16- Invasão Parte II

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Boa parte do portão já havia caído. Podia sentir os músculos do meu corpo retesados em expectativa. Apertei a empunhadura de minhas espadas com mais força, esperando. Minha respiração estava rasa e superficial.

Eu estava apavorada.
Mas enfrentar a morte não era o que me dava medo. Eu estava assustada com a possibilidade de Edward se machucar.

Eu queria que ele fosse embora, que se salvasse.

Jacob e eu provavelmente seríamos suficientes para retardá-los até que os outros conseguissem ajuda. Eu, com certeza, não desistiria enquanto conseguisse me manter de pé.

Mas Edward era teimoso demais e, como ele mesmo havia dito: Vivos ou mortos, estaríamos juntos pela eternidade.

Com um barulho de trituração de arrepiar os pelos na nuca, o portão desabou completamente. Os gritos de alegria do outro lado foram quase ensurdecedores.

Trinquei os dentes.

– Estão prontos? – Edward perguntou.

– Claro, já nasci pronto. – Jacob respondeu. Ele olhou para Renesme, que estava muito pálida e apenas acenou que sim com a cabeça. Jake segurou sua mão com força por um momento, consolando-a.

Edward voltou então seu olhar para mim.

– Vamos acabar com eles. – Foi o que eu disse.

Os invasores começaram a correr por cima dos destroços do portão em nossa direção. Eram mais de quarenta na linha de frente e com certeza havia mais vindo logo depois.

– Haja o que houver, não devemos deixar nenhum deles transpor os portões. – Eu falei com firmeza.

– Vamos nessa. – Jake falou quando os atacantes estavam mais perto.

Então partimos para o ataque.
O primeiro a vir para cima de mim foi uma mulher com cara de maluca. Ela manejava uma lança e veio com tudo, certa de que me atingiria. Passei direto pelo lado de sua lança, cravando minha espada no lado de seu pescoço.

Depois dela, outros tantos vieram.
O som de espadas tinindo era pouco. A maior parte do barulho eram gritos. Gritos animados de guerra ou grunhidos de dor. Nós não parávamos para trocar golpes idiotas de espadas. Atingíamos logo nos pontos fracos de cada um, transformando-os em cinzas.

Eu estava me esforçando ao máximo. Apesar de ter detestado a sensação de falta de controle, rezei para que voltasse a virar um zumbi assassino e pudesse ajudar os meus amigos.

Eu tentava não tirar os olhos deles em momento algum e, principalmente, tentava não sair de perto de Edward. Eu era a única aqui que não precisava me preocupar comigo mesma. Eu podia me dar ao luxo de me preocupar apenas com os outros.
Não deixei, também, de vigiar o portão.

Dois vampiros com expressões sedentas haviam escapado de nossas investidas e se dirigiam ao portão esperançosamente. Ninguém mais prestou atenção nisso, logo, lancei-me em sua direção, me colocando no caminho deles. Os dois rosnaram para mim, as presas à mostra.

Eles queriam me assustar?

Sorri cinicamente, girando minhas espadas no ar.

Os dois avançaram raivosamente para mim, um segurando um machado e o outro, uma espada.

Girei ao redor de mim mesma, escapando de um golpe do machado e aparando uma investida da espada. Empurrei o espadachim para longe, enquanto atravessava peito do outro com minha Katana. Ao virar de lado, aparei mais um golpe de espada e, por fim, atravessei o pescoço de meu atacante com minha Wakisashi.

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