Capítulo 16 - A aula de dança.

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A academia de Dança Ângela funcionava em um shopping center na zona norte de San Antonio. A placa na frente aninciava " Sapateado, Ballet, Swing, Dança de Salão e Country para todas as idades".

- Em que modalidade fomos matriculados? - Joni perguntou quando entraram no prédio.

- Duvido que sua avó tenha nos matriculado nas aulas de ballet ou sapateado. E quando foi a última vez que eu viu alguém dançando country em uma festa de casamento?

- Há dois meses. Estamos no Texas. Aqui tudo é possível.

Ele riu.

- Mesmo assim, somos alunos do curso de dança de salão.

- Todos aqueles passos complicados vão me fazer pisar nos seus pés.

- Alguém já disse que você fica linda quando está nervosa?

Joni mostrou a língua, e ele riu novamente. Estava grato a GP pelas aulas de dança, porque assim poderia passar mais tempo com Joni. Precisava de todas as oportunidades que pudesse ter para ultrapassar suas defesas e provar que era digno de seu coração.

O estúdio consistia de uma pequena aréa de recepção e um grande salão de teto alto e arredondado. As luzes cintilantes eram refletidas pelo piso de madeira polida, e a parece de espelho no fundo refletia os seis casais e a instrutora reunidos pela aula.

Uma mulher de quarenta e poucos anos vestindo saia longa sobre uma malha justa sorriu ao vê-los.

- Oh, aí estão vocês. Sou Ângela.

- Sou Carter Sullivan, e esta é Joni Montgomery. Estamos matriculados na aula desta noite.

Ângela parecia estar encantada.

- Oh, os pombinhos! Sejam bem-vindos!

Joni encarou-o aborrecida.

- O que disse a ela? - sussurrou.

- Nada! Juro.

- Quando sua avó telefonou, ela explicou que os estava matriculando no curso para que pudessem aprender a dançar antes do casamento.

Algumas mulheres suspiraram. Todos os homens olharam para Carter como se o censurassem por fazê-los parecer grosseirões nada românticos.

- Bem, agora que todos estão aqui, podemos começar - Ângela anunciou. - Nas próximas semanas estaremos aprendendo os passos de várias danças, e quero que tatem cada uma delas como idiomas estrangeiro. A dança é uma línguagem em si mesma. Os vários passos e movimentos expressam uma ampla variedades de emoções, da raiva à paixão e ao amor. - Ela sorriu para Carter e Joni. - Muitos professores preferem começar pela valsa, mas acho que a primeira aula deve enfocar algo mais excitante, divertido e sexy. - Ela pressionou um botão em um pequeno aparelho de som e uma melodia marcada pela forte percussão invadiu a sala.

- Isso é rumba? - alguém perguntou.

- Não. É tango - disse Carter.

- Exatamente - Ângela confirmou satisfeito. - O tango surgiu na Argentina na segunda metade do século dezenove e mas pessoas a consideram a mais romântica das danças, e por isso escolhi para está noite . - Ela se aproximou de Carter. - Pode ser meu parceiro na demonstração?

- Certamente.

- Em qualquer dança, mas especialmente no tango, o papel do homem é conduzir sua parceira determinado a sequência dos passos. Na linguaguem do tango, chamamos essa condição de cuidar do parceiro. - Ela segurou as mãos de Carter e posicionou uma delas em suas costas, enquanto segurava a outra no ar. - É seu dever, cavalheiro, cuidar da dama e fazer da dança uma experiência romântica e bela para ela. E lembrem-se: se puderem andar, também podem dançar o tango. O passo básico dessa dança é um caminhar. O homem caminha para a frente, a mulher caminha para trás. Sempre cuidando para estarem equilibrados e executarem movimentos graciosos. - Ela e Carter demonstraram o caminhar, enquanto Ângela contava os passos. Quando chegaram no final do salão, ela o encarou.

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