Com a constante aproximação de Eduardo, Diego tinha cada vez mais medo de seus sentimentos e tudo começou a tomar um novo rumo a partir de uma conversa que eles tiveram enquanto saiam da lanchonete.
- Sabe eu estive pensando... se... se qualquer dia desses você não gostaria de sair comigo... ah! Como amigos claro, não que eu tenha algo contra pessoas homossexuais é só que eu não estou propondo isso, não que eu não goste de você... -disse Eduardo ficando completamente vermelho.
- Eu não sei se posso, tenho que trabalhar e cuidar da minha mãe que está muito doente.
- Ah, eu entendo, mas você não tem nenhum tempo para se divertir um pouco?
- Bem... Acho que eu posso ficar fora por duas horas nesse domingo, mas só duas horas.
- Ótimo, mas se precisar voltar para ajudar sua mãe eu vou entender, afinal é importante cuidar das pessoas que amamos, aliás é por isso que você é tão triste?
- Eu não sou triste, eu estou bem.
- Uma das mentiras mais contadas no mundo é:"estou bem" não tem que guardar tudo para você mesmo, é mais fácil encarando as coisas quando se tem alguém para ajudar.
- É mas nesse caso não existe ninguém que possa me ajudar. -enquanto dizia isso, Diego foi tentando ir embora, mas Eduardo o segurou pelo braço sem apertar muito.
- Mas eu quero te ajudar, não sei porque... mas gosto de você. -quando Eduardo disse isto Diego não aguentou e meio que sem pensar abraçou ele com força e foi abraçado de volta.
- Desculpa, eu não quero te magoar.
Após dizer isso Diego saiu correndo e foi para sua tortura na boate, mas durante todo o tempo ficou pensando em Eduardo e isso deixava ele ainda mais incomodado, afinal ele havia acabado de despertar um sentimento no rapaz que ninguém jamais havia conseguido, era um sentimento bom mas que ao mesmo tempo causava muitas dúvidas e medo afinal Diego pensava que nunca poderia se relacionar com ninguém além de sua mãe. Quando chegou em casa Laura estava o esperando acordada, ele contou a ela brevemente sobre Eduardo e ela logo insistiu para que ele saísse com o homem, a insistência foi tanta que Diego foi se encontrar com ele, no local combinado durante a semana.
- Ufa pensei que você não viria. -disse Eduardo com um sorriso.
- É... eu vim e então o que vamos fazer?
- Vem comigo, vou te levar para meu lugar favorito daqui.
Eduardo o levou até um grande parque ecológico, o lugar era lindo tinha várias plantas diferentes e aves em todo lugar, os dois foram caminhando pelo campo até que chegaram a um belo ponto onde havia uma clareira.
- E então que tal fazermos um pique nique? -perguntou Eduardo, se sentindo um romancista.
- Uau, acho que só fiz isso uma vez a muito tempo, eu adoraria.-afirmou Diego enquanto se sentava ao lado de Eduardo e achando tudo fofo demais.
- Espero que goste da minha culinária e que não me ache meio idiota por preparar isso.
- Na verdade estou surpreso com tudo isso, você não é idiota lhe conheço a pouco tempo mas sei que é gentil e esforçado. -Diego ficou vermelho ao perceber que Eduardo o encarava.
- Você é diferente Diego, vejo isso quando olho em seus belos olhos, desculpe se ajo estranho.
O resto do tempo foi ocupada com uma grande bagunça, com as comidas que Eduardo havia preparado, ele cozinhava bem mas era muito distraído para um médico, o que deixava ele com um tom engraçado e por algum tempo fez Diego esquecer os seus problemas e sorrir, com as conversas e piadas bobas, mas as coisas divertidas passam rápido e logo ele teve que voltar, porém Eduardo insistiu em o levar até sua casa, chegando no pequeno apartamento Laura estava na sentada na sala, como já estava na hora do remédio Diego foi preparar e enquanto isso Eduardo ficou conversando com ela.
- Olá, como vai a senhora?
- Eu vou indo, então você é o novo amigo do meu filho? Ou melhor dizendo o único.
- Sim, Diego é uma boa pessoa e está se esforçando muito para cuidar da senhora.
- É eu não tenho o que reclamar de meu garotinho, mas estou mais aliviada agora sabendo que ele tem outra pessoa para conversar além de mim.
- Como assim?
- Não conte para ele... mais o médico já me deu um ultimato. -disse Laura que já havia recebido a notícia dos médicos a algum tempo mas não queria contar a Diego, que os médicos deram mais cinco meses até ela não resistir.
- Mas ele vai ficar arrasado se descobrir, a senhora tem certeza?!
- Sim eu tenho, mas ele se esforçou tanto para me salvar, até arranjou esse emprego noturno que me deixa muito desconfiada...
- Mas por que?
- Ele as vezes aparece estranho, com alguns machucados e já corre direto para o banheiro assim que chega, mas não acho que ele esteja fazendo algo errado.
- Ei sobre o que estão falando? -perguntou Diego entrando na sala.
- Nada, só o quão legal você é. -falou Eduardo.
- Hum... ok agora é hora do remédio mamãe e depois a senhora precisa descansar, para sarar logo.
Eduardo ficou curioso sobre esse trabalho noturno de Diego, mas não achou que seria algo terrível e agora estava mais preocupado em como ele reagiria ao descobrir que Laura estava com os dias contados, seu coração estava preocupado, Diego o levou até a porta.
- Obrigado por hoje Edu.
- Não foi nada, espero sair com você assim mais vezes.
- É... -Diego baixou a cabeça e tudo o que conseguia pensar era:"ele vai me odiar quando descobrir."
- Diego! -disse enquanto levantava o rosto do rapaz e o deixava próximo do seu. - Eu não gosto de você, porque quando gosto de alguém não sinto o que estou sentindo agora... não sei porque mas acho que te amo. -seus rostos estavam cada vez mais próximos.
- Eu não posso! -disse Diego se afastando. - Não é como se não sentisse nada, mas não quero que se magoe no futuro.-Diego entrou em casa o mais rápido que pode, foi até o banheiro e começou a chorar seu pensamento era:"droga por que isso agora?"
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Uma realidade insuportável.
RandomDiego sempre amou muito sua mãe Laura que o criou sozinha e com muitas dificuldades, quando ele completou 17 anos descobriu que Laura tinha uma doença grave que precisava de remédios caros, a única opção do rapaz foi abrir mão de muitas coisas para...