Capítulo 06° No mesmo Caminho.

2.2K 244 20
                                    

BOA LEITURA!!!

BOA LEITURA!!!

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Olivia

É manha de segunda...

Acordei com o despertador de Mariana tocando, as aulas começam em duas horas. Abro a janela e a neblina está alta, além de vir acompanhada com um vento frio que me fez tremelicar ao senti-lo.

No banheiro faço minhas higiene matinais, visto uma calça jeans preta um pouco rasgada em uma das coxas e um uniforme, depois de terminar pego um casaco preto, lembrei do medalhão que ganhei ontem, também lembrei de dona Melissa dizendo que ele combinava comigo, então coloquei no pescoço me olhei no espelho e vendo que ela e minha avó tinham razão, ele combina.

— Vamos. — Mariana me chama.

— Até que fim!— Emma reclama abrindo a porta.

Paramos na frente do elevador,e em sua frente tem muitos alunos também o esperando, Emma faz graça sobre o ocorrido dessa madrugada, agora aquilo parecia motivo pra sorrir, mas isso não se aplicava durante o ocorrido.

Assim que o elevador abre entro vendo o amigo de Mari junto com John, quando me encosto na parede noto que eles não estão sozinhos, no fundo do elevador os quatros garoto de ontem estão em silêncio. Um deles me encara e para variar me sinto nervosa.

O garoto muda a sua postura, ele é pardo, alto, e bem esbelto, seus olhos são azuis escuros. Seu olhar é distante, morto, como se ele estivesse perdido algo e que estava sofrendo por ter perdido. Seu maxilar é quadrado, vejo-o se contrair, acho que percebeu minha forma de olha-lo. Seu cabelo é escuro e bagunçado. Ele cruza os braços e parece que está incomodado, penso em desviar, mas não quero dar o braço a torcer só porque olha-me de um jeito intimidador.

Fico olhando-o querendo entender o porquê de me olhar desse jeito, mil perguntas se formam na minha mente e a vontade de perguntar aumenta cada vez mais.

— Medalhão legal, Olivia! — John diz enquanto me dá um empurrão de leve.

Todos me olham, todos mesmo. Agradeço dando um sorriso meia boca.

— Você comprou? — Pergunta Mariana curiosa.

— Não — Respondo — Foi um presente!

Todos me olham sem entender.

— É tipo herança de família, é uma coisa passada de geração em geração.

— Sério? Me deixa ver. — Pede Mariana puxando ele para perto de si.

— Claro. Como não negar? — Reviro os olhos. — Minha mãe falou algo do tipo de ser passada da mãe para sua primogênita quando completam dezoito anos. Eu sou filha única então... — Explico tirando o objeto dando a Mari.

— E qual é o significado dessa coisa apontando pra lua? — Emma fala examinando-o.

— Essa coisa é um arco e flecha, e não sei o que significa, minha mãe não me falou. — Respondo pegando o medalhão de volta.

— Por que usa se não sabe o significado? — Indaga-me Henrique com uma voz autoritária.

— Não sei. Será porque foi minha mãe que me deu? Ou porque é uma coisa de família?

O garotos que tinham a postura séria e fechada não mudaram, porém agora eram os quatros que me olhavam daquele jeito o que me fez ficar mais desconfiada e nervosa.

Saímos e fomos para o refeitório, o lugar esta cheio de alunos e aquele barulho de gente conversando alto predominava. Caminhamos pra uma fila formada perto de um cartaz grande com uma frase chamativa se referindo ao time de futebol, assim que chega minha vez pego uma bandeja colocando um misto de comdas que tinham ali e um suco de laranja acompanhando Emma até uma mesa redonda.

Já tínhamos terminado de comer, John fazia piada de um garoto sentado à mesa ao lado por usar uma camisa com estampa do Batman, sem querer sorri porém parei quando a sensação de ontem voltou. Meu estômago parecia encolher três vezes mais rápido, não sei o porquê dessas sensações, eu nunca me senti assim. Levanto a cabeça vendo que o menino que parecia estar incomodado no elevador me observava, bem sério.

Ele esta sentado em uma das mesas no fundo do refeitório um dos garotos fala alguma coisa em seu ouvido que o faz se vira ficando de costas pra mim enquanto fico o olhando.

Porém não por muito tempo, pois meu celular vibra mostrando a foto de minha mãe no visor, Mariana olha-me quando levando. Sem dizer nada só apontando para meu celular, saio em direção ao pátio que tem várias mesas iguais do refeitório.

Ligação on;

— Oi mãe! — Digo sentado em cima da mesa.

— Oi filha, como está indo o primeiro dia de aula? — Pergunta-me animada.

— Bem, as aulas começam daqui a pouco!

— E como foi ontem? Já fez algumas amigas?

— Hum. Foi bem. Divido o quarto com duas garotas. E são bem legais!

— Que bom meu amor. Te liguei pra dizer que vou viajar e só chego quinta. Tudo bem?

— Tá. E a mudança mãe, já chegou? — Procuro saber fitando meu tênis.

— Não, só sábado querida!

O sineto toca então me levanto .

— Mãe. vou ter que desligar a minha primeira aula vai começar!

— Esta bem bebê, depois conversamos mais. Te amo, se cuida beijo!

— Também te amo. Tchau!

Ligação off:

Desligo o celular o guardando-o no bolso voltando para refeitório vendo Mariana em pé segurando minha mochila.

Nossa primeira aula é de história e assim que chegamos um homem calvo, alto, vestido em roupas largas está parado na porta. Seu rosto quadrado parecia mais longo com a barba grande e escura, é típico de um professor de história.

Nos aproximamos e ele sorriu.

— Bom dia!

— Bom dia! — Respondemos uníssonas

— E você quem é, minha jovem? — Pergunta-me.

— Sou a Olivia. — Respondo simpática

— Seja bem vinda, Olivia. Vamos entrem. — Diz dando passagem.

Entrei e me deparei com carteiras brancas que acomodava duas pessoas.

O professor já tinha fechado a porta quando dois garotos entram, eles abrem a porta como não existisse ninguém ali, a brutalidade que abriram foi forte e alta fazendo todos se assustar. O professor não falou nada, os dois são os gêmeos que subiram as arquibancadas sorrindo e o outro é aquele que ficou me encarando no elevador. Eles não pareceram me notar, caminharam até fundo da sala e o murmúrio de conversa começou assim que se acomodaram.

Parecia que todos estavam falando deles, duas meninas sentadas nas carteira atrás foram as primeiras.
Mariana também escutou e soltou um sorriso de deboche, segundo elas os dois são irmãos — isso explica porque toda vez que os vi estavam juntos.

________________________________________________


Não esqueça de comentar e votar.

OBRIGADO POR TUDO!!!

A Duplicata - ( Vol 1 )Onde histórias criam vida. Descubra agora