Capítulo 12 - Drew's POV

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"Ao sair do quarto, vi que Anna estava caída com uma roupa de funcionária do hotel e Wesley estava segurando ela pelo braço, saí correndo e perguntei a ele o que tinha acontecido com a minha Anna. Meu coração saía pela boca e eu não conseguia pensar em nada, ela caída ali, pálida, me fez pensar as piores coisas: talvez todo o nervosismo que ela sentia tinha alguma coisa a ver com esse ataque que ela teve. E pior: eu não consegui entender porque ela estava vestida de funcionária, quando tudo começou a fazer sentido.

-O que que a Anna está fazendo vestida assim? - perguntei a Wesley e tentei deitá-la no chão, com cuidado.

-Anna? Cara, essa é a Olívia... E ela simplesmente desmaiou. - Wesley pegou o pulso dela para verificar se estava tudo ok.

-Não, essa é a Anna... Ela tem um sinalzinho no ombro - afastei a blusa dela e mostrei o sinal.

-O nome dela não é Anna, é Olívia, eu te falei sobre ela... Ela tem um furinho falso na orelha. - ele então me mostrou.

Keaton estava ali só olhando, mas decidiu falar algo.

-Essa é a Olívia, cara. Mas depois vocês discutem isso... Ela não está bem. - Keaton argumentou e chamou a equipe para chamar uma ambulância."

Entrei em meu quarto e me joguei na cama, a dor dos meus músculos por ter ficado acordado a noite toda e a tensão que eles tiveram que enfrentar fora maior que qualquer coisa. Eu prometi a mim mesmo que não ia sofrer por mulher, mas ela não era uma mulher, eu poderia olhar nos olhos dela e ver tudo que eu precisava, a vida simples que talvez ela levara e o amor que ela carregava no peito. Depositei as minhas fichas e acreditei que ela tinha despertado o amor em mim, ela despertou: aquele sentimento de querer ficar pra sempre, de cuidar, de amar e lutar por ela.

Eu não entendia em como ela pôde me olhar e fazer eu me sentir um idiota apaixonado, com apenas três dias de convivência. Eu poderia ter qualquer mulher, qualquer corpo, qualquer rosto, mas eu não entendia porque eu queria ela e porque eu ainda queria lutar por ela. Dentro de tantas mentiras que me machucaram profundamente, eu me preocupava, o coração dela poderia parar de bater e eu não podia fazer nada.

Ao mesmo tempo, pensava no Wesley que desde sempre foi um irmão pra mim, ele nunca mentiria, ele também gostava dela, então, qual caminho eu deveria seguir?

Enquanto eu tomava um banho morno, a raiva tomou conta da minha cabeça, soquei a parede até minhas mãos enrijecerem, até que elas estivesse completamente machucadas, deslizei no azulejo tentando encontrar algum tipo de paz, alguma coisa que me confortasse e só me vinha ela na cabeça, e só ela me importava. As lágrimas começaram a sair e o nó na garganta era maior do que qualquer pensamento, solucei e tentei achar alguma saída nesse abismo, eu podia chorar sozinho, eu podia querê-la sozinho, eu podia amá-la em silêncio, mas mentiras acabam com qualquer coisa, qualquer laço de confiança, então decidir fazer as coisas da minha forma.

Eu ia deixá-la ir, sem nenhum motivo para ficar, ela estaria livre pra começar qualquer coisa com o Wes e ele estaria feliz também.

Peguei o telefone e liguei para o Wesley, eu queria tirar essa história a limpo, queria saber se isso realmente aconteceu. Chamou sete vezes e quando eu estava desistindo ouvi algumas risadas que eu tinha certeza que eram dela, Wesley também atendeu rindo me fazendo entender que nada mais importava para ela. Então eu desisti.

Don't let it break your HeartOnde histórias criam vida. Descubra agora