Capítulo 1

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Capitulo um

Douglas já estava quase na sua casa quando uma van passou na sua frente, abriu as portas e duas mãos o puxaram pra dentro. No exato momento ele foi encapuzado e a van começou a andar. Só parou dez minutos depois em um estacionamento de um prédio do centro da cidade. Ele foi tirado da van e levado até um elevador.
-Pra onde vocês estão me levando? - falou Douglas com o capuz ainda na cabeça e com a voz mostrando que estava com medo.
Ninguém falou. Quando chegaram no 3º andar ele foi levado até uma sala de interrogatório.
Dez minutos depois a porta se abriu com um chiado e logo depois sendo fechada.
Douglas ainda ouviu uma cadeira sendo arrastada.
-Podem sair, eu cuido dele agora. - falou uma voz potente.
Douglas ouviu passos, a porta sendo aberta e depois fechada.
Eles ficaram em silencio um tempo até que Douglas falou.
-Onde estou? Eu tenho direitos sabia? Eu sou um cidadão brasileiro.
-Aqui você não tem direito a nada.
-Eu gostaria de ver com quem eu estou falando.
A sala ficou em silencio novamente e depois de algum tempo o homem tirou o capuz de Douglas. A sua visão ficou um pouco embaçada, mas depois voltou ao normal. Ele olhou em volta e viu que estava em uma sala completamente prateada. Na sua frente ele viu um espelho que ele sabia que atrás dele devia ter alguém.
-Isso é alguma pegadinha?
-Não somos pagos pra fazer pegadinhas.
-Quem são vocês?
-ABEI. Agencia Brasileira de Espionagem e Inteligência.
-Pensei que só existia a ABIN.
-Nós somos a parte eficiente da ABIN.
-Interessante. O que vocês querem comigo?
-Bom, de inicio saber como você invade um dos sites mais seguros do mundo, se não for o mais seguro.
-É muito simples.
-Em segundo perguntar uma coisa.
-O que?
-Se você prefere que descarregassem um pente de uma metralhadora na sua cabeça ou no seu corpo todo.
Douglas sentiu um calafrio em sua espinha e se ouriçou na cadeira. Ele olhou para os olhos do seu interrogador. Ele não viu nenhum traço de brincadeira no rosto daquele homem careca e moreno. Mas então ele se deu conta que não estava com algemas ou qualquer coisa que o impedisse de sair correndo dali. Então ele faz a coisa mais obvia naqueles momentos. Correr! Ele corre até a porta e tenta abrir. Não consegue.
-A porta está trancada e só pode ser aberta com esse cartão aqui.
E mostra o cartão na sua mão.
-Se você quiser pega vai ter que tirar de mim.
O homem se levanta, desabotoa o paletó preto e o coloca na cadeira.
-Saiba que eu fiz artes marciais. - fala Douglas já se preparando pra luta.
-Eu também. Dizem por ai que eu treinei o Batman.
-E eu derrotei o Batman.
Douglas avança para o homem e lhe dá um chute, mas o homem o pega pelo pé e o gira. Douglas cai no chão. Douglas chuta a canela do homem, que geme e deixa uma perna cair. Douglas chuta a outra e o homem cai de joelhos. Douglas então chuta o rosto do homem que cai. Douglas se levanta ainda sentindo muita dor. Ele procura o cartão e não acha. De repente o homem pega o braço de Douglas e depois o pescoço. O levanta e depois o joga encima da mesa. Douglas tosse e tenta se levantar, mas o homem lhe dá um soco e ele quase desmaia. Mas Douglas ainda chuta o homem, que recua um pouco. Douglas então sai de cima da mesa e pega a mesa e a levanata e então investe contra o homem. Douglas tenta imprensar o homem na parede.
-Eu sou muito mais forte que você. Desista e talvez eu seja bonzinho com você.
-Não quero ser mais forte que você, só mais inteligente.
E sai da frente da mesa. O homem vai com tudo até o outro lado da sala e bate com o rosto na mesa. Ele fica meio zonzo.
-E agora? - ironiza o homem.
-Bom, eu tenho um leve defeito.
-E qual é?
-Eu sou muito mão leve. Conhece essa arma?
O homem então se dá conta que está sem sua arma.
-Sabe, eu sempre fui bom com armas, pelo menos no jogo. Mas eu tenho uma ótima mira. - e atira no pé do homem.
O homem geme e cai no chão.
Douglas se aproxima dele.
-Isso é por não ter me deixado sair. - e chuta o rosto do homem, que perde a consciência.
Douglas vai até o homem e procura o cartão. Acha. Vai até o paletó do seu interrogador e acha outra arma.
Ele sai da sala. Do lado de fora estão dez franco-atiradores prontos para atirar nele. Douglas observa tudo em volta e percebe uma rota de fuga. Ele atira em um cano grosso e como ele previa começa a sair fumaça, ele atira em outro ponto e em mais dois. Tudo fica branco e ele começa a correr pra uma porta que ele ainda consegue ver. Ele vai até um corredor. Ele corre em direção a uma porta que parece ser de saída. Na verdade é o refeitório. Cheio de agentes todo vestidos de preto. Eles se levantam e vão atrás do fugitivo. Douglas dá meia volta e volta correndo até onde ele veio. Ainda está cheio de fumaça. Ele então percebe uma fresta de luz. Ele vai até lá. Na verdade é um duto de ventilação. Ele abre e entra. Ele vai por dentro até parar em uma sala em que não tem ninguém. Ele sai do duto e olha pra janela, está no centro da cidade. A porta está sendo aberta, ele olha em volta e acha um armário, ele entra lá. Entram dois homens. Um é um moreno alto, de terno preto e uma gravata discreta. O outro é um mais baixinho e usa um terno azul-marinho.
-Como assim vocês perderam ele? - fala o moreno.
-Ele era mais esperto do que nós pensávamos.
-Ache ele! Agora!
O homem baixo sai e o outro que ficou senta na cadeira e suspira.
"Se eu perder esse garoto a minha vida está arruinada.", pensa o homem.
Douglas decide que é hora de tomar uma decisão. Ele sai do armário lentamente, mas o homem é mais rápido e logo pega a arma e aponta para Douglas.
-Quem é você?
-Me diga quem é você. - fala Douglas com as duas armas apontadas para o homem na cadeira.
-Eu perguntei primeiro, além do mais essas armas estão descarregadas.
Douglas olha para as armas e constata que realmente estão descarregadas.
Ele bota as armas no chão e levanta as mãos.
-Vou perguntar mais uma vez. Quem é você?
-Eu... sou... Douglas.
-Graças a Deus. - ele pega um radio na cintura e fala- achei ele, vão cuidar de outras coisas. Muito bem. Se sente.
Douglas ainda continua em pé.
-Não se preocupe. Eu só quero conversar com você.
-Conversar o que? - fala Douglas se aproximando do homem.
-Pode se sentar, eu não mordo. A não ser que me mordam primeiro.
Douglas esboça um sorriso e se senta.
-Quem é você? Onde estou?
-Calma, uma coisa de cada vez. Bom... Eu sou Carlos Lacerda. Sou o diretor da Policia Brasileira de Casos Especiais. Ou como gosto de chamar a PBCE. Nós somos a força tarefa mais secreta e eficiente do Brasil e do mundo.
-Melhor do que o FBI?- falou Douglas cético.
-Nós treinamos o FBI.
-Sei...
-Pode acreditar.
Então Douglas começou a examinar o Carlos. Um homem moreno, de cabelos curtos, feições redondas, mostrando que há algum tempo atrás era gordinho. Ele tinha um leve sorriso estampado no rosto, ele é alto e está com um terno preto que cai bem nele.
-Vou tentar.
-Muito bem, agora como você conseguiu vencer um dos nossos melhores homens e ainda passar a perna em quase todos os nossos agentes?
-Eu já vi muito filme de espionagem, muitos filmes do Bruce Lee, e todos os filmes do Batman.
-Entendo...
-E quando eu vou sair daqui?
-Bom, isso já é outros quinhentos.
-Como assim?
-Bom, nós trouxemos aqui pra você participar de uma equipe que estamos montando.
-Que equipe?
-A equipe que iremos chamar de Equipe Ômega.
-Equipe Ômega?
-Sim, nós estamos reunindo todos os considerados gênios do Brasil e juntando uma equipe.
-E que gênios são esses?
Então uma voz invade a sala. Uma voz metálica. "O gênio que invade qualquer coisa"
-Já gostei desse cara.
-É uma mulher.
-O que?
-Venha vou levar você até eles.
***
Douglas é levado até uma ala onde os agentes são treinados. Lá ele vê vários agentes treinando artes marciais. Ele é levado até outra área onde estão cinco adolescentes. Duas garotas e três garotos. Não passam dos 18 anos.
-Esses são grandes gênios do Brasil. Se apresentem.
Um garoto dá um passo a frente e se apresenta.
-Sou Elias Santos. Especialista em terroristas.
-Eu sou Mariana Oliveira. Harker.
-Sou Gabriel Melo. Especialista em artes marciais.
-Sou Adriana Silva. Especialista em disfarces.
-Sou Ricardo Camargo. Especialista em armas.
-Rafael Oliveira. Estratégista.
-Essa é a melhor equipe Junior do mundo.
-Melhor?
-Sim. - fala o Diretor orgulhoso.
-E pra que eu estou aqui?
-Além de você reunir quase todos os talentos da equipe você tem uma grande facilidade em resolver problemas e por isso desejamos que você seja o líder dessa equipe.
-Eu?
-Sim.
-E se eu não quiser?
-Bom, teremos que apagar a sua mente.
Nesse momento entra um agente.
-Senhor, sua filha foi sequestrada.
-O que?

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