Valentina

Capítulo 7

Minha cabeça estava rodando, meu corpo doia e eu tinha quase certeza de que eu iria vomitar.

De repente eu senti algo duro batendo em minha cabeça e meu corpo foi atirado em alguma lugar bem desconfortável e ouvi algo se quebrar. Espero que não seja algum osso do meu corpo.

Abro os olhos. Estou em cima do que parece ser uma mesa e ela se quebrou devido á minha queda. Bom, pelo menos não foi algum osso.

Olho ao redor e acho que estou em um quarto. Em um quarto grande e bem decorado, tudo aqui aparenta ter ouro, desde a cama King size até o os fios decorativos da cortina. Esse quarto é maior que minha casa. Não que ela fosse muito grande.

Esse quarto, com certeza, pertence ao Supremo Rei do Leste.

Não perco muito tempo apreciando o quarto e logo começo a procurar a tal pedra, se eu vim parar aqui era porque a Rainha tem certeza de que a pedra está neste quarto.

Mas como será esta pedra? Acho que eu deveria perguntado antes, mas estava tão atônita que me esqueci desse detalhe.

Começo a revirar todo o quarto. Com certeza iram perceber que alguém esteve aqui por causa da mesa quebrada, então não tinha necessidade de disfarçar que estava procurando algo.

No que se parecem horas desde que cheguei aqui, penso que nunca acharei esta pedra. O que eu estava pensando? Que iria simplesmente chegar aqui, pegar a pedra e ser feliz para sempre com Cam? Eu era realmente uma idiota.

Me sento no chão e encosto na parede. Será que Cam está bem? Espero que sim, pois o fato de imaginar o que ele pode estar passando por minha culpa me causa arrepios. A rainha disse que iria matá-lo se eu não voltasse com a sua pedra, não duvido que ela realmente faria isso.

Pego minha espada, a única coisa que meu pai me deixou. Ela é realmente muito linda, tem várias linhas vermelhas que se entrelaçam no cabo, deve valer um bom dinheiro. Porque meu pai nunca vendeu? Porque ele a manteve escondida naquela tábua solta? Nós poderiamos ter tido uma vida menos miserável se ele a tivesse vendido.

Nesse momento algo se clareia em minha mente. Se minha espada estava escondida em uma tábua solta, então uma pedra valiosíssima também poderia estar.

Tento procurar no chão, mas ele não é feito de madeira, então a pedra não poderia estar aqui. Tento as paredes e é só quando percebo que só existe uma tocha em todo quarto.

É claro! - penso - a tocha é uma alavanca para uma passagem secreta.

Eu a puxo e no mesmo instante a parede se abre, dando espaço a um corredor escuro.

Eu pego a tocha e entro, não a nada lá dentro, penso em voltar, mas se eu for embora sem a pedra... Bem, eu não preciso nem dizer.

Eu vejo uma pequena luz que vai se expandindo enquanto avanço, e quando finalmente chego ao fim do túnel vejo outro cômodo, muito menor e vazio, exceto pela pequena mesa com uma caixinha roxa no meio.

Eu abro a caixinha e lá dentro se encontra uma pedra vermelha escaldante. Quase choro de emoção.

É ela, é a pedra.

Eu a pego e volto correndo. Está na hora de salvar o Cam. Nem acredito que eu realmente consegui.

Só o que eu não esperava, quando retornasse ao quarto, era que um homem estivesse ali.

Ele é a pessoa mais linda que eu já vi na vida. Seu cabelo é grande e loiro, tem olhos verdes, é alto e pelo que eu percebi é extremamente forte. E em sua cabeça estava uma coroa que contia uma espécie de água em movimento.

Esse, com certeza, era o Supremo Rei do Leste.

E estava muito zangado.

Quem é você? - Pergunta ameaçadoramente.

Eu... - E antes que eu possa responder, todo ar dor meu corpo é drenado e eu começo a me afogar, literalmente. Começo a vomitar litros d' água e já não tenho forças para ficar em pé.

Ele está tentando me matar. E ele nem levantou as mãos.

Vou perguntar outra vez - Diz ele, parando um instante com seu ataque de afogamento. - Quem é você?

Eu não posso responder, ele me mataria, mas antes ele possa continuar seu ataque contra mim, eu pego o pequeno frasco que a rainha me deu e atiro contra ele.

Nesse momento uma enorme explosão acontece, o sujeito cai do outro lado do cômodo e o quarto começa a entrar em chamas. Não espero muito tempo, toco o colar e digo:

- Abrum portalis.

Nesse momento um enorme portal aparece, igual ao do castelo da rainha, corro até ele, penso em voltar para o castelo e quando estou quase atravessando uma mão forte pega meu braço, O rei , eu tento me desvincular, mas acabo me desequilibrando e ambos caimos dentro do portal.