Uma realidade insuportável.

Capítulo 14

Na manhã seguinte, Diego acordou primeiro e ficou olhando Eduardo por algum tempo, mas quando foi levantar seu amado o puxou de volta para a cama pela cintura.

-você não vai sair daqui! -disse Eduardo dando um sorriso malicioso.

-bem que eu queria mas você sabe que temos muitos problemas para resolver ainda, quando tudo estiver resolvido prometo que vou fazer o que você quiser pelo resto da vida. -enquanto Diego dizia isso ele acariciava lentamente a cabeça de Eduardo.

-ok, mas vamos fazer tudo o mais rápido possível e depois adeus essa cidade, não quero ter que encarar o preconceito da minha família!

Os dois tomaram café da manhã juntos, depois se arrumaram e foram até a mansão Kleins, chegando lá Diego se recusou a entrar, porém Eduardo insistiu e arrastou ele até a porta, eles entraram, vários parentes de Eduardo e Sabrina estavam na sala com exceção de Melisa, dessa vez Diego não se escondeu e entrou no local de cabeça erguida.

-o que está fazendo aqui seu desgraçado?! -gritou Sabrina ao ver os dois.

-eu vim aqui apenas para buscar as minhas coisas e ir embora desse lugar! Onde está minha mãe? -perguntou Eduardo estranhando ela não estar no local.

-ela foi internada ontem irmão.-disse Ben enquanto encarava Diego.

-por qual motivo? Ela está bem? -Eduardo ficou preocupado afinal bem ou mal ela era mãe dele.

-ela teve um surto psicológico e possivelmente teremos de internar ela em uma clínica de reabilitação, ontem ela só faltou destruir a igreja. -disse Vanessa entrando na sala com o rosto machucado.

-a culpa disso tudo é sua e de seu namoradinho! Pegue suas coisas e nunca mais ponha os pés nesta casa! Você é o pior filho que eu tenho. -Alexandre estava com muita raiva no olhar e isso fez Eduardo se sentir mal.

-não fale assim com ele papai, a mamãe já estava descontrolada a algum tempo, foi até melhor assim, agora podemos tratar ela. -Vanessa não queria que todos ficassem com raiva de seu irmão.

-cale a boca, não quero saber de mais nada, eu vou para o meu quarto e quando voltar não quero lhe aqui Eduardo! -Alexandre saiu da sala sem dizer mais nada.

-eu sinto muito por isso Edu. -disse Diego segurando no braço de Eduardo.

-tudo bem querido, vamos logo, se eles não podem me aceitar como sou é melhor ir embora.

Eduardo pegou tudo o que tinha o mais rápido que pode com a ajuda de Diego e de um dos empregados da casa, colocou tudo dentro do carro e já estavam indo embora quando Vanessa veio correndo se despedir.

-meu irmão, eu espero que você seja muito feliz na vida, eu queria ter lhe defendido mais, porém eu ainda terei de viver muito tempo nessa casa com meus filhos.

-eu entendo, você já fez muito, depois vou lhe mandar uma mensagem dizendo onde estarei morando, venha me visitar com meus sobrinhos! -Eduardo e Vanessa sempre foram irmãos muito unidos.

-claro, Diego cuide bem do meu irmão ou eu vou puxar suas orelhas!

-não se preocupe e obrigado por tudo, até mais!

Após se despedirem cada um seguiu seu rumo, quando Vanessa era mais jovem Melisa obrigou ela a se casar com um homem muito rico mesmo contra a vontade dela, algum tempo depois ela engravidou e quando o nascimento do segundo filho estava chegando o homem que ela se casou enfartou e morreu, depois disso ela passou a viver por seus dois pequenos filhos que foram a única coisa boa que o casamento forçado trouxe a ela.

Quando saíram da mansão foram em direção a cidade que Diego ficou durante os anos passados, ela era um pouco distante, cerca de quatro horas de viagem de carro para chegar lá, mas como eles tinham muitas coisas para contar sobre tudo o que lhes aconteceu durante os cinco anos, a viagem foi até que rápida. Diego tinha um apartamento pequeno mas muito bonito em um prédio no centro, ao chegar no local com Eduardo os dois pegaram todas as coisas que estavam no carro e colocaram em um canto da sala.

-parece que as coisas melhoraram para você nos últimos anos. -afirmou Eduardo enquanto se sentava no sofá e olhava em volta.

-no sentido financeiro talvez, mas enquanto eu estava conquistando tudo o que tenho agora... nunca consegui me esquecer de tudo o que passei, da minha mãe e de você. -Diego o olhou com um tom melancólico.

-tudo bem, não vamos mais falar do passado, eis o novo surgindo,-Eduardo se levantou e agarrou Diego. -nosso amor nunca vai mudar, não importa o que aconteça, mas agora eu quero descobrir o caminho para a cama, estou morto de cansaço.

-eu vou te levar para lá.

Diego sorriu e depois levou Eduardo pela mão até o quarto, os dois dormiram a noite inteira e só acordaram no outro dia a tarde, Eduardo levantou primeiro já que Diego estava fazendo corpo mole, ele foi até a cozinha e começou a procurar coisas para comer, alguns minutos depois a campainha tocou e ele foi abrir a porta mesmo estando sem camisa, quando abriu se deparou com um homem alto, forte, tinha um estilo e jeito jovial porém os cabelos brancos denunciavam que ele era mais velho do que aparentava, ele estava segurando um gato branco com várias pintas coloridas.

-Olá... onde está o Diego? -perguntou o homem surpreso ao ver Eduardo.

-quem é você? O que quer com ele?

-bem eu sou um amigo dele, vim devolver o Sam para ele.