Capítulo 17 - Mudanças de atitudes.

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   Carter não era homem de cantar no chuveiro ou acompanhar o rádio, mas naquela manhã ele se surpreendeu cantarolando enquanto preparava ovos e bacon. Isso é o que o amor faz com um homem, pensou, colocando os pães na torradeira. É embaraçoso, e eu nem me importo.

   Em sua opinião, a noite anterior  havia sido um marco no relacionamento com Joni. A conexão ultrapassa o nível físico, alcançando uma sintonia tão completa quanto jamais experimentou com outra pessoa.

   Quase havia dito que a amava, mas engoliu a declaração.Não queria apressá-la. Mas, em breve, ela estaria pronunciando as palavras. Viu o amor em seus olhos na noite passada. Sentira-o em seu corpo. Sim, talvez fosse um tolo romântico. Mas o destino lhe deu uma chance de ser feliz, e tiraria o máximo proveito dela.

- Que horas são?  - Joni entrou na cozinha protegendo os olhos contra a luz brilhante. Ela estava despenteada e vestia apenas uma das camisas dele, abotoada de maneira incorreta. Carter nunca a viu tão sexy.

- Sete. Quer café?

   Ela assentiu e se deixou cair em uma cadeira. Ao deixar a xícara sobre a mesa, Carter inclinou-se para beijá-la no rosto.

- Você está linda. Se eu não tivesse de começar a trabalhar em meia hora...

- O que? Precisa ir trabalhar?

   Ele riu.

- Tenho tentado. pensar num meio de receber  meu sálario enquanto fico em casa fazendo amor xom você, mas ainda não consegui imaginar nada. - Carter pôs as torradas, os ovos e o bacon na mesa. - Quer geléia?

   Joni assentiu, ainda confusa e sonolenta, apesar do café.

- Não pensei que tivesse que trabalhar essa manhã.

- Sabe que o policiais tem horários estranhos...  como as enfermeiras. Minha próxima folga será na quarta-feira.  - Ele serviu café na própria xícara e sentou-se. Normalmente, também teria folga na terça, mas viu combrir o plantão de John Curtis.

- O oficial que foi baleado?

- Sim. Ele vai passar cinco semanas na reabilitação Por quê? Joni havia empalidecido.

- Eu estava trabalhando no dia que ele foi atendido.

   Seu colega não usava  um colete de proteção.

- Sim, eu sei. Foi uma enorme tolice.

- Prometa que sempre usará colete.

- É claro que sim.

- Está com ele agora?

- Normalmente preparo o café sem ele... - Ao ver que Joni nem sorria, ele prosseguiu:  - Mas vou colocá-lo assim que chegar no posto.

- Ponha-o agora.

- Não tenho  aqui comigo. O meu colete fica no meu armário no posto policial.

- E como espera que ele o ajude trancado mo armário?  - Seus olhos se encheram de lágrimas e a voz tremia.

   Carter inclinou-se sobre a mesa e tocou-a mo ombro.

- Ei, está tudo bem. Não vai acontecer nada comigo no caminho até o posto.

- Não pode ter certeza disso. Algum maluco pode vê-lo em seu uniforme e decidir eliminar um tira. Ou você pode bancat o herói novamente e enfrentar um bandido armado. - Ela se levantou e levou a xícara para a pia.

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