13 de dezembro de 2014
Até agora me lembro das mensagens da Camila. "Vai fundo, amiga." "Hoje a noite é sua" Tudo estava certo, seria a noite dos meus sonhos. Estava no Pallace Hall, uma casa enorme que é alugada para festas, acampamentos, e tudo mais que você quiser e tiver dinheiro para bancar. Estava concluindo o 2º ano do ensino médio. E essa era "a" festa, fiquei até pensando em como seria a festa do ano seguinte. O quarto onde eu estava era lindo, parecia um quarto de realeza, medieval. A cama dispensava comentários, o jogo de lençol era preto e vermelho, quatro travesseiros. Tudo extremamente sugestivo. Talvez todos os quartos fossem iguais. Mas esse para mim seria para sempre inesquecível. Não planejava isso pra tão cedo. Não até o começo da semana, quando meu playboy birrento demonstrou mais carinho, e me pediu implicitamente uma prova de amor. Já estávamos namorando a uns 8 meses e ele era mais experiente do que eu. Queria que ele tivesse esperado um pouco mais, porém eu conseguia compreender ele. Não queria que ele procurasse em outras o que eu por medo bobo não queria oferecer. Fiquei muito nervosa antes de chegar na festa. Minha mãe nem poderia desconfiar que a minha diversão naquela noite não era apenas uma confraternização de colegas de classe. Mesmo com 16 anos, ela achava que aquele não era o momento certo. Aliás, achava que o meu atual namorado não era o garoto certo. Porém naquela noite ele me fez a mulher mais feliz do mundo. Pensei em resistir na hora H, em fazer ele me provar que me amava, mas estava tão grogue que juntei o útil ao agradável. E não colocarei a culpa na bebida. Digo porém que ela deu uma forcinha. Sem arrependimentos. Respirei fundo ainda sentindo o perfume dele. A bebida que ele tinha ido buscar estava demorando a chegar. Me levantei indo na direção da janela. Lá embaixo vejo a galera se divertindo. Alguns meninos sendo jogados na piscina, alguns nerds nas suas mesas analisando o ambiente e achando tudo aquilo patético, e alguns casais nos cantos colocando em pratica tudo que aprendeu durante o ano sobre anatomia humana. Me sinto um pouco tonta, mas atribuo isso ao fato de ter alguma bebida nova lá, não achei que bebi demais. Visto minha roupa, ajeito meu cabelo e vou procura-lo. Desço as escadas cambaleando. Mas tentando manter a postura. Sem saber que minutos depois eu não perderia somente a postura, mas todo o meu conceito sobre amor.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Você ainda vai me amar? [Em revisão]
RomanceDepois de ser enganada, Marina foi forçada a crescer e encarar de frente os problemas que não deveria ter, pela ordem cronológica das coisas. O peso da traição e o abandono do pai tenta sufocar uma garota que um dia foi cheia de sonhos. Você acompan...