Lobisomem morto?

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Todos no abrigo entraram em desespero. A criatura atacava. As pessoas gritavam e corriam para todos os lados, fugindo de sua própria morte. É como diz aquele ditado: "Cada um por si!"
Todos ao meu redor estavam desesperados, exceto eu.

Como não está desesperada sendo que um lobisomem está perto de você? Ele pode te atacar! era o que eu falava na minha mente para mim mesma. Acontece que nem eu sei. Estava paralisada, não conseguia me mexer de maneira alguma! Eu, literalmente, congelei no tempo.

Muitas pessoas foram vítimas dos ataques do lobisomem. Ele conseguiu, inclusive, matar algumas. Não foram muitas, mas isso não muda o fato de que pessoas morreram!

Muitos familiares, vendo isso, se zangaram e correram atrás do lobo. Ele saiu do abrigo, e as pessoas foram atrás.

Decidi voltar, pela passagem, para casa e ver o que estava acontecendo. E foi o que fiz. Fui até a escadaria, entrei na casa e olhei pela janela.
Eu nunca tinha visto o local onde moro a essa hora. A luz da lua cheia clareava o vilarejo. Era muito bonito!
Enfim prestei atenção no que queria a princípio.

As pessoas estavam lutando contra o lobisomem, tentando, de algum modo, matá-lo. Ninguém sabia a fraqueza daquela criatura, o que dificultou um pouco a vitória.

Uma pessoa conseguiu joga-lo no chão e ele pareceu ter morrido. Abri a porta para analisar melhor e soltei um grito, involuntariamente.

Porém, o lobisomem não havia morrido e, ao me ouvir, veio em minha direção. Entrei em pânico e sai correndo para o andar de cima.

Pensei que estava livre, mas a criatura me seguiu.

Escondi atrás do guarda-roupa e rezei para Ele não me achar.

Cheirou o quarto inteiro e, finalmente, desistiu. Ele estava caminhando até a porta. Peguei uma vara de vassoura e fui andando, de fininho, atrás dele. Desceu as escadas e eu fui atrás.
Quando já estava saindo da casa, bati nele com o cabo, fortemente. Corri para fora e, ao se recuperar, veio atrás de mim.

Acabei tropeçando em uma pedra e caindo no chão. Olhei para trás e Ele estava chegando perto.

Estava prestes a me atingir quando caiu morto no chão. Observava a criatura morta na minha frente, minha respiração estava ofegante. Avistei, em suas costas, um furo. O que teria feito aquilo?

Olhei para frente e vi Carl segurando uma espingarda.
Demorei um pequeno tempo para me recuperar.

Logo que o susto foi embora, levantei, fui até ele e deu-lhe um abraço de gratidão.
Ele retribuiu o abraço e se afastou para me olhar nos olhos.

- Você está bem? - perguntou.

- Um pouco assustada, mas, graças a você, estou viva! Obrigada! - respondi.

- Não precisa agradecer! - disse ele.

Me afastei e fui até o corpo do lobisomem.

Parece que agora estamos em paz! pensei enquanto passava a mão em seu pelo macio.

- Liza, você está bem? - alguém perguntou.

Olhei para cima e vi Carol.

- Estou!

Ela olhou para o corpo que estava na minha frente.

- Olha só! O que nos causou tanta tristeza e dor, agora não existe mais.

Concordei com a cabeça.

Agora, o lobisomem estava morto, não havia mais com quê nos preocuparmos.

Sequestro À Meia-NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora