- Oi, Taylor. - Louis disse antes mesmo antes de entramos na casa. - Quanto tempo.
- Alguns meses. - Sorri timidamente. Eu não via Louis desde a festa em que Harry me traiu.
- Vocês está sumida. - Ele rio me dando uma abraço.
- Você sabe o por que. - Murmurei me afastando dele.
- Não é porque um de nós foi idiota com você que todos serão. - Ele me olhou sério por um estante mas logo voltou a sorrir. - E quem é a ruiva?
- Está é Abby. - Apresentei os dois e vi Abby corar pela primeira vez, o que era totalmente compreensível, os olhos azuis do Louis eram mesmo intimidadores e sua beleza fazia com que todos nós nos sentíssemos envergonhados por não ser como ele. - Eu vou pegar algo para beber. Você vem Abby?
- Ela fica aqui comigo. - Louis disse puxando Abby pela mão para mais próximo dele. - Ela não conhece ninguém, vou apresentá-la.
Pisquei para Abigail que me devolveu em resposta um aceno simples com a cabeça e então entrei na casa de Louis. A sala era enorme e estava recheada de adolescente sorridentes com corpos nas mãos e visivelmente embriagados, garotas e garotos bonitos e de classe alta buscando consolo em um copo descartável com álcool.
- Amo quando você usa saias curtas. - Sua voz rouca invadiu meus ouvidos causando arrepios.
- Harry. - Sussurrei e virei para encara-lo.
- Senti sua falta. - Suas mãos envolveram minha cintura e seus lábios encontram os meus em um beijo rápido. - Eu merecia um beijo melhor, não acha?
- O que houve...- Dei um passo para trás buscando me afastar dele. - Você acha que não significou nada para mim?
- E o que houve? - Ele revirou os olhos e tentou me puxar para próximo dele novamente.
- Você me traiu! - Grito, a música está alta e eu estou irritada.
- Não grita. - O sorriso estampado no rosto dele some e ele me encara sério. - Porque você precisa ser tão dramática?
- Porque quem amou fui eu, não você.
- Você criou muitas expectativas. – Ele revirou os olhos com desdém, fazendo com que eu me sentisse um grande saco de lixo, fedido e nojento, o qual ninguém gostaria de ter por perto. - Achou mesmo que eu seria só seu?
- Agora, eu realmente, não sei o que eu vi em você. – Gritei.
Foi muito difícil, mas eu corri, corri sem olhar para trás e nem tão pouco para frente, minhas pernas só se moviam e eu queria sair de perto dele, eu precisava sair. Eu não sabia o que fazer, assim como nesses dois últimos meses, tudo me lembrava ele e mesmo sabendo que ele não iria voltar, eu não podia evitar me sentir triste e esperar por uma mensagem dele todos os dias.
Chegou a um ponto em que eu me acostumei com a dor de perde-lo. Sentir doer, me lamentar e chorar faziam parte de mim, eu não conseguia simplesmente esquecer como ele podia me fazer feliz mas como ele também era capaz de me causar tanta dor. Eu era uma viciada em Harry Styles, estar com ele me causava euforia e fazia com que eu me sentisse viva, e mesmo tendo ciência de todo o mau que ele me causava ou podia me causar, com aquelas atitudes rebeldes e ego elevado, toda vez que ele ia embora eu me sentia mais dependente dele.
- Taylor? – Meu braço foi segurado com força impedindo que eu continuasse correndo. – O que houve? – Levantei a cabeça e puxei meu braço para me soltar das mãos do Calvin, que me seguravam.
- Me solta, Calvin! Me solta! – Bati com os duas mãos fechadas no peito dele, as lagrimas ainda escorriam e poucos fios do meu cabelo tampavam meu rosto. – Eu preciso sair daqui!
- Calma, vai ficar tudo bem. – Ele disse retirando os fios de cabelo do meu rosto. – Eu não sei o que houve, mas sei que vai ficar.
- Não, você não sabe. – Bufei. – Ninguém sabe quando vai parar de doer! Ninguém pode me ajudar. – As lagrimas escorriam quentes pelas minhas bochechas geladas e minha respiração estava ofegante. – Ninguém entende.
- Então me explica. – Ele disse baixo me puxando para um abraço, que eu não pude e nem quis evitar, mesmo sendo um abraço de alguém que eu pouco conhecia, eu aceitei, pois naquele momento eu precisa sentir que alguém se importava, mesmo que fosse mentira.

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Begin Again
Fiksi PenggemarTalvin; "Passei os últimos oito meses pensando no fato de que tudo o que o amor faz é partir, queimar e acabar. Mas, numa quarta-feira, num café, eu vi isso recomeçar."