Capítulo quatro

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Depois de decidir momentaneamente que eu realmente estou ficando louca, devido ir comer alguma coisa.

-- Já está se sentindo melhor? -- ouço alguém perguntar atrás de mim e me assusto batendo a cabeça na parte de coma da geladeira.

-- Ai! -- exclamo e me viro descobrindo o dono da pergunta.

E culpado da minha "pancada".

-- Ah, oi Roth. -- digo desanimada e nào entendo bem o por que.

Bem, acho que entendo sim, mas ainda prefiro mentir pra mim.

Ou não.

-- Então...? -- pergunta Roth e eu saco que ainda não o respondi.

Cristo a testa me direcionando à mesa  com os ingredientes para meu sanduíche.

-- Mas eu sempre estive bem. -- respondo e pego um pratinho. -- Quer um também? -- ofereço.

Ele também enrruga a testa e nega com a cabeça.

Paro de trabalhar e me concentro nele.

-- Roth, o que está acontecendo? -- pergunto me referindo a tudo.

-- Você disse que não iria na aula hoje por que estava se sentindo mal.

-- O quê? Roth, você está louco?

Pergunto abismada, já não estou entendendo nada, pra falar a verdade.

E não posso dizer sobre o que aconteceu na escola hoje.

Sobre a cabeça.

-- Mas nós... -- penso em um modo de dizer isso sem parecer estar ficando pirada. -- Nós tomamos café da manhã juntos!

-- Adaira, depois que você saiu do meu quarto, quando teve pesadelos, você disse que estava com mal estar e não iria na aula. Já se esqueceu? -- pergunta rindo baixinho e tocando minha testa para checar minha temperatura.

-- E Ross? -- perguntei, má uma coisa ainda martelava em minha cabeça.

Será que foi só um sonho?

-- O quê tem ele?

-- Ele foi de carro pra escola, não foi?

Ross é um ano mais velho que eu, mas estudamos na mesma classe, pois ele repetiu de ano.

Isso aconteceu ano passado, ele andava muito estranho, papai chegou a suspeitar de drogas.

Ele matava aula e sempre arrumava uma desculpa para não dormir em casa.

E nesse ano, ele simplesmente parou.

-- Não, ele passou a noite na casa da namorada dele, é foi pra escola de lá.  Por quê? Adaira, você está bem?

-- Sim. -- finjo uma risada sem graça, teria que descobrir o que aconteceu.

-- Vem, quero te apresentar um amigo nosso, ele veio passar algum tempo aqui conosco. -- fala ele enquanto me conduz -ainda comendo- rumo a sala de entrada.

-- Ah, Mike não é?!

-- Sim, você já o conheceu? -- Não tive tempo de responder a sua pergunta quando a porta se abre e por ela passa Brian e meu pai rindo como loucos de algo que não foi possível ouvirmos.

-- Aí ele disse: "Mas não tinha papel, não tinha papel! " -- disse Briam imitando uma voz grossa, mas ao mesmo tempo afeminada.

Briam era filho único do tio Jarry, ele possui belos cabelos encaracolados castanhos claros e olhos da mesma cor. É da idade de Ross, um ano mais velho e já se formou.

Olhe-me, AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora