Uma realidade insuportável.

Capítulo 16

Um novo dia amanheceu, Eduardo acordou bem cedo pois iria atrás de um novo emprego por perto, Diego preparou o café da manhã e depois de desejar boa sorte para seu amado eles se despediram com um longo beijo, a tarde foi longa para os dois. Eduardo estava entrando no prédio, quando René o interrompeu dizendo que queria conversar, Eduardo desconfiou mas acabou aceitando, eles foram até o apartamento do homem, Eduardo ficou em pé na porta esperando ele dizer o queria.

-então... o que você quer? -perguntou Eduardo.

-eu vou direto ao ponto, eu sou completamente apaixonado pelo Diego, gostei dele desde a primeira vez que o vi, mas tive que me conter porque ele era meu aluno, porém esse sentimento foi ficando cada vez mais forte, eu nunca forçaria ele a ficar comigo e quero que ele seja feliz, mas se você não cuidar direito dele, pode ter certeza que não vou me segurar para tomar ele de você! -disse René encarando ele.

-não precisa se preocupar, eu vou fazer de tudo para deixar o Diego feliz, ele é meu. -Eduardo abriu a porta para sair mas René o interrompeu.

-mais uma coisa... eu sei do que aconteceu com ele no passado, não sei se percebeu... mas ele tem alguns traumas daquela época, ele as vezes entra em desespero quando vê certas coisas e quando tem pesadelos.

-ok, acho que devo lhe agradecer por cuidar dele enquanto eu não estava por perto.

-não precisa, foi um prazer, mesmo ele me considerando apenas um amigo.

Eduardo deu uma batida de leve no ombro de René, no fundo ele entendeu que os sentimentos de René e até ficou menos preocupado, chegando em casa Diego estava escrevendo no computador e como estava muito concentrado nem percebeu a chegada de Eduardo que o agarrou na cadeira e o deu um beijo na bochecha.

-o que está escrevendo meu amor?

-acho que já escrevi muitos livros sem finais felizes, estou escrevendo um final feliz, uma conclusão de tudo. -Diego se levantou da cadeira sorrindo.

-que ótimo, vou adorar ler.

-e como foi sua busca por emprego?

-bem, acho que não vai demorar muito para conseguir um.

As coisas finalmente estavam começando a dar certo para eles. Algumas semanas se passaram, Eduardo conseguiu um emprego e a convivência entre ele e Diego era bastante harmoniosa, eles não costumavam se desentender e fora os aparecimentos repentinos de Reno tudo estava em paz, Vanessa ligava as vezes para saber como estavam as coisas e para informar sobre o estado de Melisa. Seis meses se passaram desde que Eduardo começou a viver com Diego, em uma tarde de domingo os dois estavam sentados no sofá comendo pipoca e assistindo uma série de terror, o celular de Eduardo que estava na cozinha tocou, ele se levantou e foi atender, Diego estranho a demora dele para voltar então foi ver quem estava falando com ele no celular, porém quando chegou na cozinha Eduardo estava pálido e paralisado.

-querido o que aconteceu?! -Diego pegou a mão de Eduardo e tentou reanimar ele.

-eu... eu não acredito, eu tenho que... -Eduardo começou a chorar, pegou a chave do carro e foi em direção a porta, porém Diego o parou tentando entender o que estava acontecendo.

-espera, me diz o que está acontecendo para que eu possa te ajudar!

-não dá tempo, pega dinheiro, qualquer coisa útil e vamos rápido!!! Por favor Diego.

Ele não estendeu o que estava acontecendo, mas como Eduardo parecia muito desesperado ele simplesmente pegou algumas coisas e foi com ele até o estacionamento, chegando lá Eduardo entrou no carro e começou a dirigir feito louco e isso assustou Diego.

-Eduardo para o carro! Desse jeito você vai matar a nós dois!

-desculpa meu amor... -Eduardo estava tentando conter o nervosismo.

-tudo bem, me diz onde temos que ir e me deixa dirigir.

-não dá para perder tempo, a Vanessa sofreu um acidente com meus sobrinhos! -após Eduardo dizer isso, Diego começou a chorar também, mas mesmo assim ele tomou a direção do volante. -meu irmão não explicou direito o que aconteceu.

-não se preocupe tanto, pode ser que não seja grave.

Os dois foram o mais rápido que conseguiram até a cidade, chegando lá demoraram um pouco para encontrar o hospital onde Vanessa estaria, como a viagem foi longa eles estavam exaustos, mas mesmo assim entrarão no local, o irmão mãos novo de Eduardo estava sentado no corredor olhando para a parede como se fosse a única coisa no local.

-Ben!!! Cadê a Vanessa e os nossos sobrinho?! -Eduardo chegou gritando feito louco enquanto Ben parecia alienado.

-eu... -Ben começou a chorar como uma criança. -Eduardo... nossa irmã... Desculpa eu não... -Ben não conseguia parar de chorar então Eduardo foi até Alexandre que estava do outro lado e parecia mais controlado.

-pai eu sei que está com raiva de tudo o que aconteceu, mas me diga, como a Vanessa está? -perguntou Eduardo se aproximando.

-minha filhinha Vanessa... -Alexandre também estava triste mas não queria demonstrar. -ela estava levando meus netos para passear, mas quando eles estavam voltando a noite um carro em alta velocidade atingiu eles... o mais velho não resistiu e Vanessa está entre a vida e a morte!