Laura, era uma jovem muito bonita e chamava a atenção por onde passava, com seus belos olhos azuis, que encantava a todos, o cabelo longo e o corpo esbelto.
Ela tinha apenas vinte anos, quando estava voltando do trabalho para sua casa, como fazia normalmente, mas no meio do percurso, um homem de rosto desconhecido a parou de forma brusca, Laura tentou fugir, mas ele correu atrás dela e após conseguir capturar a moça, a carregou para um lugar onde não havia ninguém e naquele mesmo lugar estrupou ela sem ter piedade alguma, por mais que Laura implorasse para ele parar.
Depois do terrível ato, a largou e foi embora, com muita dificuldade Laura se levantou e foi andando até um hospital próximo, ao perceber o que havia acontecido com a moça, os médicos chamaram a polícia, que tentou descobrir quem era o homem, mas de nada adiantou já que ela não conseguiu ver muito bem o rosto do agressor, depois de fazer alguns exames, os pais dela vieram buscá-la, já que ainda estava muito abalada, nos dias que se seguiram, os policiais ainda não tinha pistas sobre quem era o homem e para piorar tudo, Laura descobriu que estava grávida, mas por sorte não havia adquirido nenhuma doença, quando descobriu a gravidez sua família logo sugeriu que ela abortasse.
- Você não vai querer essa coisa como filho, se for preciso nós pagamos o aborto. -dizia a mãe de Laura.
- Mas esse bebê que está em minha barriga, não tem culpa de nada, mesmo que ele tenha o sangue do homem que me fez mal, não precisa morrer pelos pecados de outra pessoa. -Laura não queria ter que matar o bebê, mesmo que isso lhe trouxesse futuros sofrimentos.
- Laura esse bebê é uma praga, se você não abortar ele não pense que vamos te ajudar, se decidir deixar ele viver, saia dessa casa!-disse a mulher revoltada.
- Como pode ser tão sem coração, pois eu vou embora sim, pode ter sido feito sem amor e até me cause dor, mas eu nunca seria capaz de matar, mesmo que ainda seja um feto.
Dito isso Laura começou a arrumar suas coisas, não tinha lugar específico para ir, mas já havia economizado algum dinheiro e foi para uma cidade grande, onde comprou um pequeno apartamento na região pobre do lugar, ela conseguiu arranjar um emprego e até que não era muito ruim, mas logo o dia do nascimento do garoto, que Laura havia decidido colocar o nome de Diego, iria chegar e não seria nada fácil. O dia do parto chegou e foi bem difícil o tirar da barriga, mas ele nasceu, era um bebê lindo com cabelos loiros e logo os olhinhos azuis quase roxo se abriram, Laura o amou, desde o primeiro momento que viu aquela pequena pessoa indefesa.
Foi realmente muito difícil para Laura cuidar sozinha de uma criança, o garoto passava a manhã e a tarde na creche, depois Laura o buscava. Diego era um bom garoto, mesmo quando criança, sempre tentava ajudar sua mãe e além disso era muito inteligente, mas um dia a mãe de Laura foi fazer uma visita, Diego não a conhecia e nem sabia porque ela nunca ia os visitar.
- É nessa coisa, que você está vivendo com aquela praga? -perguntou a mulher, enquanto entrava.
- Mãe não fale desse jeito, Diego é um ótimo garoto. -o garoto estava ouvindo tudo, mas se escondeu com medo.
- Ótimo?! Ele destruiu sua vida, se não fosse por ele, você agora estaria casada com um bom homem e vivendo uma vida muito melhor.
- Ele não tem culpa do que acontece, e se a senhora venho para dizer essas coisas ruins, é melhor ir embora!
- Eu vou embora, mas já vi que suas decisões a levaram para o fundo do poço, adeus Laura. -quando ela saiu, Laura sentousse na cadeira da cozinha, enquanto tentava conter as lágrimas.
- O que eu fiz de errado mamãe? -perguntou Diego se aproximando.
- Nada querido, não ligue para as bobagens que sua avó diz.
- Mas ela não ficaria tão zangada por nada e a senhora está triste, então me diga por que?
- Querido, a realidade as vezes é um pouco dura de se encarar e não quero que você... que você saiba...
- Eu aguento, seja o que for pode me contar, eu já sou bem grande.
- Bem é que quando eu era jovem... um homem o qual eu não conhecia, fez algumas coisas ruins comigo e foi embora... algum tempo depois eu descobri, que estava grávida e sua avó não queria que eu tivesse o bebê, mas eu não poderia simplesmente tirar ele, então eu decidi telo sozinha e aí nasceu você, eu te amei desde o primeiro momento em que lhe vi e vou sempre te amar, não importa o que aconteça.
Diego não entendeu tudo direito no momento, mas quando foi crescendo começou a entender o que havia acontecido com Laura, então ele decidiu que faria de tudo para sempre ajudar ela no que fosse necessário. Novamente o tempo se passou Diego já estava quase terminando o ensino médio e pretendia fazer faculdade de química, Laura o apoiava muito, porém algo inesperado aconteceu, ela descobriu que tinha uma grave doença nos pulmões e que o tratamento custaria muito caro, ela teria de se ausentar do trabalho, Laura não queria contar para o seu filho, mas também não podia esconder aquilo dele.
- Filho, tem algo que quero falar com você.
- Pode falar mãe.
- Eu descobri, que tenho uma doença no pulmão e como o tratamento é caro, não sei quanto tempo vou durar.
- O que a senhora está dizendo?... -Diego ficou abalado com a declaração da mãe. - Seja o que for vamos tentar tratar.
- Mas você queria ir para a faculdade e eu não quero atrapalhar seus planos querido.
- Mãe, isso pode ficar para mais tarde, não se preocupe eu vou dar um jeito e vou pagar seu tratamento, nem que eu tenha que trabalhar em vários lugares.
- Obrigado querido, você é o melhor filho que alguém poderia ter, vou tentar melhorar o mais rápido possível.
Depois disso, Diego começou sua busca por emprego, ele conseguiu um trabalho como caixa de uma lanchonete, mas não seria o suficiente para pagar tudo, então ele foi atrás de um segundo emprego...
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Uma realidade insuportável.
DiversosDiego sempre amou muito sua mãe Laura que o criou sozinha e com muitas dificuldades, quando ele completou 17 anos descobriu que Laura tinha uma doença grave que precisava de remédios caros, a única opção do rapaz foi abrir mão de muitas coisas para...