Olhe-me, Anjo

Prólogo

Miguel avançou sobre Lúcifer, sua Gloriosa brilhava tão forte que era difícil de encará-los sem desviar os olhos.

Uma guerra estava sendo travada no céu, um lado, o de Deus, jaziam os seres bons, anjos que mantinham seu compromisso para com o Criador, sua lealdade estava com Ele.

Já do outro lado, havia aqueles que não queriam seguir as regras Sagradas, outros, pertencentes ao mesmo grupo só almejavam a liberdade, só queriam cair e viver como aqueles seres fracos que Ele tanto amava, aqueles que não possuíam asas e viviam grotescamente num planeta chamado Terra.

Mas que possuíam um dos raríssimos dons entre os anjos.

O amor.

Ela observou O Grande Arcanjo levar uma rasteira perigosa da Estrela da Manhã.

Gritou.

Ninguém ousou olhá-la, nem eles nem os outros que guerreavam alí perto, sabiam o motivo da guerra, sabiam o porquê de estarem lutando, mas não leram nas entrelinhas; a rixa histórica entre os dois seres mais fortes criados por Deus era algo muito menor, se comparado à Guerra Celestial.

Tentou avançar para impedir que o pior acontecesse, sabia que havia errado, com ambos.

Eles não mereciam sofrer por ela, sabia disso, mas não era ela que controlava seu coração.

E ele batia por dois inimigos eternamente mortais.

A Estrela da Manhã gritou, recuando um passo, ela olhou em sua direção.

Viu sangue.

Depois disso, foi como se tudo à passasse em flashes.

Lúcifer caiu de joelhos.

Miguel gritou algo para ela, logo avançando em sua direção.

Ela sentiu apenas algo perfurá-lhe o peito.

Fora atacada pelas costas.
E ela sabia bem que tinha a atacado, havia tido a premonissão, mas não acreditou em si própria.

Fechou os olhos, se permitiu, finalmente, sorrir, não precisaria saber o desfecho da história, mesmo tendo grande parte da culpa.

Quase antes de se deixar levar pela escuridão, Elena ainda ouviu o ressoar de um trovão e não um, mas dois gritos de dor.

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Perdoe-me se te incomodei com algum erro de ortografia.