Capítulo 35

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— Tem certeza de que ela está bem, doutor Falley? — Perguntou Osten ao médico pela décima quinta vez.

O doutor Falley sorriu.

— A senhorita Alice está bem, Alteza. Eu lhe dou a minha palavra. — Meu noivo respirou aliviado. — Ela ficará curada a tempo para o casamento de vocês, mas deverá permanecer aqui na ala hospitalar até a véspera do dia do evento.

Eu me remexi na cama.

— Não vou poder ir ao enterro do meu...? — Minha voz embargada impediu a saída da palavra pai.

O doutor Falley balançou a cabeça.

— Temo que não, senhorita. — Respondeu ele compassivo. — O repouso é algo fundamental na sua recuperação, portanto a senhorita não deve sair da cama.

Encarei o chão.

— Mas eu... eu... eu não posso deixar a minha mãe passar por isso sozinha.

— Você precisa repousar, minha Alice. — Osten disse segurando a minha mão.

— Mas...

Ele pôs um dedo de leve na minha boca.

— Eu duvido que a sua mãe deixe você pôr sua saúde de lado, meu amor.

Isso é verdade.

Esbocei um sorriso. — É bem capaz dela me prender na cama se eu insistir em me levantar.

Osten riu, deslizando o dedo pelo meu rosto até alcançar meu cabelo. Com movimentos suaves, ele começou a acariciá-lo.

— Se você preferir, querida, — Disse ele. — podemos transferir o enterro para Angeles. Assim você pode dar apoio a sua mãe sem precisar descumprir as ordens médicas.

Eu assenti freneticamente.

— Isso seria ótimo!

Osten se virou para o médico.

— Doutor Falley, peça para chamarem Phoebe, por favor.

— Certamente, Alteza.

O doutor fez uma reverência e saiu do quarto.

Assim que ficamos sozinhos, Osten voltou-se novamente para mim com um meio sorriso nervoso nos lábios.

— Então... eu finalmente vou conhecer a minha sogra. — Ele arregalou os olhos. — E se ela não gostar de mim, minha Alice?

Eu peguei o rosto dele em minhas mãos e o encarei sorrindo.

— Isso é impossível, meu amor. — Declarei.

— Impossível? — Ele perguntou surpreso.

— Sim, impossível. — Olhei bem fundo em seus olhos. — Primeiro porque você, meu Osten, é uma pessoa incrível. Você me entendeu? Incrível.

Ele assentiu, sorrindo mais abertamente.

— Segundo, — Continuei. — porque você me faz mais feliz do que um dia eu sonhei ser possível, meu amor, e minha mãe não vai antipatizar com a pessoa que faz eu me sentir assim.

Osten cobriu minhas mãos com as suas e aproximou seu rosto do meu, visivelmente mais relaxado.

— Você sempre me fala a coisa certa, minha Alice — Disse ele, os olhos contemplativos. — Acho que já sei a primeira coisa que vou fazer quando conhecer a sua mãe.

— E o que vai ser?

— Eu vou agradecê-la por ter feito você existir. — Declarou.

Meu coração pareceu dançar em meu peito. Eu inspirei devagar, saboreando a sensação de ser amada.

A PrincesaOnde histórias criam vida. Descubra agora