*~Capítulo 18~*

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Miranda

Gabriel desceu já fazem alguns minutos, são quatro horas da manhã e algum barulho ecoou pela casa isso significa que nem se ele quisesse poderia demorar tanto assim.

Ainda estou sentada na cama tentando não pensar em coisas ruins, não deve estar acontecendo nada demais, afinal estamos em um lugar seguro. Não estamos?

Ah droga, odeio quando fico curiosa, pois fico especulando coisas, e isso não é legal.

Desvio meu olhar novamente para o relógio e já são quatro e três. Fazem três minutos que ele desceu e ainda não voltou.

Aconteceu alguma coisa, só pode. Ninguém demora três minutos só pra ver se há algo de errado na casa.

Estou ficando paranóica... Deitei-me novamente na cama na tentativa de relaxar.

O teto esbanja sua cor branca, fito-o... Tento relaxar, checo meu facebook, meu whatsapp, instagram, enfim chego até as notícias sobre a Dilma e nada de Gabriel voltar.

O relógio denunciam ser quatro e vinte.

Agora sim estou preocupada. Levanto-me um tanto hesitante.

Está decidido vou atrás dele para ver o que está acontecendo, talvez não ajude em nada, mas...

Dou alguns passos para fora do quarto, está muito escuro aqui fora.

É nessa hora que você, queria leitora, deveria me encorajar a não ter medo, mas acho que não está funcionando até porque estou sentindo-me totalmente hesitante.

Respira, inspira e não pira.

-Ahhh. -Dou um grito após ouvir um barulho estrondoso.

-Esses relâmpagos não param nunca? -Pergunto a mim mesma.

Só então percebo que já estou na ponta da escada.

Sabe quando a sua própria casa parece muito mais assustadora do que deveria? Exatamente como agora!

Piso vacilante no primeiro degrau, sentindo o frio da madeira sob meus pés. Sim, estou descalça.

Vou descendo lentamente tentando não imaginar coisas assustadoras como a Samara do filme "o chamado" saindo da televisão, na verdade tal comparação não ajudou em completamente nada, pra ser sincera só piorou.

Assim que termino de descer as escadas espero meus cinco segundos para tomar coragem e prosseguir.

Inicio a agonizante caminhada até seja lá onde Gabriel esteja.

Penso em acender a luz, mas então me lembro que há possibilidades de que seja um ladrão então terei de ir no escuro mesmo.

Vou tateando as paredes até que vejo a luz da cozinha acesa.

Caminho em direção á mesma, mas então sinto algo bater em minha cabeça e sem querer me desequilibro e caio.

Sinto minha cabeça latejar um pouco de dor, coloco minha mão sobre o local sentindo-o úmido. Olho para minhas mãos e vejo sangue.

Levanto-me e me deparando com um Gabriel preocupado.

-O que houve? -Pergunta parecendo um tanto desesperado.

-E-eu não sei. -Respondo.

-Você está sangrando! -Afirma olhando para meu ferimento..

-Está muito feio? -Pergunto hesitante.

-Não, só está sangrando bastante. Vem vamos dar um jeito nisso. -Diz puxando minha mão me guiando em direção ao banheiro.

Ele me faz sentar no vaso sanitário enquanto pega o kit de primeiros socorros .

Pega um algodão e algo parecido com álcool, mas sei que não é, pois a cor da embalagem é diferente.

-Vai arder um pouquinho, tá bem? -Avisa como se pedisse permissão para limpar meu machucado, apenas aceno com a cabeça.

O liquido do algodão gelado faz com que minha pele se retraia, sinto a pele arder, e acabo soltando um gemido.

-Desculpe. -Diz.

-Tudo bem. -Murmuro em resposta.

-O que acha que aconteceu? -Pergunta.

-Não sei, mas posso jurar que senti alguma coisa me batendo. -Respondo.

-Acha que alguém poderia ter te batido de propósito?

-Sim. Só não me ache uma louca. -Respondo sorrindo.

-Nunca.-Responde sorrindo, seu sorriso é lindo, parece até mesmo desenhado à mão.

-Então acredita na minha teoria?

-Até agora sim, não temos outro fato para debater ou contestar.

-Nossa como você é nerd! -Brinco vendo-o afastar-se para guardar o kit.

-Uma vez nerd sempre nerd. -Responde sorrindo.

Sorrio em resposta.

-Vamos subir? -Pergunta, me oferecendo sua mão.

-É seguro?

-Quem quer que estivesse aqui provavelmente já foi embora.

Apenas concordo.

Subimos juntos para o quarto, ele me auxiliou a subir, e a caminhada até a cama.

Nos deitamos, por mais que achasse estranho no início, a presença de Gabriel está me acalmando. Tornando minha noite melhor, e por um breve segundo me pego tendo o desejo de apenas repousar sobre seu peitoral e adormecer ali mesmo. Em seus braços. Porém espanto tais desejos, virando-me na direção contrária dele.

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Amo vocês
15/02/2016

Coincidências Do AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora