Chained Up

Capítulo 08

- Você vai trabalhar hoje? -Hyuk me pergunta e não me surpreende ele estar sem camisa.
- Não. Por quê?
- Porque vou receber dois amigos hoje. Você poderia fazer o almoço?
- Vou ganhar o que com isso?
Ele se aproxima e apoia as duas mãos na mesa me fazendo ficar entre seus braços, sentindo sua respiração e ele fala em meu ouvido.
- O que você quiser. Qualquer coisa é só me dizer -fico arrepiada sentindo sua respiração em meu ouvido mas o dou um empurrão e viro para não o olhar .
- Você está muito barato. Seria meu em troca de um almoço? -ele respira tão forte que consigo ouvir.
- V-você acabou de dizer que me quer -sinto todo meu corpo congelar ao ouvir essas palavras e ele continua entre fortes puxadas de ar.- Woow... eu não estava falando disso mas... - o interrompi.
- Eu faço o almoço e não precisa de nada em troca.
- Você fala como se fosse esforço pra mim mas saiba que não é. Na verdade... - o interrompi de novo.
- Seus amigos vão chegar que horas?
- Daqui a pouco -ele diz em um tom calmo e baixo - Obrigado!
-------------------
Faço arroz e peixe cozido para o almoço. O suficiente pra umas 7 pessoas e perto de ficar pronto os dois amigos do Hyuk chegam.
- Cheguei na melhor hora -um homem com o cabelo castanho e mechas verdes invade a cozinha abrindo as panelas e apenas depois de conferir a comida, nota minha presença.
- Você é a Yuri? Já gostei de você -ele me abraça e me roda - Meu nome é HakYeon mas prefiro mil vezes que me chamem de N.
- Seu cabelo é tão legal! -digo pegando nas mechas verdes.
- E sua comida é tão cheirosa... -ele diz fechando os olhos.
- Cadê o outro?
- O Hongbin? Tá na sala. -depois que ele responde ficamos em um silêncio constrangedor.
- Você gosta de peixe? -tento puxar assunto.
- Gosto sim. E você é solteira?-o encaro surpresa pela pergunta repentina - Eu perguntei se você é solteira -ele repete pacientemente como se eu não tivesse ouvido.
- Pra quê você quer saber?
- Você quis saber se eu gosto de peixe e eu não posso querer saber se você é solteira?
- Com tanta coisa pra perguntar e você me pergunta isso.
- E acredite, acabei de saber a resposta.-ele sorri debochado.
- Mas... -ele me interrompe.
- Eu só fiquei curioso. Uma mulher no meio de tantos homens, sabe cozinhar, é praticamente milagre continuar solteira. Nenhum deles deu em cima de você?
- Você é o primeiro.
- Que convencida... eu não fiz isso, caso você não esteja brincando.
- E você é solteiro?
- Pra que você quer saber? -ele me encara sério por alguns segundos mas logo solta o riso. -brincadeira. Sou sim mas antes que você comece, não vale a pena se apaixonar por mim.
- Depois eu que sou a convencida, não é?
- Sou solteiro mas não sou de me apaixonar -ele pisca pra mim e sai da cozinha.
Desligo as bocas do fogão e vou para o quarto passando pela sala
e cumprimentando HongBin. Começa a chover e vou para a janela observar a cidade cinza e me perco nos meus pensamentos.
Mesmo depois de tudo que aconteceu ainda continuo desejando o Hyuk. Não sei se é por costume já que gosto dele a tanto tempo mas ainda acho que seria bom acariciar o rosto e o lindo narizinho que ele tem, passar, sem medo, a mão por todo aquele corpo definido...
Mas em resumo é só isso. O carinho que eu sentia estava indo embora aos poucos conforme o convívio. A paixão que eu sentia sumiu quando o vi aos beijos com a Ji. Talvez seja só raiva contida... Passei a tarde nesses pensamentos, indecisa, tentando entender meus sentimentos quando sou surpreendida por um abraço de urso. Tão apertado e ao mesmo tempo tão aconchegante.
Virei para poder abraça-lo de frente e eu poderia passar o dia naquele abraço quente em um dia frio.
- Te atacaram enquanto eu estava longe? -Ken me pergunta desfazendo o abraço.
- Pior! Me exploraram!
- Deixa de ser exagerada -ele sorri de modo que seu olhos formaram um traço fofo.- Me falaram que você cozinha bem. Acho que é o fim de comida de restaurante por aqui.
- Nem pense que vou virar a tia da merenda. Isso não vai acontecer.

O celular dele toca. Já estava ficando irritante. Eles poderiam desligar o celular sempre que entrarem no prédio.
- Já é pra ir? Agora? Está certo. -ele faz expressão de preocupação e com pressa beija minha testa mas antes que ele saia seguro a mão dele.
- Você tem mesmo que ir? -ele me olha por alguns segundos e sorri.
- Eu fico se você fizer o jantar.

----------------------------
Notas do autor:

Desculpem ter demorado tanto a postar :'(
Não vou mais passar tanto tempo assim pra atualizar de novo.
O que vocês estão achando?
Já que essa história mexe um pouco com o sobrenatural talvez tenha um pouco de ocultismo envolvido e muita coisa ainda vai acontecer.
Agradeço muito aos comentários da @Jung_TW90 que fez eu deixar a preguiça de lado e voltar a escrever. \o/
Espero que vocês continuem gostando ^^
Bjo~ :*