Enquanto seguíamos aquele Mustang a minha preocupação com Catharina transbordava, eu não queria que ela se magoasse mais na vida, tão bonita com seus cabelos ondulados e olhos amarelos, parecia um anjo toda vez que a olhava, eu não queria que o brilho de seus olhos sumissem por conta do que poderíamos descobrir, mas não poderia a poupar de descobrir a verdade, ja esconderam coisas demais dela.
_Patch cuidado! - o grito desesperado de Catharina me fez soltar. Tinha dois rapazes atravessando a rua com um espelho enorme e estávamos indo direto para ele. Tentei freiar a moto, ja era tarde demais, iamos colidir com o espelho.
_ Cathie se protege, vamos bater. - gritei de volta
Após avisa-la eu sentir os estilhaços de vidro cortando o meu braço, só consegui fechar os olhos e esperar passar, mas quando reabrir os olhos, não estavam mais em uma rua de nova York, não estávamos em rua nenhuma, todos os prédios e ruas haviam desaparecido. Agora estávamos em uma floresta a beira de um córrego de água azul brilhante, parecia esta cheio de joias ali dentro. Pequenas fadinhas começaram a me rodear._Meus Deus, isso são fadas?!
Afastei rapidamente as pequenas coisas voadoras e brilhantes de perto do meu rosto, revirando o local atras de Catharina.
Ela estava caída a alguns metros de mim, corri até ela imediatamente._ Cathie, fala comigo, Cathie acorda por favor. - estava balançando seu corpo freneticamente quando finalmente a vi abrindo os olhos.
_ Patch onde estamos?
_ Ahh Cathie, graças a Deus. Está machucada? Como você esta meu anjo?
_ Não sei, acho que sim, minha cabeça está doendo um pouco. Onde estamos? - ela perguntou sentando em meio as tantas folhas a nossa volta e eu respondi o que eu mais temia.
_ Meu anjo, houve um acidente... Acho que estamos no céu.
_ Não, não estamos! Estamos no meu sonho.
Eu não sabia mais o que pensar, Catharina pode ter batido a cabeça muito forte e está tendo alucinações, mas se fossem alucinações porque eu também estou vendo tudo isso? O que vamos fazer, como vamos sair daqui?
_ Cathie isso não pode ser um sonho, veja é real.
_ Como tudo isso poderia ser normal Patch?
_ Não sei Cathie, mas vamos dar um jeito de sair daqui.
_ Sair daqui como ?
_ Parados aqui que não vai ser. Vamos naquela direção.
Saímos em direção as árvores a nossa frente e caminhamos até achar uma espécie de estrada de terra.
_ Patch, eu estou com medo!
_ Não se preocupe meu anjo, vamos sair daqui. - tentei acalma-la mas eu também estava com muito medo do que poderíamos encontrar por aqui.
_ Vamos seguir a estada meu anjo e tentar conseguir ajuda.
_ Patch, veja a lama... Tem pegadas nela.
O medo aumentava a cada vez que continuávamos a caminhar, e agora essas pegadas...
_ Que ótimo, sabemos agora que não estamos sozinhos meu anjo... Vamos conseguir ajuda.
_ Mas Patch... Elas não parecem ser humanas.
Ela tinha razão, mas não podia deixa-la ainda mais assustada.
_ Pode ser que algum animal tenha passado por cima delas e destorceu um pouco._ E se não forem...não sabemos o que pode haver aqui.
_ Meu anjo...- disse parando e olhando em seus olhos- Eu sei que não sabemos o que pode haver aqui, mas se ficarmos com medo os dois juntos e nos desesperamos, não vamos conseguir sair daqui... Talvez não consigamos da mesma maneira, mas precisamos ao menos tentar. Então pense positivo, eu vou lhe proteger... Ok?!
Cathie apenas acentuou que sim com a cabeça e sem nenhuma palavra seguimos a estrada.
_ Patch, Patch... Veja... Uma plantação de milho, deve haver gente aqui.
Corremos em direção ao milharal brilhante, tão brilhante que os milhos pareciam ouro, de lá avistamos uma cidade, um vilarejo e ao fundo, um pouco distante... Havia um castelo enorme, parecia ser de ouro e safiras, ele chegava a ser hipnotizante.
_ Veja Patch, parece que chegamos a uma cidade!Cathie apontava uma placa a alguns metros a nossa frente, mais uma vez feita de ouro, com as letras em safiras e diamantes que formavam a seguinte frase: BEM-VINDO A CIDADE DE ALBION.
_ Venha Patch, Venha!
Parecia que todo o seu medo tinha sumido e o meu piorado, ela saiu correndo em direção à cidade como se não houvesse amanhã e eu apenas a seguir desconfiado.
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Uma viagem extraordinária
MaceraCatharina Moore, 19 anos, possui uma vida conturbada com sua tia Elisabeth que passou a ser responsável por ela desde a morte de seus pais, sempre contando os centavos, as duas vivem em pé de guerra, Moore está no último ano de faculdade em Nova Yor...