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Guilherme

Passei a noite em claro.

A noite após a morte da minha filha foi a pior da minha vida. Quando cheguei em casa era 2:01 da madrugada, fiquei no hospital depois que a Jennifer foi embora e depois fui para a casa do Vitor onde bebi até 1:40 da madrugada.

Quando sai de lá fui embora, eu estava sóbrio ainda - o que era ruim -, fui para a casa que o pai da Brenda nos deu e fiquei no quarto que era da Alice. Me deitei na cama dela e me entreguei ao choro, logo adormeci.

Quando eu acordei já era 11:30 da manhã, eu teria dormido mais se a Brenda não tivesse batido a porta da frente, nem sei aonde ela passou a noite.

- Guilherme!- gritou. Ouvi seus passos indo para o quarto, a cozinha, o banheiro, até que chegou no quarto da Alice - Onde é que você tava?- perguntou ao me ver. Ela estava acabada, jeans surrado, regata vermelha e rasteira. As roupas dela estavam fedendo e estavam sujas, seu cabelo estava imundo e preso em um coque.

- Não te interessa...- respondi desanimado, não devo satisfação da minha vida pra ela.

- Interessa sim, você ainda é meu marido, não importa se a Alice morreu...

- Morreu por sua culpa sua cadela!- gritei me levantando.

- Pode jogar na minha cara... Eu não ligo!- também gritou.

- Pois deveria ligar!- cerrei os meus punhos - Agora me dá licença que eu não quero te ver!

- Desculpa aí se a casa é minha então saia você!

- Você acabou de dizer que eu sou seu marido portanto essa porcaria também é minha!

- Eu... Eu...

- Você, você só irrita! Hoje mesmo eu pego as minhas coisas e vou embora! Com você eu não passo mais nenhum dia!- seus olhos brilharam.

- Não... Você não pode me deixar Guilherme! Nós... Podemos ter outro filho! É isso!- me abraçou - Gui eu te amo não faz isso comigo!...

- Não...- afastei ela - Eu não vou aguentar você por mais tempo, me desculpe...- ela ficou vermelha.

- Você só pode tá brincando né? Vai me largar pra ficar com a vadia da Jennifer né?- meu sangue começou a esquentar - Você não vai fazer isso!- ela saiu do quarto, ao voltar fechou a porta e a trancou, quando ela se virou estava com uma faca na mão.

- Brenda o que você vai fazer...- ela não respondeu, só me encarou - Brenda...

- Sabe o que vai acontecer se você se separar de mim Guilherme?... Ahhhh!- ela passou a faca na sua própria bochecha - Meu pai não vai me aceitar na casa dele, passei essa noite na casa da Katrine... Não vai ter como pagar as contas dessa casa, porque eu não vou trabalhar... Minha vida vai acabar se você fizer isso, você vai acabar com a minha vida, como fez com a da Jennifer no passado mais isso não vem ao caso... Então, eu vou ser obrigada a acabar com a sua vida também...- passou a faca no seu braço.

- Brenda para. Não vai ser tão difícil!

- Ahh vai sim... Pra quem sempre foi sustentada a vida toda vai!- posicionou a faca em sua barriga, ela chorava de dor mas antes de colocar a faca lá, ela deu um grito tão forte que aposto que os vizinhos ouviram. Quando ela foi se cortar de novo dei um tapa em seu braço e à coloquei contra a parede, a faca caiu de suas mãos. Com um braço segurei ela que se debatia e com o outro destranquei a porta, na sala joguei ela no sofá, peguei a chave do carro e saí - Guilherme volta aqui! Você não pode me deixar...!- fechei a porta da sala e tranquei a mesma, o tempo dela pegar a sua chave era o mesmo de eu entrar no carro e sair.

Entrei no carro e quando fui ligar ele, não pegou. Droga! Agora não é uma boa hora! Ele ainda não tinha ligado e a porta de casa tinha sido aberta, a Brenda saiu com aquela maldita faca na mão. Desci do carro.

- Você não vai escapar Guilherme...- ela veio pra cima de mim e tentou me dar uma facada, consegui pegar a faca de suas mãos e ela passou a tentar se enfiar na faca.
As poucas pessoas que passavam na rua e viam a cena poderiam pensar que eu estava tentando atacá-la. Empurrei ela, e entrei no carro, vi que a faca ainda estava em minhas mãos e joguei a mesma na calçada. Tentei dar partida no carro e ele funcionou, andei com ele até o portão e esperei o mesmo abrir. Olhei para o lugar onde a Brenda estava e não vi a mesma. Deve ter desistido...

O portão se abriu por inteiro e comecei a andar, de repente, foi tudo muito rápido.
Um vulto se jogou debaixo do meu carro.
Não tive tempo para pensar só senti o carro balançar e ouvi um grito agudo, como se eu tivesse passado por cima de alguma coisa. Oh não...

Parei. Desci do carro e dei a volta nele, a Brenda estava debaixo do meu carro, a faca estava fincada na sua barriga.

- Brenda!

Retirei a faca de dentro dela e me vi sujo de sangue, medi seu pulso e vi que ela não estava morta mas havia perdido muito sangue. Eu estava com a faca em minhas mãos quando eu ouvi um grito:

- Brenda!!!- olhei para o lado e vi a Katrine - O que você fez com a minha amiga seu desgraçado!- ela correu até mim e se ajoelhou ao lado da Brenda, por incrível que pareça não tinha ninguém na rua.

- Eu não fiz nada!- respondi. A Brenda, que estava caída, olhou para a Katrine e assentiu. Estranho...

- Vai dizer que ela que fez esses cortes e que ela se jogou na frente do carro?

- Sim! Foi exatamente isso que aconteceu!- falei olhando para, olhei para a Brenda e ela estava com os olhos fechados. Será que...

- Pena que ninguém vai acreditar...- olhei para a Katrine.

- O que?- ela me entregou a faca e se levantou. Algumas pessoas surgiram na esquina a alguns (vários) metros de distância daqui.

- SOCORRO! SOCORRO ELE MATOU A MINHA AMIGA! ALGUÉM ME AJUDAAA!- ela começou a gritar. O que essa louca tá fazendo?!!! Me levantei e caminhei até ela.

- O que você tá fazendo?!- gritei. As pessoas que estavam na esquina já estavam próximos.

- Ei ei ei ei!- um cara se aproximou e me jogou no chão. Foi então que percebi, que eu estava com a faca ensanguentada na minha mão.

- Ele ia me atacar!- a falsa da Katrine gritou, ela sm estava chorando.

- É mentira!- me exaltei - à essa altura já tinham três caras me segurando.

- Calma já chamamos a polícia!- um homem falou para ela, que, como é uma oferecida o abraçou.

- Não acreditem nela!- gritei.

- Poupe suas palavras seu vagabundo!- um dos caras que me seguravam disse.

- Mas eu não fiz nada!

Não acredito. Armaram pra mim!

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Oieeeeeeee

Eu ia falar "partiu matar a Brenda" mas lembrei que ela já morreu...

Então galera a data das postagens ainda estão indefinidas, mas não vou deixar de postar!

Bjoooooooo





Garota IludidaOnde histórias criam vida. Descubra agora