Quando ele ainda estava aqui

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Quando ele ainda estava aqui e nós éramos felizes.


Part I
"Baby, you are perfect
Baby, you are perfect for me."

Louis sabia que a essa altura do campeonato ele gostava de Styles muito mais do que devia, tipo, sério, aquele garoto definitivamente seria sua perdição. Ele já havia sido, não é?

Se ele fosse olhar pra trás e lembrar de como era há poucos meses, nada faria sentido. Ele entenderia se as outras pessoas também não entendessem.

Louis Tomlinson o garoto que ia à igreja todos os dias - agora não mais tanto assim - estava num estúdio de tatuagem com suas costas vermelhas e doloridas, com uma pequena tatuagem sendo feita nelas.

Harry com seus olhos absurdamente bonitos sorria à todo instante, segurando firme sua mão enquanto via a careta de dor que Louis fazia.

Ele tinha até gravado um vídeo para o Snapchat. Por Deus, Louis o odiava. Como se não fosse o suficiente ele havia o chamado de amor no vídeo, Louis realmente o odiava.

Quando você olhava Styles de longe cometia um grande erro; você o julgava.

Isso é um defeito que veio com todos nós, mas mesmo assim era tão errado julgar aquela criatura bonita como algo ruim. Só... tão errado.

Harry tinha no total três piercings no rosto, na sobrancelha esquerda, uma argolinha preta no nariz e outro no septo. Devia ter mais de 20 tatuagens - e Louis estava sendo muito gentil em chutar apenas 20; a maioria de suas roupas eram escuras.

Louis julgou Harry. E ele se sentia tão arrependido por isso.

Julgou-o no momento que o viu pela primeira vez. Achou que ele era apenas mais um idiota que se importava apenas com sua imagem, que repudiava pessoas que possuíssem uma crença, um egoísta que não se importa com ninguém além de si mesmo.

Não precisa see um gênio pra saber que Tomlinson errou feio no chute.

Apenas alguns meses com Styles provaram o quanto ele estava errado.

Harry era gentil, se preocupava com as pessoas, tinha um sorriso doce e era calmo na maior parte do tempo.

Okay, ele era um babaca às vezes. E isso não tinha desculpa, mas dava pra ver o quanto ele se esforçava pra ser alguém melhor.

Ele foi a pessoa que mais deu suporte quando seu pai o abandonou, ouviu seus choros e o abraçou durante a a madrugada. E de uma maneira muito torta respeitava a religião das pessoas.

Ele não gostava muito da religião de Louis, não entendia sua fé em algo que não se tem provas. Mas Louis também não entendia muito do que ser agnóstico significava.

Harry parecia ter passado por tanta coisa e mesmo assim continuava sendo alguém tão melhor que a maior parte das pessoas; Louis se sentia um lixo por ser tão mau agradecido tendo uma vida regada de privilégios.

Tinha uma mãe que apesar de tudo o amava, estudava num dos melhores colégios e não tinha obrigação nenhuma à não ser ir a igreja e estudar.

Harry trabalhava meio turno no período da tarde, de manhã ainda conseguia ir para escola e ele tirava boas notas, com exceção de química, ele era um terror na matéria.

Nesse meio tempo ele ainda arrumava horário para sair com os seus amigos, pagava uma clínica de reabilitação para sua mãe e aguentava um padastro medíocre.

Crazy in Love  l.s (EM EDIÇÃO) Onde histórias criam vida. Descubra agora