Capítulo 11 - Como uma mulher deve ser?

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Trêmula, Joni despiu o top e a saia e pegou as próprias roupas, mas o reflexo no espelho a impediu de vesti-las. O que Carter via de tão atraente nela? Não era gorda, mas também não possuía a sillhueta esguia e atlética que representava o ideal moderno. Tinha seios fartos e quadril generoso, mas a cintura era fina. Algumas pessoas chamavam esse tipo de corpo de ampulheta. Ou violão.

Como um mulher deve ser, ele dissera. E havia um brilho intenso em seus olhos, uma enorme ternura em suas mãos. O homem fazia coisas com ela... Quando estava com ele, esquecia quem era, onde estava e o que queria para o futuro.

Não queria um homem como Carter, alguém que vivia tão próximo do perigo. Mas era dificíl lembrar disso quando estavam juntos. Por mais que dissesse a si mesma que ele só a magoaria, o bom senso desaparecia no instante em que as mãos ou os lábios dele a tocavam.

A única solução era evitá-lo tanto quanto fosse possível. Logo GP iria embora, e então teriam apenas mais um encontro.

Decidida, Joni vestiu-se e recolheu todas as roupas. No último instante, separou o conjunto de top e saia e o vestido vermelho. Afinal, se não escolhesse alguma coisa, GP a obrigaria a ficar ali até que encontrasse algo de seu agrado.

Pamela levantou-se ao vê-la.

- Pensei que fosse desfilar para nós.

- Oh, desculpe... - ela fingiu desapontamento. - Eu não sabia que queria ver as roupas.

- Bem se você e Carter estão satisfeitos com a escolha... - GP pagou pela compra e dirigiu-se à porta da botique. - Agora os sapatos.

Joni conteve um gemido. Não teria de desrpir-se, o q era grande coisa, mas não se sentia xom desposição para experimentar uma dúzias de sandálias enquanto Carter lançava olhares ardentes para suas pernas.

Quando o encarou, ela descobriu que estava sendo observada. Carter piscou para ela e segurou o braço de Pamela.

- Por que não almoçamos primeiro? Estou faminto!

Aliviada, ela o fitou com gratidão. Agora que a pressão desaparecia, percebia que também estava com fome.

- O que querem comer? - Carter perguntou assim que chegaram à praças de alimentação.

- Vou comer um giro - GP anunciou enquanto apontava para um restaurante grego.

Os três ficaram na fila e levaram suas bandejas para uma mesa próxima da fonte do centro da praça.

- Sempre que como comida eu me lembro de quando George e wu visitamos a Grécia. Estavamos casados havia pouco tempo, e ele foi convidado para participar de um espetáculo aéreo naquele país. Já voou em uma pequena aeronave, Carter?

- Não, ainda não tive o privilégio.

- Oh, é excitante. Às vezes George me levava com ele. A sensação de liverdade é inigualável. Quando voamos não temos limites ou inibições. Essa é uma das coisas de que mais sinto saudade agora que ele se foi.

Joni sentiu um nó na garganta. Sempre que falava do marido, GP tinha os olhos iluminados por um brilho intenso, como se fosse uma jovem noiva. Ela o amava muito. Era doloroso se apaixonavam dessa mameira, com tanta intensidade que continuavam amando mesmo depois da morte?

GP se inclinou-se sobre a mesa e segurou a mão da neta.

- Vendo-os juntos, lembro-me mais uma vez de como é estar apaixonada. - Ela também segurou a mão de Carter. - Carter, quero que jante conosco no final de semana. Dessa vez seremos apenas nós, os parentes mais próximos.

- Pode contar comigo.

- Até lá, espero que tenham um anúncio especial para fazer - ela concluiu olhando para Joni.

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