Guilherme
A polícia não demorou a chegar, a multidão que se formou me vaiou e acho que vi algum conhecido. Me levaram para a delegacia e lá me interrogaram e interrogaram a Katrine. Falei exatamente o que aconteceu, e a Katrine exatamente ao contrário, lógico. Mas para meu azar interrogaram algumas pessoas que viram tudo, e elas ficaram do lado da Katrine. A faca na minha mão não ajudou muito...
Agora eu estava em uma cela escura, apertada, imunda e totalmente claustrofóbica. Um nojo.
Então foi isso que ela fez a noite inteira, planejou o meu fim.Fico pensando, será que faria diferença eu aqui dentro ou lá fora?
Agora que a minha filha morreu eu não vou ter o que fazer da minha vida, talvez seja melhor eu ficar aqui mesmo...
Não. Eu também tenho um filho, o qual eu nunca fui presente na vida, o que eu rejeitei, desejei a morte, e hoje me arrependo de tudo isso... É, eu não posso deixar o Samuel sozinho, não mais, nem ele e nem a Jenni.
Jennifer
Saímos de casa e fomos para a casa do Guilherme, eu sei que pode não ter acontecido nada e eu posso estar sendo boba por me preocupar, mas eu estou com um mal pressentimento de que isso possa ser verdade. Afinal, toda vez que eu tenho esse pressentimento algo ruim acontece.
Ao chegar na casa do Guilherme descemos do carro.
- Quer chamar?- meu irmão perguntou.
- Sim!- nós dois batemos palmas, nada - O que é aquilo?- apontei para uma mancha na calçada, no portão tinha uma fita amarela, das que a gente vê em filmes policiais.
- Sei lá! Vai que o óleo diesel do carro dele tá vazando!
- Mas e aquilo?- mostrei a fita.
- Aí eu já não sei!- fez sinal de rendição com a mão. Encarei aquela mancha na calçada até perceber, que aquilo era sangue.
- Carlos isso é sangue!- seu rosto perdeu a cor, não por não poder ver sangue mas por perceber que algo aconteceu.
- Então...
- Guilherme!- gritei alto enquanto batia palmas, quanto mais eu gritava mais eu me apavorava, e se for verdade? Ou, e se for uma brincadeira de mal gosto?
- Jennifer cal...
- Olá?- ele foi interrompido por uma senhora, a mesma que cuidou do meu filho no hospital.
- Oi...- comecei - A senhora sabe me dizer que horas o Guilherme saiu é que...
- Ahhh mais você é a mãe daquele mocinho bonito não é?
- Sim, sou eu mesma... Então...?
- Ohh querida você ainda não sabe?- perguntou com cara de pena.
- Se ela soubesse não estaria perguntando!- Carlos disse do meu lado, até eu estava me irritando com a velha...
- Ele foi preso hoje!- não, eu sabia!- Acusado de um crime bárbaro...- ela disse pensativa, como se lembrasse de algo.
Senti minha cabeça girar.
- Jenni você tá bem?
- Aham... O que houve?- perguntei, eu quero muito saber o que aconteceu, mas ao mesmo tempo não quero. A senhora... Dona Ana, abriu o portão e nos sentamos com ela em sua varanda, ela nos serviu chá e bolacha.
- A moça, Brenda, chegou em casa por volta das 11 e gritou por ele, eu ouvi tudo, depois de um tempo ouvi berros dela e dele, eles discutiam... (...) Enquanto ele esperava o portão abrir, a moça pegou a faca e enfiou em si mesma!
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Garota Iludida
Teen FictionJennifer, uma menina que foi enganada por alguém que só queria diversão. Uma reviravolta em sua vida faz tudo mudar. * Abri meus olhos devagar. Meu corpo estava todo dolorido principalmente na região da virilha, e minha cabeça girava... Oh não!* Co...