*~Capítulo 34~*

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Miranda

-Só mais cinco minutos! -Meu tom de voz sai um tanto grogue pelo sono.

-Miranda, vamos logo.

Rolo na cama ignorando totalmente os avisos de Gabriel, estou em seu lado da cama inalando seu inebriante perfume que faz com que eu queira permanecer aqui.

-Vamos nos atrasar.

-Me deixe dormir. -Respondo sem ao menos me mexer.

Ainda estou de olhos fechados, e morrendo de sono, o homem que passei a nomear de marido, está me chamando a mais ou menos meia hora, insistindo que temos que aproveitar antes de pegar o voo, porém a única coisa que consigo pensar é em continuar aqui. Deitada neste macio colchão sentindo o sono me dominar, só poderia ser melhor se certo indivíduo não houvesse se levantado e acabando com travesseiro humano.

Mas por incrível que pareça ele está em silêncio, acho que desistiu, e está agora mesmo no banheiro tirando seja qual for à roupa que estiver usando. E logo, logo assumirá sua função de travesseiro humano novamente, deixando sua esposa muito feliz.

Sinto a cama se afundando ao lado oposto ao meu, o sorriso de vitória que surgiu em meus lábios foi inevitável.

A mão de Gabriel agarra minha cintura me puxando para mais perto dele, mas em um ato que, diria eu, ser impensável se pôs em cima de mim assumindo totalmente o controle.

Abri meus olhos tendo uma privilegiada vista dele com um sorriso de lado.

Ele está sem camisa e seus olhos estão repleto de um brilho que não se compara ao desejo, nem á intensidade, mas sim ao divertimento o que me fez ficar confusa, afinal ele fez com que acordasse de uma vez e é muito bom que tenha uma ÓTIMA razão para tal.

Sem ao menos dizer algo ele me beijou ferozmente, levantou meus braços acima da cabeça as prendendo ali mesmo, opa...

Estava prestes á gritar para que ele continuasse quando senti suas mãos em minha cintura, mas ao invés de me puxar para si, simplesmente começou a fazer cócegas! CÓ-CE-GAS.

Você por algum acaso entende que meu marido acabou de assinar seu próprio atestado de óbito?

Meu riso preenche o silêncio vazio do quarto.

Contorço-me de baixo de seu peso tentando inutilmente sair de baixo de si.

-Pare... Ga-bri-el.

Aos poucos suas mãos foram desacelerando até enfim pararem.

Aproximou seus lábios de meus ouvidos e sussurrou como um tirano sem vergonha alguma:

-Está bem acordada, querida?

-Você vai pagar por isso. -Digo apontando o indicador para que entenda o quão sério estou falando.

-Ah, vou? -Seu sorriso de deboche fez com que eu tivesse vontade de acertar o seu bem mais preciso, e só lembrando meus joelhos estão totalmente livres para tal feito.

-Se fosse você não me provocaria. -Digo cautelosamente.

-E o que você faria? -Pergunta com a sobrancelha levantada.

Decidi que não vou matar meus futuros filhos, mas quero deixar claro que isso é por amor a eles e não ao pai deles.

Fiz alguns anos de jiu jitsu e sei muito bem usar a técnica de sair de baixo de seu oponente.

Uso essa técnica para inverter as posições entre mim e Gabriel que assume uma expressão surpresa por me ver no comando.

-Quem está rindo agora? -Pergunto em seu ouvido, baixinho e com a voz rouca.

Coincidências Do AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora