Eduardo não conseguia entender o motivo de Diego ter agido daquela forma e estava muito triste por saber que Laura logo morreria e deixaria ele sozinho. A segunda feira chegou Eduardo estava andando pelo hospital distraído até que foi interrompido por Deny.
- Olá Eduardo, como vai? E o seu amor da lanchonete? -dizia o homem alegremente.
- Oi, eu estou péssimo, ontem mesmo ele me rejeitou.
- Oh que pena, o que eu posso fazer para te animar?
- Nada, eu queria ter ficado em casa, me sinto mal e quero ver ele.
- Bom, nesse caso que tal me acompanhar em uma festa em uma boate hoje a noite?
- Não, eu não estou com animo para essas coisas e amanhã nós temos que trabalhar, não é uma boa idéia encher a cara.
- Não seja chato, é só a gente não beber muito e sair antes de ficar muito tarde e lá tem algumas "surprezinhas."
- Como assim?
- Você vai saber quando chegarmos lá e isso com certeza vai te animar.
Eduardo ficou curioso e apesar de não querer ir acabou aceitando, enquanto isso Diego tentava se manter de pé na lanchonete, mas seu coração estavam tão triste que ele poderia desabar a qualquer momento, a noite chegou Diego foi para a boate e Eduardo foi arrastado por Deny até o mesmo local, chegando lá tudo parecia normal.
- Ah Deny para o que me trouxe aqui?
- Não é aqui, eu nunca fui lá dentro, mas ouvi dizer que é a melhor parte desse lugar. -Disse Deny enquanto apontava para uma grande porta com um segurança na frente, Deny mostrou um cartão para o homem e ele deixou os dois entrarem.
- Deny ficou louco, eu estou triste por causa do Diego e você me traz para esse lugar?!
- Relaxa, você não precisa ir pra cama com nenhum deles, só senta aí e fica tranquilo.
- Eu não gosto desse lugar, acho bom sairmos logo.
Deny não queria ir embora, Eduardo sentousse no canto e de todas as formas tentava evitar olhar para as pessoas ao redor, Diego estava lá e logo avistou Eduardo, seu coração disparou e ele quase morreu de vergonha, tentou sair do local e se esconder em algum canto, mas Bart percebeu e o empurrou para um dos palcos que ficavam próximos a mesa onde Eduardo estava, apesar da máscara os olhos de Diego eram inconfundíveis para Eduardo e ele logo desconfiou quem era a pessoa que estava atrás daquela máscara, sem pensar duas vezes puxou ele pelo braço e o arrastou até os quartos onde pagou pela noite e entrando lá soltou o rapaz.
- Desculpe um amigo meu me arrastou até aqui. -disse Eduardo encarando o rapaz que tentava esconder seu rosto.
- Então... o que quer?
- Diego olha pra mim. -disse se aproximando.-eu não vou te odiar por isso, mas por favor, fale comigo.
- Desculpa! -Diego estava chorando.
- Você não tem motivos para pedir desculpas. -Eduardo o abraçou.
- Eu juro que não queria fazer isso... mas se eu não fizer minha mãe vai morrer. -Eduardo tentava enxugar as lágrimas de Diego. - Eu vou entender se estiver com raiva.
- Eu não estou com raiva, mas eu paguei para você fazer o que eu quiser durante o resto da noite e eu quero que você desabafe comigo tudo e que me deixe te consolar.
- Eu estou aqui a dois anos desde que descobri que minha mãe estava doente, eu não posso deixar ela morrer, ela me deu vida quando todos disseram que eu só traria sofrimento, cuidou de mim mesmo eu sendo o fruto de algo que a fez sofrer, não desistiu de mim e eu não vou desistir dela, ela é tudo o que eu tenho, ela é minha mãe, ela me salvou.
- Não se preocupe, você agora tem a mim também, não precisa mais ficar nesse lugar, eu vou cuidar de vocês dois.
- Mas você não precisa fazer isso.
- Você não precisa fazer tudo sozinho, agora chegou a hora de alguém te ajudar, Diego eu te amo e não quero velo sofrer e também não me importo se você já ficou com várias pessoas, vamos embora!
- Bart não vai deixar eu partir com facilidade, ele não deixa ninguém sair daqui sem antes fazer algo como vingança... e mesmo que você esteja dizendo isso, não posso simplesmente me encostar em você.
- Diego, eu vou te tirar daqui custe o que custar, mas por enquanto vamos pular a janela e fugir, depois conversamos melhor, pegue minha jaqueta e vamos.
Eduardo entregou sua jaqueta para Diego e os dois fugiram pela escada de incêndio, correram até a rua e depois Eduardo pegou Diego no colo e carregou ele até sua casa onde Laura estava dormindo.
- Eduardo... estou com medo, estou com muito medo. -Diego chorava enquanto olhava para Laura dormindo. - Eu sei que os médicos já deram para ela um ultimato, mas eu não quero acreditar nisso, os médicos podem errar também né? -Eduardo abraçou ele com toda força.
- Querido... não precisa ter medo, eu estou bem aqui, mas infelizmente... bem acho melhor esperarmos um pouco.
- É... eu vou tomar um banho, pode ficar aí se quiser.
Diego entrou no banheiro muito desolado, ele realmente sentia algo por Eduardo, mas nada substituiria o amor que ele sentia por sua mãe, não sabia o que iria fazer se ela morresse, depois de tudo o que ele passou para tentar salvar ela a última coisa que queria era ver tudo acabar bem em sua frente, mas o que ele poderia fazer se até os médicos já o haviam tirado as esperanças...
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Uma realidade insuportável.
DiversosDiego sempre amou muito sua mãe Laura que o criou sozinha e com muitas dificuldades, quando ele completou 17 anos descobriu que Laura tinha uma doença grave que precisava de remédios caros, a única opção do rapaz foi abrir mão de muitas coisas para...