ESPERO QUE GOSTE.
UMA ÓTIMA LEITURA!!!Olivia
O caminho para o centro foi longo o que me deu tempo para pensar, e percebi que o quanto mais penso fico mais magoada com a situação, segurei bastante a vontade se chorar.
O nó em minha garganta estava como o céu pronto pra chover, tenso, pesado e sobrecarregado, a chuva e meu choro iria cair à qualquer momento... Todos no ônibus ficam me olhando, mas, fiquei tão perdida em meus pensamentos que nem me incomodei.
Já no internato, passo direito pelo corredor e de novo os olharem pesam em cima de mim. Ando de cabeça baixa, abraçando meu corpo, rezando para não encontrar ninguém, quero fica sozinha em um lugar onde possa desmoronar sem ninguém como público.
Paro enfrente ao elevador, meu quarto seria o lugar perfeito para fazer isso, mas, como já disse, não quero ninguém me vendo chorar, além do mais, sei que vão me encher de perguntas, e quero evitar qualquer coisa agora.
Sigo em frente ate chegar no tal jardim, onde me encontraram, sento no banco de concretos em frente... respirei fundo... o vento forte passa com os primeiros pingos grosso da chuva. E sem ao menos esperar as lágrimas caem, levanto as penas e abraço apoiando o queixo no meu joelho...
A chuva continua, não sei quanto tempo passei aqui, mas, continuo chorando, estou ensopada e tenho certeza que meus olhos estão inchados. Chorei por tudo, pelo que minha mãe fez, pelo que disse a ela, de não ter olhando pra atrás quando sair de lá.... chorei de raiva, de frustração, de medo.
Tudo mundo ao menos uma vez na vida, tem aquela vontade de chorar, que chora sem se importar, porque tudo que quer é que vá embora tudo aquilo que nos faz mal, que as lágrimas lavem aquele sentimento ruim, que traga com a esperança, como o sol depois de uma tempestade.
Não me lembro de querer chorar tanto assim.
Anoiteceu, estou com frio e cabisbaixa entro pelos fundo do internato, na entrada enxugo o rosto e engulo o choro... agora quero alguém para me ver chorar, mas, que não fale nada só apenas acaricie minha cabeça enquanto choro, — como Melissa custava fazer.
Já no corredor que dar acesso ao elevador vejo Isaac saindo da biblioteca, ele para surpreso, não me chama, nem nada. Meu corpo trava, meu peito aperta, só foi meus olhos caírem em dele para a vontade de chorar voltar. Abaixo a cabeça e cerro os punhos...
— Liv? Estar tudo bem? — Pergunta-me calmo.
Ergo a cabeça prendendo o nó no fundo da garganta olhando-o de nariz em pé. Penso em falar alguma coisa, mas o quê eu iria dizer? Era óbvio que não estava tudo bem, eu simplesmente não tenho nada pra dizer.
Mesmo assim abro a boca pensando em algo, mas, nada me vem, volto a fechar... o nariz que estava em pé, acabou de cair..
Isaac percebe minha cara de choro e estende as mãos para mim, chamado em um gesto silencioso para abraça-lo... pra que fez isso?
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A Duplicata - ( Vol 1 )
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