-- Socorrooo!! Socorroooo!! -- grito desesperada por ajuda enquanto puxo a cortina para mim a rasgando e tentando a enrolar em meu corpo.
-- Aaahhh!!! -- grita o desconhecido que invadiu meu banheiro.
Quando consigo puxar a cortina e cobrir partes estratégicas do meu corpo, me afasto.
E finalmente vejo de quem se trata.
É um rapaz alto, pele um pouco bronzeada, cabelos loiros e olhos verdes brilhantes.
E só de toalha.
Por um momento me esqueci do que estava acontecendo, tamanha era a beleza dele... Aquele corpo...
Mas logo que recobrei minha sanidade, a irritação veio com tudo.
-- Você por acaso está louco? -- gritei o mais alto que pude.
Enquanto isso, ele estava em estado catatônico.
-- Ei! -- gritei de novo. Já estava perdendo as estribeiras com esse cara. -- Estou falando com você, seu infeliz!
Ele pareceu sair de seu "mundinho particular" e me encarnou nos olhos.
E aquela mesma sensação de mais cedo me atingiu.
Era como se eu o conhecesse, se já o tivesse visto em algum lugar, mas não soubesse se isso era algo bom ou ruim. Não tinha certeza.
-- Saia!
-- O quê?
Ai meu Deus, estou falando grego por acaso?
Ou esse loirinho aí é lerdão mesmo?
-- Você. Está. No. Meu. Banheiro... Saia! -- falei pausadamente, mas um pequeno reforço me atingiu por ter gritado com ele. Não pude evitar.
-- Ah, ok, me desculpa. -- respondeu-me, balançando a cabeça de um modo estranho e saindo do banheiro, fechando a porta atrás de si.
-- Por que será que essas coisas só acontecem comigo? -- pergunto pra mim mesma enquanto me seco e me enrolo na toalha.
Passo direto por meu quarto e entro no closet, escolho um vestidinho preto e calso uma rasteirinha simples.
-- Ai meu Deus! -- exclamo ao vê e aquele cara estranho sentado em minha cama.-- Me desculpa, mas eu posso explicar. -- ele fala de um jeito sério e toda a raiva que eu senti momentos atrás se dissiparam.
Sua voz grossa e atraente aqueceu minha alma.
Se é que tem como isso acontecer.
-- Sou um amigo de sua família, é como precisei resolver uns problemas aqui em Nova York, seus pais me ofereceram um lugar pra ficar durante esse tempo.
-- Eles teriam me dito. -- afirmo.
Sutilmente me posiciono próxima à porta e coloco minha mão esquerda nela.
Vai que Ele quer me machucar?!!
E, como a lesse meus pensamentos, ele responde:
-- Jamais machucaria você. -- Ele fala, mas sem me olhar nos olhos.
-- Não vai terminar? -- pergunto sentindo o clima ficar estranho.
-- Terminar o quê? -- me encara com semblante confuso.
-- O motivo. -- quando seu rosto mostra que ainda não havia entendido, gesticulo para o banheiro. -- O motivo de você ter inadido meu banho e ainda ter me olhado como um doido.
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Olhe-me, Anjo
FantasiSinopse: Os dois anjos mais fortes e temidos de Deus. Inimigos, desde o princípio. Amando a mesma garota. A Guerra dos Céus é travada, mas são poucos que entendem o seu verdadeiro motivo para acontecer... Ela. ~☆~ Em uma vida triste, onde Adaira fin...