Capítulo 8

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Acordei e rolei para o lado para ver que horas eram, acabei percebendo que Drew não estava na cama. Olhei assustada para o outro lado e ele não estava, apoiei minhas mãos no colchão e pude perceber ele aquecendo a voz no banheiro. E então ele entrou no quarto escovando os dentes e com uma toalha branca amarrada na cintura. Quando ele me viu, abriu um sorriso e engatinhou na cama para me dar um beijo. É, eu não estava sonhando. 

-Bom dia! Como está? - ele rolou para o lado e me puxou para perto. 

-Acho que eu não poderia estar melhor, Drew... - rolei para o outro lado para tentar enxergar que horas eram.

-Nem eu, aliás, eu poderia ficar só mais um pouquinho melhor... - ele me puxou pra voltar a olhar para ele e fez um carinho bem leve no meu rosto. - Vá comigo para o Rio de Janeiro.

Arregalei os olhos e sorri, suspirando ao dizer que eu não podia e que eu estava torcendo por ele lá. 

-Eu tenho medo de perder você... - ele começou a passear a ponta dos dedos pelo meu ombro, estendendo para o braço me causando arrepio instantâneo.

Meu celular começou a tocar, olhei para ele me desculpando mentalmente e saí correndo para atender. 

"Alô?"

"Ufa, você atendeu!"

"Oi Caio..."

"Como está, Cinderella? Já deu meia noite"

"Ja estou indo..."

"Fica tranquila que eles ainda não acord... espera, você está aonde?"

"No quarto..."

"Dele?"

"É"

"AI MEU DEUS, ME CONTA TUDO!"

"Não da!"

"Você tem que trabalhar, Anna."

"Estou indo"

Desliguei e olhei pra ele fazendo bico, ele me perguntou o que era e então respondi que eu tenho uma reunião. Na verdade tenho mesmo, reunião com os produtos de limpeza. Coloquei minha roupa e corri para o meu quarto, para pelo menos conseguir tomar um banho e escovar os dentes. Ele ficou no quarto e disse que ia descer, pelo menos eu não teria que vê-lo no corredor. 

Enquanto eu começava a minha rotina pelo quarto dele, vi alguém me chamando: "psiu". Revirei os olhos e eu já sabia quem era, então finalizei o chão encharcado do banheiro e saí do quarto dele vendo Wes plantado na porta. Olhei para ele e sorri, ele fez uma menção pedindo ajuda.

- O que foi dessa vez? - levei meu carrinho até lá e fui descarregando algumas coisas. 

-Não consigo achar meu telefone.- ele disse, meio envergonhado.

-Ok, vou te ajudar. - mesmo sabendo que parecia uma desculpa ridícula, resolvi ajudar. 

Entrei no quarto e fiz uma cara de espanto com a bagunça. Eu achava que ele estava realmente querendo me tirar do serio, mas sorri e comecei a procurar. 

-Qual é o seu número? - peguei o celular para começar a discar.

-Então, o celular ta desligado...

-Te mato agora ou depois? - brinquei enquanto eu revirava a bagunça.

-Depois que você achar meu celular.- ele começou a brincar comigo jogando algumas roupas para mim, joguei algumas nele, e então ele perguntou sobre minha vida e sobre como eu fui parar ali. Foi fácil me abrir para ele, foi fácil falar tudo o que eu sentia, sem medo. Depois de conseguir arrumar tudo com a ajuda dele, ele se sentou e me chamou para sentar ao lado dele, me sentei reclamando que eu estava com cheiro de cloro, ele disse que era bobagem e que queria me falar algumas coisas.

Don't let it break your HeartOnde histórias criam vida. Descubra agora