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Carlos

FILHO DA PUTA! É isso que o Guilherme é! Um filho de mil pais! Esse miserável conseguiu acabar com a vida da minha irmã além de ter tirado a virgindade dela, o que ela queria perder na sua lua de mel com o cara certo! Eu quase nunca chorei na frente dos meus irmãos e muito menos na frente dos meus amigos, mas não aguentei. Não deixei as lágrimas caírem, mas meus olhos arderam. Quando éramos pequenos e morávamos com a nossa mãe, todas as noites eu prometia pra Jenni que protegeria ela de tudo e todos. Mas não consegui proteger ela de um... Eu não tenho palavras pra descrever o que o Guilherme é.

Eu e os caras fomos para o escritório com meu pai. Um: porque ele queria conversar conosco. Dois: eu ia bater no Rhuan imaginando a Mariane e o seu primo.

- Ele fez 17 ontem então não adianta denunciar. Onde ele mora? Quero informações.

- Pai vai falar com os pais dele? Só?

- Vou. Mais antes vamos conversar.

- Ele mora umas cinco quadras daqui.- André falou.

- Geralmente os pais dele saem nos domingos pra almoçar e ele fica em casa pra receber visitas íntimas...- Pedro disse.

- Então vamos! Agente tem que dar uma bela lição nele!

- Calma Lucas. - meu pai falou - Nós vamos lá falar com ele, os pais dele só poderiam deixar de castigo e isso é muito pouco. Gustavo você fica.

- Nem a pau!

- Ok! - falei - Com ele não tem como discutir, vamos.

Saímos de casa e fomos até a casa do safado. Fui na frente e quando ele abriu a porta dei um soco em seu nariz.

- O qual é?!

- Cala a porra da sua boca!- gritei e empurrei ele pra dentro da casa seguido pelos outros, Gus fechou a porta.

- Conseguiu o que queria seu merda?- Lucas perguntou. Direita, esquerda, direita, segurei ele. Se ele continuasse com os socos não ia ter pra mim!!!.
Meu pai e os irmãos entraram, os dois seguraram Guilherme e meu pai começou falar.

- Então... Guilherme. Por que causa, motivo, razão ou circunstância - nessa ele exagerou - você fez o que fez com a minha filha?

- Tio eu...

- Senhor Gray pra você.

- Sim, Senhor Gray... Eu... Sua filha me rejeitou e... Eu era muito atraído por ela

- Era?- seu tom de voz me deu até arrepios. Gustavo olhava atento, fiquei até com medo de ele ficar traumatizado... Só que não.

- Sim, agora eu já consegui o que queria então... Ops.- quando percebeu que falou demais ficou branco. Meu pai deu dois soco em seu estômago.

- Comtinue.

- Não era uma... virgem que ia... me rejeitar... - falou ofegante, aquilo foi suficiente pra mim. Dei um soco em seu estômago, um em seu nariz, estômago e dois em seu maxilar, ele só estava de pé graças ao Pedro e o André que estavam segurando ele, me segurei pra deixar um pouco pro meu pai.

- Você vai pensar duas vezes antes de usar seu amiguinho aí em baixo.- ele deu um chute nas suas partes baixas.

- Eu ajudo!- Lucas fez o mesmo que meu pai, e claro que eu não ia ficar de fora.

- Ahhhhh vocês quebraram o Tomas!- gritou.

- Tomas...- André riu.

- Tomas no cú Tomas! - Pedro riu da sua própria piada sem graça acompanhado do Gustavo.

- Espero que tenha aproveitado bem ele.- meu pai disse friamente.

***

Depois de dar uma lição no infeliz e no Tomas cada um foi para sua casa, deixando o Guilherme caído em seu sofá com alguns ematomas. Ele vai demorar um pouco pra poder usar o equipamento.

Pensamos na hipótese de ele contar para os seus pais, mas ele não faria isso. O que ele fez foi muito pior que uma surra. Aquilo com o tempo passa, já o que ele fez com a Jenni não. Ela vai ficar marcada com isso pra sempre, nem que ela fique o dia inteiro tomando banho.

Chegando em casa encontramos as meninas na cozinha com a Pri, mas a Jenni não estava lá. Gus pediu pra levar bolo pra ela e assim fez, quando ele voltou chamei ele pra ir na rede comigo.

- Vocês deviam ter matado aquele cara!- falou se sentando.

- Eu sei, só quero te pedir pra não comentar com ninguém o que houve ok? É vergonhoso pra nossa irmã.

- Tudo bem.

- Ótimo.

Jennifer

Sai do banho e não encontrei as meninas no quarto, vesti um conjunto de moletom cinza e fui para a cozinha.
Lá encontrei Pri, Eliza e Helen. Pri havia feito bolo de cenoura, eu geralmente pularia de alegria mas agora. O bolo tá sem cor.

- Olha querida come um pedacinho! - Pri ofereceu.

Mordisquei o bolo mas o cheiro me deu náuseas. Corri para o quarto e lá fiquei, as garotas foram me chamar mas ignorei, ouvi meu pai e meus irmãos chegarem, Gus trouxe alguns pedaços de bolo pra mim é deixou no meu criado mudo. Depois de algum tempo eles entenderam o recado e não vieram falar comigo. Respeitaram meu pedido de ficar um tempi sozinha pra pensar.

***

Na quinta arrumei as malas, amanhã de manhã eu e Carlos vamos para a Itália passar as férias com a nossa mãe, durante essa semana fiquei em casa. Não fui pra escola nem mesmo até o mercado da esquina, minha família tem se revezado para trazer comida pra mim e meus amigos tem me visitado.
Não tive notícias do Rhuan desde o ocorrido, nem dele nem da Mariane e nem do Guilherme.
Do Guilherme Gustavo me contou que eles quebraram o amigo dele.

- Hey!- Carlos apareceu misteriosamente no meu quarto.

- O que foi?

- Pronta pra enfrentar a fera amanhã?- perguntou se sentando na beira da cama.

- Não.- soltei uma risada fraca.

- Não fica assim Jenni, você vai contar pra ela? Por que ela vai perceber que você está... Assim.

- Eu não sei...

- Se anima um pouco maninha, eu sei que não é fácil mas me mata te ver assim.

- Desculpa...- abracei ele com lágrimas na minha face. Ele colocou o queixo em cima da minha cabeça antes de falar.

- Não peça desculpas você não fez nada de errado! Eu devia ter entrado naquele quarto e...

- Você não sabia que era eu lá dentro!

- Eu sei, mas mesmo assim.

- Não tem essa de mesmo assim. Pare de se sentir culpado!

- Ok.- suspirou em derrota.

Ele se despediu e foi para o seu quarto. Fui tomar um banho e vesti meu conjunto de moletom azul marinho, arrumei o despertador e fui dormir.

Amanhã de manhã a Itália me espera.

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Desculpem os erros :3

Garota IludidaOnde histórias criam vida. Descubra agora