Ana Clara
Como sempre as vacas que chamo de amiga criaram todo um plano, e esse plano inclui o namorado delas.
- O que você está fazendo? - Pergunto pra Carol enquanto ela coloca um short curto que é capaz de mostrar a alma e uma camiseta que deixa os peitos dela saltando pra fora.
- Vou chamar a atendente de algum gato do prédio na frente e então eu vou ver se descubro o nome dele pra você. - Diz, sorrindo satisfeita com o plano.
- Esse seu plano é complicado. - Falo.
- Não é não. - Diz parecendo uma criança.
- Fernando sabe disso? - Pergunto.
- Fernando não tem que saber. - Passa por mim piscando e vai para a sala.
Eu poderia ter dito para ela que o garoto estava no sofá, mas ela não precisava saber.
- Aonde você pensa que vai desse jeito? - Ele pergunta, parecendo puto da cara.
- Vou me sentar no sofá e ver TV com meu namorado. - Desconversa.
- Não vai não, você disse que ia descobrir o nome do Boy do prédio na frente. - Falo, rindo de ver ela nessa situação.
- Você o que? - Ele pergunta olhando pra Carol.
- Qual é Fe? Nós dois sabemos que a pepeka da Ana tá tendo teias de aranha de tanto tempo sem uso, é isso ou ter que ouvir os gemidos dela com o vibrador no quarto. - Fala e eu fico vermelha.
- Sua vaca mentirosa. - Falo.
- Ok, vamos descobrir o nome do tal cara.- Fernando diz, pulando do sofá e levando ela para fora do apartamento.
Ótimo, agora o namorado de uma das minhas amigas sabe da falta de uso da minha Pussy, sem falar que eu não tenho um vibrador.
- Então usa o dedo? - Pergunta Luiza entrando na sala.
Puta merda eu não acredito que disse em voz alta.
- Não! - Me defendo.
- Vou fingir que acredito, então quantos gatos você tem matado por noite? Aqueles gritos são meio assustadores. - Ela diz.
- Vocês me odeiam, nunca me deixam em paz. - Falo me jogando no sofá.
- Para de drama antes que eu tome o boy de você. - Fala Luiza.
- Credo, não se pode nem fazer drama em paz nessa casa? - Pergunto.
- Quando é com você não faz?. - Lu fala. - Por falar em Drama, aonde está a Karol?
- Na certa fazendo outro teste de gravidez, não sei como o Marcelo ainda não comprou uma farmácia pra ela. - Falo. - Se eu tivesse feito metade dos testes que ela fez, não estaria mais viva.
- Aposto que sim. - Fala ela.
Nós ficamos no sofá sentados até que Carol e Fernando voltam. Pela cara dela aconteceu alguma coisa.
- O aconteceu? - Pergunto.
- Acredita que fiz toda essa produção estilo quenga e o safado que atendeu a porta ficou cantando o Fernando. - Diz com raiva. - Mas aquele viado me paga.
Todos na sala dão risada, menos a Carol que está indo para o quarto e batendo a porta. Fernando vai atrás dela e acaba que depois que ele entra o quarto fica um silêncio.
- Agora quem vai bater na porta e descobrir se eles sabem o nome do Boy? - Pergunta Lu, olhando para mim.
- Quem perguntou que vá. - Falo. - Eu vou ir dar uma volta.
Me levanto do sofá, pego as chaves do apartamento e saio para andar na rua. Assim que eu boto os pés na calçada o destino acha um jeito de me fazer pagar mico e um chiclete gruda no meu calçado.
- Jesus é mais. - Murmuro enquanto começo a esfregar o meu chinelo na calçada.
- Tudo bem? - Pergunta uma voz grossa que eu reconheço como senso do Boy do mercado.
- Tudo ótimo. - Falo, parando de esfregar o pé na calçada.
- Você está me seguindo? -ele pergunta, rindo para mim e não parecendo se importar.
- Eu moro aqui. - Aponto para o prédio. - E não sei se você sabe, mas por mais gostoso que você seja eu não perderia meu tempo atrás de um pau.
- Ok, eu estava apenas brincando. - Ele diz. - Me chamo Jason.
- Prazer Jason. - Falo.
- Agora é a hora que você me diz seu nome. - Ele responde.
- Me chamo Ana.
- É um belo nome. - Ele diz.
- Eu sei. - Banco a convencida.
- Então Ana aonde você está indo? - ele pergunta.
- Dar uma volta, é meio difícil ficar em casa com duas amigas malucas.
- Se importa se eu te acompanhar? - Ele pergunta.
- Por mim tudo bem. - Falo e começamos a andar.
Andar com um chiclete colado no chinelo é uma merda, mas me nego a ficar esfregando ele na calçada na frente dessa montanha, que pensa que é homem. Não andamos muito longe, até porque acabamos encontrando uma loira na metade do caminho e o idiota para, pra conversar com ela.
Tá na cara que esse boy não tá afim de mim, operação Seduzindo Jason foi cancelada.
Como eu não sou castiçal pra segurar vela eu saio de fininho e volto para casa, parando apenas pra tirar o chiclete do meu chinelo. Esse filho da puta, tanto chinelo pra ficar preso tinha que ser justo o meu?
- O que você tá fazendo aí? - Pergunta karol chegando em casa.
- Tentando tirar essa merda de chiclete do meu pé. - Falo. - Mas ele não quer sair e... Ótimo, arrebentou meu chinelo. - Tiro ele do meu pé e jogo na lixeira.
Karol não está sozinha, com o namorado do lado dela eu não sei se vou entrar no apartamento, com Fernando e Marcelo lá, a festa das duas tá completa.
- Vai entrar? - Ela pergunta.
- É o jeito. - Olho para os meus pés. - Porque todas essas sacolas?
- Um amigo do Marcelo e do Fernando vai vir jantar aqui em casa hoje. - Karol fala.- Espero que seja um bom jantar. - Murmuro.
- Vai ser ótimo, porque você vai ficar e comer com todos nós. - Ela pede. - Você sabe que todas vão vir com os namorados e o garoto vai se sentir sozinho sem uma outra garota.
- Isso me parece um golpe se vocês. - Falo.
- Não é, eu prometo. - Ela diz. - Mas pelo que Celo disse o homem está solteiro e a procura.
- Claro posso até ver a manchete do jornal se a gente devesse um. " Solteiro feio procura garota encalhada para sexo e quem sabe filhos com quatro olhos. " -Debocho.
- Para de fazer Cú doce e se prepara pra essa noite. - Fala. - Amiga, hoje você dá até ficar assada.
Mais três capítulos e terminamos o primeiro conto.
Beijos
Carol...
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Seduzindo Jason
RomantizmUma garota maluquinha, que vê a sua chance para conquistar o homem dos seus sonhos depois de esbarrar com ele no corredor do supermercado. Com a ajuda de suas três amigas o circo está armado e a operação está prestes a ser colocada na prática. Sed...