》Capítulo Doze《

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Sharon
 -Bom dia, alunos! - diz uma professora que eu não conheço-Vejo que temos uma nova colega. Você ja foi apresentada a turma?-pergunta a professoa olhando para mim.  
-Sim-respondo quase com um fio de voz.
-Porém, não nos conhecemos ainda. Quero que formem um grande circulo no meio da sala para que possamos conhecer melhor a colega de vocês e que ela também possa nos conhecer.
Ouvimos alguns reclamações, mas logo a ordem da professora é comprida.
-Já que estamos todos prontos, vou começar. Meu nome é Margareth De La Sorrier, tenho 30 anos e 5 anos de professora formada. Meu avô era espanhol e por isso a origem do sobrenome da nossa família- a história da professora e bastante interessante.  Ela tem uma origem bastante curiosa, o que me dá ainda mais curiosidade de saber sobre ela- Pronto, agora o próximo por favor.
   Se passa aproximadamente 10 minutos e ainda estamos ouvindo histórias de vidas totalmente distintas. Clark, Katherine, jhennyfer, Simon, Mônica, Henry, Rebecca, Daniel, Karla, Alex, Emily, Enrico, Thifanny e agora Xenara.
_ Bom, todos já sabem. Meu nome é Xenara Jamile, tenho 17 anos, sou filha única de Carlos Baltazar e Maria Marta Baltazar, os magnatas donos de várias redes de supermercados e ...
-Chega Xenara-diz a professora em desaprovação- já entendemos que seus pais têm muito dinheiro.
    Xenara senta em seu lugar, morrendo de raiva por ter sido interrompida pela professora. Uma raiva que é perceptível em seu olhar.
    Chega a vez de Suzy e ela conta somente o básico mesmo.
-Meu nome é Suzane Vallend. Tenho 16 anos e meus pais têm seu próprio negócio. Eles trabalham em uma padaria, fazendo o que se faz em uma padaria: pães, biscoitos, bolos, sonhos, que aliás são os melhores- ela se senta e a próxima sou eu.
   Me levanto e respito fundo. Todos estão me olhando com muita atenção, só esperando eu dizer alguma palavra sobre minha vida.
-Meu nome é Sharon Jadens Smith, tenho 17 anos e cheguei na cidade a poucas semanas. Meu pai é médico e minha mãe é juíza. Sou filha única, mas sempre tive vontade de ter irmão- estão todos continuam olhando para mim e acabo ficando com vergonha.
-E porque veio estudar aqui? - pergunta professora.
-Problemas Pessoais. - digo, deixando bem claro que não quero falar do assunto.
-Responda a professora, Sharon-fala Xenara com um sorriso sarcástico no rosto.
  Tento manter a postura de "garota inabalável", mas é impossível. Olho para baixo, pois meus olhos se enchem de lágrimas. Uma maldita lágrima insiste em cair e logo sinto Suzy me consolando mais uma vez, o que eu faria sem ela, meu Deus?
-Você não precisa responder. Ok, vamos sair logo daqui-diz ela. Mas eu preciso responder, por mim. Somente para tirar esse peso do meu ombro.
-Não Suzy, eu preciso responder-digo em um sussurro- Eu vim estudar aqui a pedido do meu pai. Meus pais se separaram a pouco tempo e resolvi morar com ele, já que minha mãe não tinha tempo para mim. Ela ocupa muito tempo do seu dia com seus processos em andamento. Mas eu sei que ela me ama.
   Ouço Suzy sussurrar algo em meu ouvido.
-Muito bem amiga. Olha em volta.
   Na hora não entendo muito bem o que Suzy quiz dizer. 
Mas após olhar me surpreendo.  Todos, menos Xenara estão me olhando com admiração, compreensão e bondade. Inclusive a professora De La Sorrier. Sinto-me orgulhosa e leve ao mesmo tempo.
Missão cumprida!!
  O sinal bate e é na hora de ir embora, todos me dão adeus e me desejam força. Acho que emocionei todo mundo.
Quando eu ia saindo da sala a professora me chama para uma conversa rápida.
-Agora está tudo bem com você, mocinha?-pergunta ela com uma voz doce.
-Está sim, professora. Muito obrigado.
-Você é uma garota forte e linda, sabia? Com esses seus cachos e olhos verdes é de encantar qualquer um. Te conheço muito pouco, mas já estou orgulhosa!-diz ela e veja que seus olhos estão marejados de lágrimas.
      Saio da sala. O corredor está vazio, mas há algumas poucas pessoa. E estão vejo ele apoiado na parede. Olhos azuis, inconfundível, me olha como se tivesse me esperando.
   Tento passar, mas ele me impede. Olho para ele e me perco no seu olhar. Matews é ainda mais bonito de perto, sua respiração é forte posso sentir seu perfume de onde estou. Uma fragrância madeirada.
Ouço alguém falar comigo, uma voz masculina. Oh Meu Deus. Devo controlar a hora de perder em meus pensamentos.
-Oi, tudo bem? Qual é o seu nome?-diz com um sorriso.
Demoro um pouco mas logo digo.
-O quê foi?-pergunto fazendo uma carranca para ele. Que vergonha.
Ele sorri para mim. Cristo!
-Estou perguntado qual é o seu nome.
-O meu nome é Sharon. Sou nova aqui. E você? - pergunto seu nome, para não parecer entendida com a tentativa de dialogo.
-Não, não. Eu sempre estudei aqui. - diz com um olhar vergonhoso.
-Não cara-dou uma risada-eu quero saber o seu nome.
-Ah!-diz ele passando a mão nos cabelos em desconcerto,ele ficou vermelho de vergonha-Meu nome é Matews-Já estamos andando em direção ao portão de saída-Hoje você foi o assunto do colégio-ainda se percebe que está com muita vergonha.
Fofo
-Pois é, mas parece que certas pessoas do colégio não gostam de pessoas como eu.
-Como assim, "pessoas como você"? - é reconhecível o desentendimento.
-Pessoas de cabelo cacheado, negra... Teve gente que não gostou muito de mim-digo com a cabeça baixa relembrando as críticas de Xenara.
-Não me diga que Xena já falou "coisas" para você?
-Já sim, por quê? - pergunto fingindo surpresa. Eu ja sei o suficiente sobre ela. 
-Ela não é uma pessoa fácil de se conviver. Critica tudo e todos. Odeia novatos; pessoas com tradições, gostos diferentes da dela, me entende?-eu afirmo-Ela vive na ditadura de que todos devem ser iguais a ela. Mas não se preocupe, se você ignorar ela, logo logo ela para com o que está fazendo com você. Você faz mau á ela-me fala com um sorriso.
Já estamos do lado de fora e avisto meu pai acho melhor eu me despedir.
-Bom... Foi legal conversar com você, mas agora eu tenho que ir-quando estou virando as costas, ele me segura pelo braço e me dá um abraço. Fico apreensiva na hora. Será que meu pai esta vendo isso?
Então retribuo o abraço. E  acredite, poderia ficar naqueles braços fortes para sempre. Quando o abraço termina, vejo que o seu rosto está vermelho. Oh! Ele é bastante vergonhoso. Fofo 2x

Uma Garota E Duas PaixõesOnde histórias criam vida. Descubra agora