirige!

Ver o filho e o Guilherme... Hun...

Bjsssssssss

Comentem e estrelinha

Garota IludidaOnde histórias criam vida. Descubra agora