Quando eu estava aqui.

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quando eu estava aqui

Part I

"Você ainda é aterrorizado por lembranças."

Mãos pálidas percorrem todo meu corpo, a força, a intensidade em que me tocam... Não há nada melhor que isso.

Suspiro.

Suas mãos apertam com firmeza  minha cintura enquanto eu sinto um beijo ser dado no canto da minha boca. A maneira como sou tocado, com força, mas ao mesmo tempo com delicadeza... Ressurge. coisas em minha mente que eu nem sabia que existiam.

O beijo do diabo.

Arqueio minhas costas ao sentir um beijo molhado na curva da minha cintura. Tão sensível, ele murmura. Outro beijo é dado na minha nuca enquanto suas mãos entram sorrateiramente no meu pijama.

Um som alto e rouco sai da minha garganta. Levo seus dedos aos meus lábios, chupando, tentando me concentrar para não acordar ninguém.

E-eu não posso gritar assim, não posso.

Relaxe, amor, você pode ser livre. Grite por mim. - quase sorrio ao escutar sua voz, trato de relaxar meus músculos o máximo, mesmo ainda estando tenso.

Quando finalmente consigo ficar mais calmo sinto a pele do meus pescoço ser sugada fortemente e nessa hora um gemido muito mais alto que o anterior sai da minha garganta.

Meu corpo é balançado rudemente, abro meus olhos e encaro os olhos furiosos de minha mãe. Isso vem acontecendo com uma frequência assustadora.

—Você vai a igreja hoje, Louis - seus gestos são carregados de raiva, meu corpo é empurrado pra trás, demoro alguns segundos para entender o que está acontecendo.

Por favor me diga que eu não sonhei com isso, diga que não aconteceu de novo.

Harry Styles não deveria existir e eu não deveria me deixar consumir pelo pecado.

Part ll

" E o que há de belo na humanidade, Deus? Olhe as criaturas horríveis que criou."

Eu odeio o cheiro de pó que a sala pastoral tem, é horrível. Meu tio deveria limpar isso mais vezes. Viro meu rosto para o lado enquanto passo um pano úmido sobre a mesa, tentando tirar o excesso de poeira impregnado na mesa.

A porta é aberta e um leve rangido se faz presente  no ambiente logo após o barulho de saltos.

—Louis?- vejo o rosto quase sem vida de uma das irmãs da igreja me olhar. Sra. Rivierw, uma senhora grisalha, líder do círculo de oração da nossa igreja. Talvez um dos motivos para eu não me importar em ter que ir para igreja aos sábados. Uma alma gentil.  Me viro dando total atenção a ela.

—Senhora?

—Ora, não seja tolo menino, Mellie para você.- sorrio ao sentir suas mãos frias apertando minha bochecha. Ela me larga e me da um caloroso sorriso —Seu tio saiu a pouco tempo, precisava pagar algumas contas pendentes. Tem uma garota aqui, precisa de conselhos... Eu até iria, mas você sabe, poderia leva-la pra tomar um sorvete - coço minha nuca e dou um sorriso sem graça,

—Claro, irmã Mellie, irei a ajudar.

Eu odeio falar com garotas. Eu nunca sei o que dizer. Fico constrangido. Me sinto inferior e desastroso. Nunca tive muito contato com elas.

Crazy in Love  l.s (EM EDIÇÃO) Onde histórias criam vida. Descubra agora