Capítulo 30

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Acordei sentindo um leve arrepio na minha pele.

Osten estava abraçado a mim, beijando o meu pescoço.

— Vamos pousar em alguns minutos. Precisamos voltar aos nossos assentos e pôr os cintos. — Disse ele, sem parar o que estava fazendo.

Eu sorri.

— Você não está me ajudando a querer sair daqui.

— Não estou, é, meu amor? — Ele perguntou, antes de me apertar mais contra seu o corpo e beijar um local sensível perto da minha orelha.

Gemi baixo com o contato.

Definitivamente não.

Osten riu, exalando sua respiração quente contra a minha pele.

— E quem pode me culpar?

Rolando o meu corpo gentilmente na sua direção, ele olhou bem fundo em meus olhos.

— Não consigo ficar longe de você um centímetro sequer, minha Alice. Simplesmente não consigo.

— Isso é muito bom. — Eu sorri. — Porque eu sinto o mesmo por você.

Tomando a iniciativa ao mesmo tempo, nós dois unimos nossas bocas em um beijo intenso. Comecei a passar as minhas mãos pelos braços dele, sentindo seus músculos definidos sob o tecido, e antes que eu pudesse perceber, o príncipe já estava sem paletó e eu tentando desabotoar a sua camisa.

Mas quando deslizei a peça por seus ombros, uma batida na porta me fez parar.

— Altezas? — Chamou a Sra. Jackson do lado de fora do quarto. — Aterrissaremos em 15 minutos.

— Estaremos prontos em cinco, Sra. Jackson. — Osten disse sem a mínima intenção de parar de me beijar

Eu gemi em sua boca.

— Talvez sete. Ou dez. — Ele se corrigiu.

— O avião só poderá pousar quando todos estiverem em segurança. Suas Altezas podem continuar o que estão fazendo depois.

Eu corei.

— Já estamos saindo, Sra. Jackson. Dou minha palavra. — Disse.

— Tudo bem. — Ela respondeu e se afastou gargalhando.

Osten suspirou. — Parece que temos mesmo que ir.

Eu dei mais um beijo nele.

— Podemos fazer no piquenique de hoje o mesmo que fizemos no daquela tarde no jardim, meu amor.

O príncipe sorriu e seus olhos brilharam quando ele falou.

— Eu já te disse que você tem ótimas ideais, minha Alice?

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Já era quase meia-noite quando chegamos ao local do piquenique.

— É aqui, Guarda Faith, obrigado.

O guarda parou a limusine.

— Ficaremos por perto para o caso de algum imprevisto, Alteza.

— Tudo bem, mas nos deem a nossa privacidade. — Osten se virou para mim. — Vamos, minha Alice?

— Vamos.

O príncipe e eu saímos do carro e começamos a andar.

Estávamos nos campos de vinhedos da Itália. A terra era forrada por um imenso cobertor de grama verde, que se estendia desde a estrada até as grandes colinas que despontavam ao longe. As árvores, tingidas de um laranja quase avermelhado, se agrupavam em pequenos montes espaçados pela paisagem, e pareciam especialmente mais bonitas à noite. Já as plantações de girassóis esperavam, ansiosas e cabisbaixas, pelo nascer do sol que ainda demoraria pelo menos umas 7 horas. Mas o que mais chamava a atenção mesmo era a direção na qual estávamos seguindo, onde um grande conjunto de arbustos altos surgia no formato de círculo perfeito.

A PrincesaOnde histórias criam vida. Descubra agora