Diga que me quer!

Capítulo 8 - Deixando sem graça.

Joni precisava de uma sombra e de uma bebida gelada. Ou seria melhor uma ducha fria? Qualquer coisa, desde que pudesse apagar o fogo que Carter acendera em seus corpo. O que está acontecendo?

Qualquer outro homem estaria envergonhado por ter que participar de atividades tão infantis, mas Carter parecia se divertir enquanto trocava cumprimentos estusiasmados com seus primos e irmãos. GP certamente o declararia o vencedor do prêmio Melhor Esportista do dia e o colocaria no alto da lista de maridos perfeitos para sua neta preferida.

O único problema era que Joni não tinha a maior intenção de casar-se com Carter ou com qualquer quer outro homem que a avó escolhesse.

- Vamos encerrar a disputa familiar com um jogo inédito - anunciou Pamela. - Contato cego.

- Esse é novo - Joni comentou. - Sabe como se joga?

Carter balançou a cabeça.

- Deve ser como colocar o rabo no burro, ou algo parecido.

- Escutem bem - Pamela continuou. - Vou explicar as regras. Uma pessoa será vendada, e todas as outras ficarão sentadas em cadeiras espalhadas pelo gramado. Elas baterão palmas para indicar sua posição. Quando encontrar uma delas, aquele que estiver vendado deve sentar-se em seu colo e indentificar pelo tato. Se ele acertar, a pessoa identificada será a próxima a receber a venda.

Joni sentia náuseas. Não tinha a menor intenção de sentar-se no colo de Carter e expor-se ao ridículo mais do que já se expusera. Felizmente, GP escolheu seu primo de dez anos, Zach, para começar o jogo.

O menino seguiu o som dos aplausos e encontrou Joni, que conteve o riso ao vê-lo sentado sobre seus joelhos.

- Vejamos... - ele disse, tocando seus cabelos. - Não é homem, porque o cabelo é comprido.

- Pode ser seu tio Larry de peruca - alguém gritou.

- Não. Tio Larry não tem esse cheiro bom.

Todos riram, e o garoto continuou apalpando seu rosto.

- Não é minha mãe, porque não está usando óculos.

- Esse menimo pode acabar sendo um bom detetive - Carter provocou-o.

Mais risos.

Zach apalpou seus ombros e desceu pelos braços até encontrar os dedos.

- Humm... Nenhum anel de aliança. Já sei quem é!

- Quem é? - incentivou GP.

- Prima Joni!

Rindo, ele retirou a venda ao ouvir os aplausos de todos.

Joni conseguiu continuar sorrindo. Ótimo! Até seu primo mais jovem a identificava rapidamente como a solteirona da família.

- Joni, é a sua vez - disse GP.

- E não vai poder escolher Carter, porque não seria justo -Bruce gritou.

- Sim Carter tem que ficar fora dessa rodada - sugeriu Larry.

Carter levantou-se e ficou em pé atrás da cadeira.

- Estão arruinando minha diversão!

Aliviada por ele ter sido eliminado, Joni deixou-se levar até o centro do círcuito, onde foi vendada e girada três vezes pela avó.

- Muito bem, mudem de lugar - ordenou GP.

Joni pensou um pouco antes de começar a caminhar. Antes, todos os membros adultos da família haviam escolhido o lado do quintal onde havia mais sombra, enquanto as crianças se sentaram ao sol. Era bem provável que os mais velhos não houvessem desistido da sombra. O mais simples seria tentar sentar-se no colo de uma das crianças, pois poderia reconhecer qualquer um deles pelo riso.