Encontro entre cruzes

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Cinco dias se passaram desde que comecei a trabalhar lá. Rafael confiava cada vez mais em mim e estávamos muito próximos um do outro, mas eu ainda não tinha encontrado a oportunidade que eu queria para me vingar dele e eu só tinha 13 dias para isso.

Pensei em me entregar para ele para poder me vingar mais rápido. Eu precisava que ele confiasse inteiramente em mim, mas como eu poderia deixar com que ele tocasse no meu corpo? Poderia proíbi-lo de me beijar, poderia prender as suas mãos para não me tocar, mas ainda sim ele estaria dentro de mim e depois de tudo que aconteceu eu não poderia permitir isso, principalmente porque eu gosto dele. - E se eu transasse com ele e não conseguisse me vingar? - era tudo que eu pensava. Enquanto isso eu fugia de todas as investidas dele, mas isso só estava piorando as coisas. Ele estava cada vez mais louco por mim, pelo meu corpo e estava cada vez mais difícil de resistir a ele. Era um jogo perigoso de sedução que eu sabia que perderia.

A minha relação não mudou apenas com o Rafael e sim com todos. Os homens me pediam para ajudar na pauta desde o momento em que descobriram que eu era jornalista. Às vezes dava vontade de rir porque era visível que eles não tinham nenhuma dúvida, mas eu fingia que não reparava! E as mulheres? A maioria não falava comigo! Todas invejosas!

É claro que a pessoa que eu mais falava lá, sem ser o Rafael, era o Matheus, justamente porque eu trabalhava junto com ele. E esse capítulo é dedicado totalmente á ele.

Estávamos trabalhando, mas isso não nos impedia de conversar. Ele tinha alguma coisa que eu não sabia o que era, só sabia que sentia e que isso me atraía de tal forma que eu até conseguia me esquecer do Rafael quando eu estava em sua presença. Com ele eu me sentia bem, me sentia leve e feliz. O Rafael era dor, era pesado, era doentio.

"Matheus, como você conseguiu? Comprou?". Apontei para o cordão dele.

Ele sorriu e disse: "Meu avô me deu quando faleceu. Era dele."

"Entendi. Matheus, qual o dia que temos mais trabalho aqui ou todos os dias são iguais?". Preferi mudar de assunto, não queria que ele percebesse que eu tenho interesse com relação ao cordão. Talvez essa atração toda seja devido a essa cruz que tanto me fascina.

"O dia que eu mais fico louco é o dia das papeladas. Tenho que imprimir vários documentos para ele assinar, tem algumas propostas de empresas para se associar ao jornal. Em falar nisso, esse dia está chegando! Se prepara!!" Ele sorriu e eu fiquei hipnotizada por aquele sorriso.

O dia de trabalho estava terminando e ele perguntou se eu queria sair com ele. Eu aceitei. Estava com vontade de me divertir, estava muito focada na vingança do Rafael. Senti falta do Erick nesse momento, sempre quando eu penso em diversão eu penso nele.

Ele passou na minha casa de noite e fomos para uma boate. Botei um vestido bonito, mas não me produzi tanto. Não era o Rafael, era só o Matheus.

Tomamos alguns drinks e fomos dançar. Nossas cruzes brilhavam no escuro. Aquele ritmo da música, a pouca luz, os drinks, o cheiro do perfume dele.Tudo ajudou para que aquilo acontecesse. Sim, nos beijamos. Meu coração disparou como a muito tempo não acontecia.

"Vamos sair daqui?" Disse pegando na mão dele fria ( deveria ser de nervosismo, já que estava calor) sem ao menos ouvir a resposta.

Quando estávamos do lado de fora da boate ele me perguntou: "Você quer ir para um outro lugar?"

"Para a minha casa." Respondi

"Fiz algo de errado?" Ele estava confuso.

Ri, o deixando inteiramente desconsertado. "Fez. Me conquistou!" Dei mais um beijo nele, daqueles bem intensos. E disse: "Quero ir para a minha casa com você".

"Você quer o que?" Ele perguntou incrédulo. Sorri novamente.

"Entra" eu disse. Pedindo para que ele entrasse no meu carro.

Seguimos o trajeto sem dizer uma palavra. Eu estava pensando se contava para ele sobre as minhas preferências. Nos Estados Unidos não era necessário, uma vez que todos conheciam a minha fama. Só tirava algumas dúvidas deles. Optei por não dizer, fiquei com receio dele se recusar a ir para a cama comigo e eu queria muito. Mas estava nervosa, pois seria a primeira vez que transaria com um homem sem o dominar. Será que eu conseguiria?

Chegamos na minha casa, segurei na mão dele e subi as escadas até o meu quarto. Vi que olhou assustado para o poli dance e que logo deu um sorriso de safado.

"Senta" pedi para que ele sentasse na cama. Assim ele fez.

Retirei a minha roupa e joguei peça por peça em cima dele, enquanto ele cheirava com um intenso desejo, amor e devoção. Liguei o rádio e dancei, lembro que estava tocando Bailando do Enrique Iglesias. Ele me olhava com os olhos arregalados e a boca aberta, como se nunca tivesse visto uma mulher nua na frente.

Eu sai do poli dance quando a música terminou e ele ficou me olhando, completamente enfeitiçado por mim. Eu o empurrei na cama e coloquei o meu peito em sua boca que ele logo tratou de chupar com desejo. Ele não conseguia acreditar que era real. Era perceptível. Foi então que ele acordou do sonho que estava e ficou em cima de mim, invertendo as posições. Ele fez uma trilha de beijos, até chegar na minha buceta. Ele me chupou de uma forma incrível. Ele era bom, mas nada se compara ao Erick nesse quesito.

Ele tirou a roupa com urgência e meteu o pau dentro de mim, me comeu forte e bem gostoso. Nossas cruzes se encostavam como se fosse imãs. Eu gemi, arranhei as costas dele, enquanto ele metia em mim. Era estranho, pela primeira vez eu não estava me importando muito por estar em baixo. O tesão era maior do que qualquer incômodo que eu poderia sentir.

Ele me colocou de costas e continuou me comendo, eu estava encharcada em demasia e completamente entregue a ele, então ele disse no meu ouvido: "Fica de quatro para mim". Eu fiquei arrepiada. Isso estava indo longe mais, mas eu estava louca! Tão louca que fiquei de quatro! Enquanto ele metia no meu cu, puxava os meu cabelos com força para que eu pudesse olhar para trás para vê- lo me comendo. Eu estava dominada. Como eu pude me deixar dominar?

Quando ele terminou, fui para cima dele. Beijei o seu peito e chupei aquele delicioso pau. Quando ele estava chegando lá eu parei e comecei a quicar e a rebolar nele. Ficar por cima me tranquilizava, mas ele insistia em me colocar em baixo dele. Comecei a rebolar para não sentir que estava sendo dominada de novo, até que gozamos e no final de tudo nós dois falamos juntos : "eu te amo" e nos beijamos.

"Eu te amo?" Por que eu disse isso? Demorei muito para entender o motivo. Ele dormiu na minha casa, mas não chegamos juntos no trabalho, pedi discrição. Rafael não podia saber. Até o fim da minha vingança continuei a minha relação com o Matheus, mesmo sabendo que se o Rafael descobrisse poderia estar tudo perdido. Mas por que eu me arriscaria tanto por ele? Somente por diversão?

Lágrimas  De SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora