Capítulo 12 - Não foi esse, o almoço esperado!

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Entre a preocupação quanto ao que fazer com GP e as lembranças dos momentos vividos com Carter no provador, Joni teve uma noite miserável. Como sua avó se atrevia a exibir um anúncio de noivado? Qualquer outro namorado teria corrido para bem longe dela e da família. Mas Carter lidava com a situação com uma serenidade espantosa.

Claro, Carter não era um namorado qualquer. E, para aumentar sua frustração, comportava-se de maneira atípica quando estava perto dele. Passara anos evitando o tipo valentão, buscando por homem sensato e estável, só para acabar descobrindo que era tão vulnerável aos encantos físicos de um garoto mau como qualquer outra mulher.

Continuar convivendo com Carter era o mesmo que brincar com fogo. mais cedo ou mais tarde, acabaria se queimando. Mas o que podia fazer , se GP lançava ultimatos disfarçados em convites para jantar?

O relógio de cabeceira despertoi ás seis da amanhã, e ela cobriu a cabeça com travesseiro. Suas economias eram suficientes para comprar uma passagem para fora da cidade e para lomge da ridícula confusão que dominava a sua vida?

O trabalho servia para distrai-la de seus problemas. Quando a última vítima de um acidente ocorrido na hora do ruch foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva, por volta das dez e meia, ela sentia ter recuperado parte da sanidade.

- Quem pode estar mandando flores para a ala de emergência? - Marcelle perguntou, desviando os olhos do monitor do computador para examinar o rapaz que se aproximava pelo corredor. Ela interpretara o fracasso do encontro de Joni e Brian como uma lamentável perda para Joni, o que a deixara bastante aliviada, e alguns dias antes contara que o primo havia saído com uma colega do escritório, alguém com um gosto muito melhor do que o de Joni.

- Talvez o entregador esteja mo lugar errado - Joni opinou, impressionada com o exagero do arranjo de flores. - Ele deve estar procurando o andar da maternidade.

- Onde posso encontrar Joni Montgomery?

Marcelle encarou-a com os olhos cheios de espantos, enquanto Joni se aproximava do entregador.

- Sou eu.

- As flores são para você. - O jovem deixou o vaso sobre o balcão diante dela. - Tenha um bom dia - murmurou antes de partir.

Joni olhou para as flores com o coração aos saltos. Tinha uma boa idéia de quem as mandara, e isso não era justo. Podia suportar a sensualidade de Carter e o carinho com que tratava sua família, mas como uma mulher podia resistir a um homem que, além de tudo isso, ainda era romântico?

- Quem as mandou? Não vai ler o cartão?

Tentando ignorar os colegas e curiosos que se aglomeravam em torno do balcão, Joni pegou o cartão dentro do envelope preso ao arranjo. "Achei que ia gostar delas. Carter."

Pelo menos ele não tentou ser engraçadinho ou sugestivo.

Marcelle leu o cartão por cima de seu ombro.

- Acho que Brian não poderia competir com isso. disse. - Ele nunca teve o costume de gastar dinheiro em babagens.

Sim, flores eram uma tolice. Mas também eram uma demostração de doçura. Joni encontrou na bolsa o cartão que Carter havia lhe dado e discou o número de seu celular. Ele atendeu no terceiro toque.

- Olá Joni.

- Como sabia que era eu?

- Quem mais podia me ligar do Santa Rosa?

- Queria agradecer pelas flores.

- Você não parecia muito feliz quando a deixei ontem à noite. Pensei que elas poderiam alegrá-la.

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