Uma placa azul presa no prédio a nossa frente ostentava o nome.
Centro Schreave de Recuperação e Reintegração Social para Crianças Deficientes.
O lugar era claramente antigo, e dava para perceber que estava em reforma. As paredes estavam recebendo uma mão de tinta amarela brilhante para cobrir o tom de verde desbotado e a porta da frente estava sendo trocada. Passando por ela, o corredor central levava a uma sala de espera toda branca. Por ali tinham alguns sofás e poltronas reclinadas, uns poucos vasos de planta para decoração e quadros espalhados para todo canto. Uma rampa larga e uma escada ao meu lado indicava a passagem para os andares superiores.
No centro da sala havia um grande balcão circular de mármore, dentro do qual uma mulher de meia idade estava, concentrada, escrevendo em um caderno.
— Zia*. — Osten chamou.
A mulher levantou a cabeça e sorriu.
— Meu menino, não sabíamos que viria hoje. — Ela deu a volta e saiu do balcão por uma porta lateral.
Chegando mais perto, a mulher beijou o príncipe nas duas bochechas e depois apertou uma delas entre o indicador e o polegar.
— Será que não sabem fazer comida naquele palácio? Olhe só como está magro. Ainda bem que hoje é dia de macarronada.
Osten riu e eu o acompanhei.
— Mesmo se eu pesasse 90 quilos você ainda me acharia magro, zia.
A mulher balançou a mão no ar. — Bobagem. — Ela se virou para mim. — E quem é este esplendor em forma de moça que está com você?
Eu corei.
— Zia, esta é Alice Wightman, uma das selecionadas. Alice, esta é Antonella, a diretora desse Centro.
— Estou encantada em conhe...
Eu não pude terminar de falar, pois Antonella me deu um abraço apertado.
— Sou descendente de italianos. Não sou muito de formalidades. — Ela disse quando me soltou.
Eu sorri. Gostei de seu jeito espontâneo.
— Sem problemas.
Nesse momento, um homem com trajes de enfermeiro manchados de azul desceu correndo a escada. Antonella desviou sua atenção para ele na mesma hora.
— Troy?
O homem assentiu e ela suspirou.
— Já é a quinta vez esta semana. Osten, meu menino, você poderia conversar com ele de novo? Você sabe que Troy só dá ouvidos a você além dos pais dele.
O príncipe riu e, para a minha surpresa, enlaçou nossas mãos.
— Claro. Vamos lá, Alice. Temos um mini terrorista para acalmar.
Subimos os degraus e desembocamos em um corredor único cheio de portas. Cada uma delas estava pintada de uma forma, com estampas e marcas de mãos.
— Essa é a 1ª ala dos quartos. Para os que não podem se locomover sozinhos entre os andares. — Osten me explicou. — Muitos pais dormem aqui com os filhos, e virou tradição cada família decorar sua própria porta.
— Uma ótima ideia por sinal.
— Eu que pensei nisso na verdade. — Ele admitiu meio envergonhado, mas logo descontraiu o clima. — Tudo parecia muito arrumado. E você sabe que o meu dom é a bagunça.
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A Princesa
FanfictionO príncipe caçula está solteiro. 35 novas garotas chegaram ao palácio. Bem-vindos a nova Seleção. Alice Wightman não quer entrar na Seleção. Desde que seu pai abandonou ela e sua mãe, Alice perdeu toda a confiança nos homens. Dessa forma, se casar n...