Na manhã seguinte, enquanto Carter tomava banho depois de levá-la ao clímax mais uma vez, Joni foi preparar o café. Quando retornou, ela o encontrou fazendo a barba com uma lâmina descartável, os cabelos molhados e uma toalha enrolada em torno da cintura. Vê-lo daquela maneira, tão à vontade em sua casa, fazia seu coração derreter.
Ela deixou a xícara de café sobre o mármore da pia.
- Estive pensando... - começou.
Carter limpou o barbeador e encarou-a.
- Em quê?
- Em nós.
- O que quer que tenha para dizer, há algo que precisa saber antes.
- O que é?
- Amo você. - E beijou-a no rosto. - Caso não tenha sido tão claro antes.
- Eu... sei que me ama. - Joni respirou fundo e pronunciou as palavras que estavam ecoando em sua cabeça durante toda a semana. - Também amo você.
- Ah... E o que vamos fazer com esse sentimento?
- Tive muito tempo para pensar nas coisas. Acho que encontrei uma solução para tudo que me incomoda.
- Refere-se ao meu trabalho como policial?
- Exatamente. Depois do que aconteceu ontem à noite, estou certa de que já percebeu que a única alternativa para nós é você desistir desse emprego.
- O que?
- Acho que deve desistir do seu emprego. Não precisa ser um policial.
- O que espera que eu faça?
- Qualquer coisa. Pode ser professor, ou trabalhar aconselhando adolescentes em uma dessas organizações de apoio para jovens problemáticos. Deve ter conhecer várias delas.
- Então acha que é assim, tudo simples? Devo jogar pela janela dez anos de trabalho e dedicação só porque você não consegue lidar com minha escolha profissional?
- Não sou só eu. Vi como ficou ontem à noite. Sei que esse trabalho o pertuba e esgota.
- E quando ao que me dá em troca? Isso não conta para nada? - Carter tirou a toalha da cintura vestiu a xueca e a calça.
- O que está fazendo?
- Indo embora - ele respondeu, vestindo a camisa a caminho só quarto.
- Não pode sair agora. Temos que conversar.
- Não tenho mais nada a dizer. - Carter se setou-se na cama para calçar as meias e os sapatos. Depois levantou-se e saiu, abotoando a camisa enquanto caminhava.
Joni o seguiu até a porta da frente.
- Não sei porque ficou tão pertubado. Será que nunca considerou...
Ele parou e se virou, as mãos estendidas como se pretendesse agarrá-la, mas abaixou os braços antes mesmo de fazer o contato.
- E se eu sugerisse que deixasse de ser enfermeira só por eu não gostar de sua profissão?
- É diferente. Meu trabalho não é perigoso. Não tenho motivo algum para desistir dele.
- Nem eu tenho razão para deixar de ser policial, exceto... Vem, parece que não sou digno de seu esforço para correr qualquer tipo de risco. Lamento, mas a vida é um eterno risco. Aceite a realidade e siga em frente.
- Você disse que me ama.
- Você disse a mesma coisa sobre mim. E se me ama, tem que me amar como eu sou, por inteiro. meu trabalho faz parte do pacote.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Diga que me quer!
RomansaJoni precisa de um homem que finja ser seu namorado por tempo suficiente para persuadir certos membros da família a desistir daquela obsessão por casamentos. Carter Sullivan é alto e lindo e aceita o plano. Perfeito! E ele também é tentador demai...